sexta-feira, 1 de março de 2019

A eterna ideia de castigo e punição...


Eu não posso afirmar quando o ser começou a pensar... creio mesmo que ninguém pode... é um fato da realidade espiritual que pertence a quem os seres nesse orbe chamam Deus... ou os diversos nomes que as nações queiram dar...

Falar qualquer coisa sobre Deus, que não esteja em alguma das “Sagradas Escrituras” dos homens, é tabu, heresia, coisa de demônios, ou seja lá mais o que for...

Particularmente, eu já cansei dessa ladainha... mas é cômodo pensar em um Deus, perfeito, entretanto, com características tão humanas, para que os “humanos” possam com Ele se identificar... é cômodo para quem não quer ter o trabalho de se olhar no espelho da própria alma...

Ser imperfeito não é o problema maior... fazer de conta que não é, é que se torna o verdadeiro problema...

Ser imperfeito não condena ninguém a “castigos” e “punições”, porque, ao que tudo indica, a imperfeição faz parte da evolução... o problema real está nas ações e escolhas decorrentes dessa imperfeição, quando o ser humano passa a acreditar que pode barganhar com a espiritualidade.

Várias vezes eu já comentei aqui nesse blog que já participei de várias religiões, ortodoxas ou não... e aprendi muita coisa com elas, inclusive que, a maioria se rege pelo medo e não pela assimilação do conhecimento em si...


Só posso falar das experiências que vivenciei em cada uma delas... nunca fui realmente ligada por exemplo, a um templo budista, apenas estudei sobre o budismo o conteúdo que me chegou através de livros e internet... mas na prática, o que vejo hoje em dia, é que, os monges da atualidade estão bem longe dos passos dos monges da antiguidade...

As religiões, ortodoxas ou não, ainda se prendem a padrões de pensamentos de ideias como castigo e punição, quando o que existe na realidade é mera consequência...

Ninguém se assusta mais, hoje em dia, com essa ideia obtusa de castigo e punição... se assim fosse não haveria no mundo tanta marginalidade e maldade...

O cerne da questão é que, não tendo medo e muito menos consciência de suas responsabilidades, o ser se sente a vontade para praticar a iniquidade... simples assim... e o resultado é o que estamos vendo hoje em dia... a total subversão de valores verdadeiramente morais, e uma liberalidade total de comportamentos que não correspondem ao verdadeiro sentido de liberdade...

As consequências das nossas ações, dificilmente serão entendidas como castigo, simplesmente porque a ideia de castigo está alinhavada aos conceitos ortodoxos das religiões tradicionais... a conceitos limitados de certo e errado, de bem e mal, de céu e inferno... e tudo se simplifica na forma de anjos e demônios...

Adiante eu indico um artigo de um site espiritualista, contudo, desde já fique bem claro, que o assunto nesse artigo é abordado pelo ponto de vista do Espiritismo de Allan Kardec, “religião” essa que frequentamos durante muitos anos, e da qual nos afastamos por considerar que, como todas as outras, apenas conduzem as pessoas a andarem em círculos... ou seja... pessoas que andam em círculos, conduzindo outras pessoas a andarem em círculos que nunca levam a lugar nenhum...

Entretanto, como também já afirmamos, aprendemos muito com todas as religiões que frequentamos, e quanto a isso, a minha gratidão não cabe em palavras... o aprendizado, o conhecimento, a busca, são bens inalienáveis, inegociáveis e personalíssimos...

É forçoso reconhecer que cada um tem sua própria jornada pessoal... cabe a quem assimilou um pouquinho mais, contribuir para o esclarecimento daqueles que buscam, sem saber exatamente o que estão buscando... principalmente porque essa busca é alimentada pela insatisfação com as ideias limitantes sobre espiritualidade que nos são impostas pelas religiões... ou pelas pessoas manipuladoras do conhecimento...

Tendo em vista esse aspecto, é que sempre fui orientada pela espiritualidade a estudar, pesquisar, questionar com sensatez, observar e meditar sobre todo conhecimento que chega até mim...

Não se engane o leitor pensando que o plano espiritual não se vale de todos os recursos disponíveis ao seu alcance, para nos trazer esclarecimentos...

Assim tanto é que, em um dia como o de hoje, veio ter na minha caixa de e-mail um informativo contendo esse artigo em pauta, com observações e apontamentos muito pertinentes sobre assuntos que modernamente recebem o rótulo de “Lei da Atração” ... o que, diga-se de passagem, de “moderno” não tem nada... -_-

A espiritualidade está sempre encetando esforços para esclarecer a humanidade desse orbe, mas esbarram no impedimento criado pelos próprios seres humanos chamado “livre arbítrio”...

Porque conhecimento implica responsabilidade... e os seres desse orbe apenas posam de responsáveis, ou interessados em responsabilidade... fazer discurso nas redes sociais é fácil... ser responsável fora delas é que é complicado... simples assim... ¬¬

Aliás... o discurso é a ferramenta mais apreciada pelos seres desse orbe... é um falatório que nunca termina... ação que produza resultados significativos é zero...

O ser humano se torna patético quando pensa que vai resolver as diferenças e problemas com agressões e violência... mas esse discurso é a tônica do momento...

E esse discurso e ações decorrentes do mesmo, vão impregnando o planeta de energia cada vez mais densa... mas eu já falei disso inúmeras vezes, e falar mais uma vez seria apenas chover no molhado... ¬¬

Mas de alguma forma, esse conjunto de ideias nos remete ao assunto primordial desse artigo, que é a ideia fixa que o ser humano ancora em si de castigo.

Castigo e punição, aqui para os seres humanos, funciona como uma força motriz capaz de coibir algumas ações humanas... mas não é bem assim... essa ideia de castigo remonta aos primeiros habitantes do planeta, e eu realmente não sei de onde tiraram isso... mas é fato que a ideia é antiga e de alguma forma, essa crueldade chamada castigo, reconforta o ser humano ao mesmo tempo que o amedronta...

Crueldade sim... porque no âmago da ideia de castigo existe a ânsia pela retribuição... não se trata exatamente aqui de Justiça... eu realmente me questiono se existe algum ser humano capaz de praticar a Justiça em seu mais alto conceito...

Castigo não representa Justiça... e sim, vingança... simples assim...

Ah... mas então devemos deixar impunes as pessoas que transgridem as normas  de boa convivência, que transgridem as leis dos homens e as leis de Deus?

A resposta me parece óbvia... mas eu respondo com todas as letras:  “ É claro que não!”

Infelizmente, o que as pessoas não entendem é que, se não está funcionando do jeito que é exercido, é porque tem muita coisa errada na forma de executar...

Se não está funcionando é porque falta sinceridade da parte das pessoas, independente da posição social, ou o que mais for...

Se nos voltarmos para o âmbito da legislação humana, veremos que os legisladores primeiro legislam em causa própria... segundo, continuam legislando em causa própria... e por aí vai...

Se formos explorar as Leis Divinas do âmbito da teologia ortodoxa, veremos que essas Leis são administradas por meros mortais com roupas coloridas e diferentes, que se resguardam atrás de muros altos onde permanecem “protegidos” em seus casulos.

Ou seja... sempre é o ser humano que manipula os outros seres humanos... e esses seres manipuladores, não se criaram sozinhos...

Todo esse movimento humano está ligando uns aos outros... e tudo se liga no infinito... entretanto, essa ideia de que tudo está ligado, causa um certo pânico na mente humana, que prefere ter suas mazelas pessoais bem camufladas, para continuar com suas poses externas...

E é assim que a ideia de “castigo” continua se concretizando e acorrentando os seres aos níveis mais primários da evolução...

Todo mundo quer ver alguém castigado... essa é a verdade...

Quando os pais impõem a ideia de castigo, eles não estão educando, estão semeando revolta...

Mas controlar pelo medo do castigo é mais “prático e eficiente” que semear a ideia de responsabilidade pelas próprias ações, coisa que os pais modernos sequer sabem como praticar...

Castigo e recompensa são ideias medievais, que nem mesmo surtiram efeito na Idade Média, ou em qualquer outro tempo...

No limiar de mais um “salto dimensional” [ e isso é outra coisa que eu considero questionável... ¬¬], ainda existem pessoas que se prendem à moldes limitantes de pensamentos.

Em parte sou forçada a reconhecer que os seres desse orbe não estão preparados para lidar com a realidade de um plano de existência que a maioria só conhece através da literatura e da fantasia...

Mas insistir em modelos arcaicos de pensamento, não está contribuindo para o avanço espiritual da humanidade...

E nenhuma religião está significativamente contribuindo para esse avanço...

Entretanto, cabe a quem pesquisa e estuda, aproveitar os conteúdos que lhe chegam, para aprimorar o próprio conhecimento libertar-se de padrões limitantes e buscar o caminho da própria evolução espiritual...

Tenha a certeza, caro leitor, que não existe barganha com a espiritualidade...

E não existe essa coisa de castigo e recompensa... mas existe sim, consequência e responsabilidade.

Pode parecer contraditório que eu esteja indicando um artigo que explana sobre conceitos sobre os quais eu discordo.

Mas, infinitas vezes, eu já alertei que esse nosso espaço é voltado para a pesquisa e crescimento espiritual. Portanto, seria infantil da minha parte, indicar apenas artigos com os quais eu concordo plenamente.

O lado realmente bom da verdadeira liberdade é inclusive, não temer aqueles que não concordam com a minha opinião pessoal...

Portanto, não vejo em que eu não deva indicar um artigo que contém ideias com as quais eu não estou plenamente de acordo... sendo que tal artigo também trás em seu contexto, ideias que posso considerar afins com a minha maneira de pensar... simples assim...

Isso não quer absolutamente dizer que eu estou com a razão, ou que o autor está com a razão... ou que Alan Kardec está com a razão... [ a citação ao divulgador do Espiritismo dá-se unicamente pelo fato de que o autor do artigo fundamentou seus argumentos única e exclusivamente nos postulados de Kardec, que diga-se de passagem, não falou nenhuma novidade... apenas difundiu uma nova perspectiva... ]

Isto posto, espero que apreciem a leitura desse artigo que vos apresento, e possam assimilar conteúdos apropriados para sua pesquisa e aprendizado.
Fiquem na paz. Boa leitura e boa reflexão.
Leitura recomendada:
Por Tony Valentin
Somos Todos Um



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