Eu
não posso afirmar quando o ser começou a pensar... creio mesmo que ninguém
pode... é um fato da realidade espiritual que pertence a quem os seres nesse
orbe chamam Deus... ou os diversos nomes que as nações queiram dar...
Falar
qualquer coisa sobre Deus, que não esteja em alguma das “Sagradas Escrituras”
dos homens, é tabu, heresia, coisa de demônios, ou seja lá mais o que for...
Particularmente,
eu já cansei dessa ladainha... mas é cômodo pensar em um Deus, perfeito,
entretanto, com características tão humanas, para que os “humanos” possam com
Ele se identificar... é cômodo para quem não quer ter o trabalho de se olhar no
espelho da própria alma...
Ser
imperfeito não é o problema maior... fazer de conta que não é, é que se torna o
verdadeiro problema...
Ser
imperfeito não condena ninguém a “castigos” e “punições”, porque, ao que tudo
indica, a imperfeição faz parte da evolução... o problema real está nas ações e
escolhas decorrentes dessa imperfeição, quando o ser humano passa a acreditar
que pode barganhar com a espiritualidade.
Várias
vezes eu já comentei aqui nesse blog que já participei de várias religiões,
ortodoxas ou não... e aprendi muita coisa com elas, inclusive que, a maioria se
rege pelo medo e não pela assimilação do conhecimento em si...
Só
posso falar das experiências que vivenciei em cada uma delas... nunca fui
realmente ligada por exemplo, a um templo budista, apenas estudei sobre o
budismo o conteúdo que me chegou através de livros e internet... mas na
prática, o que vejo hoje em dia, é que, os monges da atualidade estão bem longe
dos passos dos monges da antiguidade...
As
religiões, ortodoxas ou não, ainda se prendem a padrões de pensamentos de
ideias como castigo e punição, quando o que existe na realidade é mera consequência...
Ninguém
se assusta mais, hoje em dia, com essa ideia obtusa de castigo e punição... se
assim fosse não haveria no mundo tanta marginalidade e maldade...
O
cerne da questão é que, não tendo medo e muito menos consciência de suas
responsabilidades, o ser se sente a vontade para praticar a iniquidade...
simples assim... e o resultado é o que estamos vendo hoje em dia... a total
subversão de valores verdadeiramente morais, e uma liberalidade total de
comportamentos que não correspondem ao verdadeiro sentido de liberdade...
As
consequências das nossas ações, dificilmente serão entendidas como castigo,
simplesmente porque a ideia de castigo está alinhavada aos conceitos ortodoxos
das religiões tradicionais... a conceitos limitados de certo e errado, de bem e
mal, de céu e inferno... e tudo se simplifica na forma de anjos e demônios...
Adiante
eu indico um artigo de um site espiritualista, contudo, desde já fique bem
claro, que o assunto nesse artigo é abordado pelo ponto de vista do Espiritismo
de Allan Kardec, “religião” essa que frequentamos durante muitos anos, e da
qual nos afastamos por considerar que, como todas as outras, apenas conduzem as
pessoas a andarem em círculos... ou seja... pessoas que andam em círculos,
conduzindo outras pessoas a andarem em círculos que nunca levam a lugar
nenhum...
Entretanto,
como também já afirmamos, aprendemos muito com todas as religiões que
frequentamos, e quanto a isso, a minha gratidão não cabe em palavras... o
aprendizado, o conhecimento, a busca, são bens inalienáveis, inegociáveis e
personalíssimos...
É
forçoso reconhecer que cada um tem sua própria jornada pessoal... cabe a quem
assimilou um pouquinho mais, contribuir para o esclarecimento daqueles que
buscam, sem saber exatamente o que estão buscando... principalmente porque essa
busca é alimentada pela insatisfação com as ideias limitantes sobre espiritualidade
que nos são impostas pelas religiões... ou pelas pessoas manipuladoras do
conhecimento...
Tendo
em vista esse aspecto, é que sempre fui orientada pela espiritualidade a
estudar, pesquisar, questionar com sensatez, observar e meditar sobre todo
conhecimento que chega até mim...
Não
se engane o leitor pensando que o plano espiritual não se vale de todos os
recursos disponíveis ao seu alcance, para nos trazer esclarecimentos...
Assim
tanto é que, em um dia como o de hoje, veio ter na minha caixa de e-mail um
informativo contendo esse artigo em pauta, com observações e apontamentos muito
pertinentes sobre assuntos que modernamente recebem o rótulo de “Lei da Atração”
... o que, diga-se de passagem, de “moderno” não tem nada... -_-
A
espiritualidade está sempre encetando esforços para esclarecer a humanidade
desse orbe, mas esbarram no impedimento criado pelos próprios seres humanos
chamado “livre arbítrio”...
Porque
conhecimento implica responsabilidade... e os seres desse orbe apenas posam de
responsáveis, ou interessados em responsabilidade... fazer discurso nas redes
sociais é fácil... ser responsável fora delas é que é complicado... simples
assim... ¬¬
Aliás...
o discurso é a ferramenta mais apreciada pelos seres desse orbe... é um
falatório que nunca termina... ação que produza resultados significativos é
zero...
O
ser humano se torna patético quando pensa que vai resolver as diferenças e
problemas com agressões e violência... mas esse discurso é a tônica do
momento...
E
esse discurso e ações decorrentes do mesmo, vão impregnando o planeta de
energia cada vez mais densa... mas eu já falei disso inúmeras vezes, e falar
mais uma vez seria apenas chover no molhado... ¬¬
Mas
de alguma forma, esse conjunto de ideias nos remete ao assunto primordial desse
artigo, que é a ideia fixa que o ser humano ancora em si de castigo.
Castigo
e punição, aqui para os seres humanos, funciona como uma força motriz capaz de
coibir algumas ações humanas... mas não é bem assim... essa ideia de castigo
remonta aos primeiros habitantes do planeta, e eu realmente não sei de onde
tiraram isso... mas é fato que a ideia é antiga e de alguma forma, essa
crueldade chamada castigo, reconforta o ser humano ao mesmo tempo que o
amedronta...
Crueldade
sim... porque no âmago da ideia de castigo existe a ânsia pela retribuição...
não se trata exatamente aqui de Justiça... eu realmente me questiono se existe
algum ser humano capaz de praticar a Justiça em seu mais alto conceito...
Castigo
não representa Justiça... e sim, vingança... simples assim...
Ah...
mas então devemos deixar impunes as pessoas que transgridem as normas de boa convivência, que transgridem as leis
dos homens e as leis de Deus?
A
resposta me parece óbvia... mas eu respondo com todas as letras: “ É claro que não!”
Infelizmente,
o que as pessoas não entendem é que, se não está funcionando do jeito que é
exercido, é porque tem muita coisa errada na forma de executar...
Se
não está funcionando é porque falta sinceridade da parte das pessoas,
independente da posição social, ou o que mais for...
Se
nos voltarmos para o âmbito da legislação humana, veremos que os legisladores primeiro
legislam em causa própria... segundo, continuam legislando em causa própria...
e por aí vai...
Se
formos explorar as Leis Divinas do âmbito da teologia ortodoxa, veremos que
essas Leis são administradas por meros mortais com roupas coloridas e
diferentes, que se resguardam atrás de muros altos onde permanecem “protegidos”
em seus casulos.
Ou
seja... sempre é o ser humano que manipula os outros seres humanos... e esses
seres manipuladores, não se criaram sozinhos...
Todo
esse movimento humano está ligando uns aos outros... e tudo se liga no
infinito... entretanto, essa ideia de que tudo está ligado, causa um certo
pânico na mente humana, que prefere ter suas mazelas pessoais bem camufladas,
para continuar com suas poses externas...
E
é assim que a ideia de “castigo” continua se concretizando e acorrentando os
seres aos níveis mais primários da evolução...
Todo
mundo quer ver alguém castigado... essa é a verdade...
Quando
os pais impõem a ideia de castigo, eles não estão educando, estão semeando
revolta...
Mas
controlar pelo medo do castigo é mais “prático e eficiente” que semear a ideia
de responsabilidade pelas próprias ações, coisa que os pais modernos sequer
sabem como praticar...
Castigo
e recompensa são ideias medievais, que nem mesmo surtiram efeito na Idade
Média, ou em qualquer outro tempo...
No
limiar de mais um “salto dimensional” [ e isso é outra coisa que eu considero
questionável... ¬¬], ainda existem pessoas que se prendem à moldes limitantes
de pensamentos.
Em
parte sou forçada a reconhecer que os seres desse orbe não estão preparados
para lidar com a realidade de um plano de existência que a maioria só conhece
através da literatura e da fantasia...
Mas
insistir em modelos arcaicos de pensamento, não está contribuindo para o avanço
espiritual da humanidade...
E nenhuma religião está
significativamente contribuindo para esse avanço...
Entretanto,
cabe a quem pesquisa e estuda, aproveitar os conteúdos que lhe chegam, para aprimorar
o próprio conhecimento libertar-se de padrões limitantes e buscar o caminho da
própria evolução espiritual...
Tenha
a certeza, caro leitor, que não existe barganha com a espiritualidade...
E
não existe essa coisa de castigo e recompensa... mas existe sim, consequência e responsabilidade.
Pode parecer contraditório que
eu esteja indicando um artigo que explana sobre conceitos sobre os quais eu
discordo.
Mas,
infinitas vezes, eu já alertei que esse nosso espaço é voltado para a pesquisa
e crescimento espiritual. Portanto, seria infantil da minha parte, indicar apenas
artigos com os quais eu concordo plenamente.
O
lado realmente bom da verdadeira liberdade é inclusive, não temer aqueles que
não concordam com a minha opinião pessoal...
Portanto, não vejo em que eu
não deva indicar um artigo que contém ideias com as quais eu não estou
plenamente de acordo... sendo que tal artigo também trás em seu contexto,
ideias que posso considerar afins com a minha maneira de pensar... simples
assim...
Isso
não quer absolutamente dizer que eu estou com a razão, ou que o autor está com a
razão... ou que Alan Kardec está com a razão... [ a citação ao divulgador do
Espiritismo dá-se unicamente pelo fato de que o autor do artigo fundamentou
seus argumentos única e exclusivamente nos postulados de Kardec, que diga-se de
passagem, não falou nenhuma novidade... apenas difundiu uma nova perspectiva...
]
Isto
posto, espero que apreciem a leitura desse artigo que vos apresento, e possam
assimilar conteúdos apropriados para sua pesquisa e aprendizado.
Fiquem na paz. Boa leitura e boa reflexão.
Leitura recomendada:
Por Tony Valentin
Somos Todos Um
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