Todos temos
alguma coisa pra ensinar... todos temos alguma coisa pra aprender...
Começo o
dia com uma reflexão sobre coisas simples que, ao longo dos anos, nós mesmos vamos tornando coisas
complexas...
No último
ano, eu me dediquei exclusivamente a um projeto de mudança que simplesmente,
não aconteceu... mergulhei sem pensar em um oceano de frustrações e amargura...
mas continuei sorrindo de dia e chorando de noite sozinha, quando ninguém podia
ver ou escutar o pranto do meu coração...
Mesmo
sabendo que lamentações não constroem boas estradas... eu quase me deixei
derrubar em um abismo de lamentações inúteis... é o emocional que não foi bem
educado e compreendido, e pode nos pregar alguns sustos como esse...
Está
passando... estou curando as feridas... e retomando as leituras, as atividades,
meus sonhos... meu projeto...
Nos últimos
meses passei a ser mais seletiva com os conteúdos que acompanho... até metade
do ano eu corria atrás de muita informação e comecei a acumular informações,
sem saber ao certo o que fazer com elas, já que, dentro do acervo, já havia um
sem número calculável de informações para serem processadas e aprendidas...
Quando li
um artigo da Alana Trauczynski sobre essa questão, parei pra pensar no assunto
e decidi que era hora de dar uma trava nessa sede de conhecimento
incompreensível que me consome...
Conhecimento
é importante sim... mas é preciso direcionar esse conhecimento... mais que
isso... é preciso saber como e onde direcionar... é preciso saber o que o
conhecimento pode fazer por nós...
Hoje, lendo
o artigo da Fabíola Simões, eu acrescentei uma nova perspectiva à questão de
absorver conhecimento.
E de
repente, parece que a magia aconteceu...
Eu tenho um
dia inteiro pela frente para, parar, respirar, pensar, ler, escutar música,
escrever, me aborrecer com os vizinhos barulhentos... ¬¬ , limpar minha casa,
fazer uma comidinha para o meu filho marmanjão que vai chegar cansado do
trabalho, ouvir a mensagens dos amigos, escrever para o o meu blog, costurar
umas lembrancinhas para algumas pessoas que eu estimo de alguma forma, assistir anime [sim...sim... eu assisto anime
sim... >.< ], responder mensagens dos amigos, visitar alguns sites, ...
parar... respirar... meditar...
A lista
ficou grande, neh? >.< ... e nem chegou na metade das coisas que eu faço
durante um dia... ^_^
Sim... eu
já havia reparado em quanta coisa é possível fazer durante um dia... e tem
ainda mais... mesmo que, no final das contas, a gente não consiga realizar
metade das nossas tarefas, ou objetivos... ou seja lá como você queira chamar... ^_^
Sabe o que
é mais importante mesmo...
Nós temos
mais um dia pela frente para executarmos tudo o que temos em mente...
Nós temos
menos um dia pra lamentar o que não deu certo na nossa vida...
E as duas
perspectivas são valiosas...
O erro não
está em lamentar o que não deu certo... mas talvez exista um grande erro em
esquecer que o tempo cura as feridas... cura sim... por mais que a gente não
admita enquanto está sofrendo...
A vida
sempre nos trás novas oportunidades... mas se nós ficarmos à beira de uma
estrada, apenas lamentando, não seremos capazes de ver o que passa ao nosso
redor...
A ideia é
bem simples... todo mundo fala isso... todo mundo sabe disso...
Mas...
então... o que está faltando pra funcionar?
Eu não
sei... simples assim... >.< ... e porque eu deveria saber? Eu sou apenas
uma aprendiz da vida... como você... e como todas as pessoas que vivem nesse
mesmo planeta que nós...
E essa é a
outra grande magia... Somos aprendizes... e como se estivéssemos mesmo em uma
grande escola, todos temos alguma coisa a ensinar... e todos temos alguma coisa
a aprender...
Essa
simples verdade me deixou feliz... simples assim... e eu não senti a
necessidade de racionalizar os porquês dessa vez... apenas deixei acontecer...
essa felicidade que emociona... que envolve... e é capaz de fazer as
contrariedades que antes asfixiavam, se tornarem tão pequenas diante de nossos
olhos...
É preciso
olhar a vida com olhos de humildade...
Mesmo as coisas
ou pessoas que aos nossos olhos podem ser insignificantes... sim... porque eu
afirmo sem hipocrisia, que existem pessoas que se tornam insignificantes aos
nossos olhos... mesmo com essas pessoas, temos coisas a aprender... coisas que
podem ser importantes pra nossa vida...
Provavelmente,
nem mesmo essas pessoas têm a mínima consciência disso... mas não é um problema
meu ou seu... é problema dela...
Devemos
deixar que elas sigam em paz com suas vidas, tribuladas ou não... perceptivas
ou não... produtivas ou não... afinal... a vida é delas... elas vivem de acordo
com as próprias escolhas e afinidades... e para que nós nos tornemos pessoas
melhores hoje, do que fomos ontem, é preciso que tenhamos a plena consciência
dessa realidade e aprendamos a respeitar o outro...
Esse é mais
um aspecto da vida que deveria ser simples... mas o “desenvolvimento” da
sociedade humana fez que se tornasse tão complexo que a essência foi perdida ou
esquecida nesse emaranhado de comportamentos modernos e descolados que nos
rodeiam hoje em dia...
No meu
caso, sinto-me extremamente sufocada por tudo isso... mas...
E é nesse
ponto que outra “mágica” acontece... em vez de ficar parada no meio de tanta
poluição comportamental, mental e outros tantos “ als” ... é só desviar um
pouquinho o olhar da confusão...
afastar-se apenas uns passos... parar... respirar... e talvez sorrir... sorrir
ajuda, mesmo quando a gente pensa que não...
Lembra que
eu falei uns parágrafos atrás que me obrigava a sorrir todos os dias? A obrigação
fez renascer o hábito...
O hábito
faz com que o ato se torne espontâneo...
a espontaneidade de um sorriso
atrai uma energia similar... e essa energia te liga a outras com a mesma
afinidade...
Parar...
respirar...
Quando seus
pensamentos estiverem confusos e você estiver achando que nada funciona...
provavelmente não vai funcionar mesmo... >.< ... mas acredite... o mundo
não vai acabar por causa disso... a consequência natural é você ficar com alguns fios a mais de cabelo
branco... talvez algum sinal de expressão mais acentuado... talvez uma "ruguinha" a mais... mas acredite... o mundo também não vai acabar por causa disso...
>.< ...
Quando as
pessoas são muito vaidosas, o mundo delas sofre sérios abalos com a “contagem” dos cabelos brancos, ou as "ruguinhas" que,
invariavelmente, o tempo trás para todos nós... Mas, acredite... a vida está
muito além dessas miudezas...
Veja a
questão das pedrinhas...
Se uma
pequena pedrinha entra no seu sapato, isso te incomoda e pode até ferir seu
pé...
Se você
está caminhando descalço por uma praia, está andando sobre uma infinidade de
minúsculas pedrinhas, no entanto, isso não te incomoda nem fere os teus pés...
Tudo é uma
questão de perspectiva e inteligência... ^_^ ... simples assim...
As nossas
escolhas são uma questão de perspectiva e inteligência...
É claro
que, por vivermos com tantas pessoas diferentes ao nosso redor, não temos
controle sobre TUDO ao nosso redor...
mas até as pessoas que deixamos entrar em nossa vida, fazem parte das
nossas escolhas... você pode fechar sutilmente a porta da sua vida quando não
se sente confortável perto de uma pessoa... ou quando não tem afinidade com
ela...
Isso não é
falta de humanidade... falta de humanidade é desejar mal para os outros...
Voltando ao
exemplo da praia... a nossa vida não é feita de pirâmides... e sim de pequenas pedrinhas...
O.o ...
pirâmides e pedrinhas? O.o
>.<
... Veja bem... as pirâmides foram
construídas com imensos blocos de pedra maciça... mas as pedras são compostas
de pequenas partículas que isoladas são as mesmas que compõem as areias...
O grande
não se criou grande por si só... a ideia é simples... ^_^
Eventualmente
você pode achar que algum aspecto negativo é insignificante e não dá atenção a
esse aspecto... não é que tenha que cultivar um estado de desespero por coisas
pequenas e aparentemente insignificantes... é questão de ter consciência que,
tudo que gera um aspecto negativo precisa ser “consertado” antes que se torne
uma avalanche e te atropele... simples assim...
É como a
febre... todo mundo sabe que a febre é sintoma de algum distúrbio orgânico...
mas já vi muito médico falar: - ah... é só uma “febrezinha” de nada...
Só que o
nada não passa e eventualmente torna-se uma situação que requer esforço redobrado
para controlar... quando controla... ¬¬
Não teria
sido melhor averiguar o que estava
causando a febre?
Enfim...
resolvi que está mais do que na hora de viver a vida de forma menos
circunscrita... sim... sim... já passou da hora de colocar em prática todo o
conhecimento que temos adquirido ao longo dos anos...
Olhar a
vida de forma mais simples... viver a vida de forma mais simples... respirar...
meditar... olhar pro céu... e sorrir...
A vida não
precisa se resumir a uma busca... o
tempo de vida que temos na Terra não precisa se resumir a uma busca...
Segundo
antigos ensinamentos, há mesmo tempo para todas as coisas... e a nossa busca é
uma parte da nossa vida... não a vida por inteiro...
Vou
encerrar a conversa de hoje com o texto da Fabíola Simões que veio por
e-mail... Se você quiser conhecer o
trabalho dela, o link está ali do lado...
Assim como outros que podem trazer
um tempo agradável de leitura saudável...
...
Cada dia é um dia a menos. Por isso,
embora haja compromissos _ a vida pede desempenho, obrigações, metas, horários
e comprometimento _ é preciso olhar para a existência com olhos de novidade,
que não se habituaram com a claridade da rotina, mas se esforçam para usufruir
o tempo com qualidade. Mais ou menos como quando viajamos.
...E por mais que se diga que quando estamos
vivendo uma realidade com a cabeça em outro lugar não estamos em lugar nenhum,
preciso dessa lembrança para me sentir em paz. Eu sei que pode parecer pouco,
pode parecer pequeno, mas me apazigua também.
Encontrar conforto na rotina que nos acorda ao
som de despertadores não é tão simples quanto parece. Mas podemos treinar nosso
olhar. O mesmo olhar que se transforma ao arrumar as malas para partir pode se
encantar com o cheiro do filho dormindo, com a repetição dos episódios de Star
Wars que me ensinam a entender o contexto do último filme, com o sabor de café
recém passado do Centro de Saúde, com o trabalho bem realizado nos cinco dias da
semana, com o fim de semana que passa tão depressa, com o vinho no jantar com
meu marido, com o calor das mãos de minha mãe no fim da tarde, com o livro
"A redoma de vidro" que estou lendo, com a noite que chega rápido
demais.
Sofremos com o fim do domingo porque imaginamos a semana como uma tarefa árdua demais para se enfrentar. Não precisava ser assim. Nem todo dia de trabalho é um dia perdido ou ruim. Na verdade devíamos lembrar que é um dia a menos como todos os outros, e por isso devia ser vivido com maestria, por mais difícil que pareça.
Tenho orado em silêncio enquanto caminho pela rampa que termina na porta do consultório onde atendo. Não foi fácil voltar das férias para o Centro de Saúde, mas tenho pensado em alternativas que me permitam usufruir o dia ao invés de apenas enfrentá-lo. Aos poucos tem dado certo. Por mais desgastantes que sejam nossas funções, elas são nossas escolhas, e é preciso estar gratos por fazerem parte de nossos dias.
Que a gente assuma a vida que escolheu do jeitinho que ela é, e não perca tempo lamentando a porção difícil que qualquer dia carrega. Que nosso olhar possa se renovar diariamente, mesmo que a rotina seja repetida exaustivamente. Que a gente descubra maneiras de se surpreender, nem que seja variando o trajeto para o trabalho, mudando a forma de começar as refeições, alterando o lado para o qual repartimos o cabelo, seguindo novos roteiros de viagens no Instagram. E que não nos falte ânimo para realizar todas essas coisas, pois cada dia é menos um dia, e o melhor que podemos fazer é vivê-lo com sabedoria.
Sofremos com o fim do domingo porque imaginamos a semana como uma tarefa árdua demais para se enfrentar. Não precisava ser assim. Nem todo dia de trabalho é um dia perdido ou ruim. Na verdade devíamos lembrar que é um dia a menos como todos os outros, e por isso devia ser vivido com maestria, por mais difícil que pareça.
Tenho orado em silêncio enquanto caminho pela rampa que termina na porta do consultório onde atendo. Não foi fácil voltar das férias para o Centro de Saúde, mas tenho pensado em alternativas que me permitam usufruir o dia ao invés de apenas enfrentá-lo. Aos poucos tem dado certo. Por mais desgastantes que sejam nossas funções, elas são nossas escolhas, e é preciso estar gratos por fazerem parte de nossos dias.
Que a gente assuma a vida que escolheu do jeitinho que ela é, e não perca tempo lamentando a porção difícil que qualquer dia carrega. Que nosso olhar possa se renovar diariamente, mesmo que a rotina seja repetida exaustivamente. Que a gente descubra maneiras de se surpreender, nem que seja variando o trajeto para o trabalho, mudando a forma de começar as refeições, alterando o lado para o qual repartimos o cabelo, seguindo novos roteiros de viagens no Instagram. E que não nos falte ânimo para realizar todas essas coisas, pois cada dia é menos um dia, e o melhor que podemos fazer é vivê-lo com sabedoria.
FABÍOLA
SIMÕES
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