O Tortuoso Desejo de Paz Interior

     Todas as almas estão em algum estágio da evolução. Conforme mais avançamos como individuos, mais claro fica que devemos abandonar o que não nos acrescenta.

      Sendo sincera: adoro drama. Não à la novela mexicana, mas digamos que até um filme de drama barato pode ganhar minha atenção.

      Como muitos sabem, temos a mania de projetar nossas emoções e desejos nas outras pessoas, coisa do ego, somente uma pessoa iluminada foge dessa regra. É por isso que gostamos de cinema, de animes ou seja lá que midia goste de companhar.

       Assistimos Titanic por que gostamos de ver um romance intenso, vemos qualquer filme do ação por que gostamos de adrenalina. Mas quando você está centrada em buscar harmonia espiritual, isso ajuda?

        É comum livros e sistemas de magia falarem que devemos filtrar o que assistimos e lemos, caso contrário, o caminho espiritual torna-se mais sofrível que o necessário. Isso se torna particularmente penoso numa sociedade onde você é bombardeada com propaganda no Youtube e 12 series há cada 3 meses...

Tudo começou nessa época.
E de alguma forma, eu comecei com Naruto.

     Voltando ao drama, eu já fui viciada em emoções extremas, e num passado pouco distante. A vontade de sentir tensão e lagrimejar alimentou minha rotina de ver esses programas. Hoje, vejo que alimentava sentimentos negativos, que aquilo era uma auto-obsessão.

      Eu projetava meus conflitos pessoais nas personagens que acompanhava. E nunca fui a única, do contrário livros como Crepúsculo não venderiam tanto: queremos um patético Deus Ex-machina escrito por Stephenie Meyer.

       Infelizmente, quem cria a maioria da mídia que consumimos... não tem as auras mais virtuosas. Estúdios e editoras costumam ser uns inferninhos na terra.
Qualquer relato de ex-funcionários deixa isso bem claro.

       Proponho uma faxina a quem se identifica com esses questionamentos. O quanto o que você assiste afetou as suas decisões? E quantas dessas decisões foram ruins pra você?