segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Gratidão... perspectivas...


Um aspecto interessante sobre a maneira como expressamos nossa gratidão, sobre o qual eu não havia pensado em momento algum: o nosso “muito obrigado”, manifesta, na verdade, uma forma de obrigação e não de gratidão propriamente dita...



Veja uma parte do texto que aborda esse aspecto:

“Ter gratidão vai muito além de um “muito obrigado”. Até porque, esta última palavra vincula a uma obrigação (que não existe), te torna obrigado a alguma coisa. Já a gratidão é um estado de graça, do ser, do sentir, uma energia de amor e de reconhecimento.”

 Leia o texto completo aqui.

Se consultarmos um dicionário, qualquer que seja, veremos que o primeiro significado para o termo “obrigado”  é especificamente:
1

1.  Que é prescrito, imposto por lei, imposto pelo uso, por convenção; obrigatório;

2.     Que se sente devedor de um favor, de uma amabilidade; etc.

Por último, encontramos o significado no sentido de agradecimento, gratidão. 


Normalmente, usamos o termo “muito obrigado”, mais por educação ou sociabilidade, do que pelo sentimento de gratidão, propriamente dito, ou como deve ser sentida a gratidão...

E na verdade, até aí, nessa última colocação que abordei, “como deve ser sentida...”, a forma como foi manifestada a ideia, exprime um paradoxo, pois a gratidão perde o sentido quando vinculada à uma obrigação de sentir...

Ou seja, vamos tentar esclarecer as possíveis contradições entre o que pretendemos expressar, e a realidade das palavras que usamos para expressar: quando usamos o termo “muito obrigado” estamos sendo cordiais, educados, até gentis, mas não necessariamente, estamos manifestando gratidão...

Mesmo sendo o nosso sentimento o mais importante, é conveniente lembrar que a palavra tem poder, tanto quanto a vibração do nosso sentimento.

 Diante dessa premissa entre o que sentimos e o que falamos, estaríamos criando alguma energia convulsionada?

Quais efeitos essa “convulsão” teria em nossa vida? Em nosso cotidiano?

A resposta não pode ser dada imediatamente, pois necessita de observação dos verdadeiros efeitos que a palavra, repetidamente, causa em nossa vida.

Diante de um sentimento tão gratificante como a gratidão, caberia tanto estudo sobre o assunto? E porque não?

Na verdade, a gratidão está envolvida por outras questões que, se bem entendidas, podem ser usadas a nosso favor.

E porque isso?

 Você nunca percebeu que mesmo para algumas pessoas que se manifestam  gratas, nem tudo flui com toda essa facilidade que é apresentada em cursinhos, páginas de redes sociais, propagandas e etc.?

A gratidão em si está intrinsecamente ligada a Lei da Atração, segundo o princípio de que, toda gratidão sentida e manifestada, atrai naturalmente energia positiva do Universo.

 Outra questão: o universo não julga; ele apenas responde à nossa vibração, ou seja, ele não racionaliza como nós, apenas reenviando os sinais que recebe de nós.

Mas uma coisa é certa: a gratidão que apazigua nosso coração é espontânea, e surge de um estado de sinceridade que surge em nosso coração... um estado de reconhecimento sincero...

A Gratidão, assim como o Amor, liberta... pois gratidão que cobra, exige e escraviza, não é Gratidão... sendo assim, podemos concluir que a Gratidão e o amor andam de mãos dadas...

Então é errado pedir alguma coisa ao Universo, quando não estamos nos sentindo gratos por nada?

Não... porque, segundo muitos esotéricos e holísticos, o universo não pensa e não julga...


E nesse ponto do nosso estudo, esbarramos com outro paradoxo: para muitas pessoas, Universo, Amor, Deus, Vida, Inteligência Divina, Ser Supremo [e uma infinidade de outros nomes que queiram dar], são uma coisa só... ou melhor... uma “pessoa” só...

Para as religiões ortodoxas, isso é uma heresia inaceitável e incompreensível... para as religiões não ortodoxas é apenas confuso... para os filósofos, é apenas mais uma questão a ser estudada... para os psicólogos, nem sei o que é... >.<, para a maioria dos espíritas, é inadmissível, pois “Deus é a inteligência Suprema e Perfeita, Criador de tudo e Pai de todos”... e eu juro que li isso em algum lugar na internet... mas só agora me ocorreu que poderia ser utilizado para o nosso estudo.

Vamos combinar que, tentar racionalizar uma ideia que não conseguimos “sentir”, é meio complicado... porque Deus é racional, mas não adianta tentar entender Deus pelos parâmetros limitados no nosso saber e da cultura ocidental...

 Segundo me disseram um certo dia:

“Deus não é para ser pensado... é para ser sentido...”

Essa afirmação meio que colocou um ponto final em uma discussão meio boba...

Uma coisa é certa, não existe fórmula mágica para atrair situações favoráveis e energias positivas para a nossa vida... afinal, o centro da nossa vida é o nosso coração... pois é através dele que Deus se comunica conosco, seja diretamente, seja por meio de seus mensageiros... cada um escolhe no que acreditar... simples assim...

Eu particularmente, acredito que as duas formas sejam possíveis, mas, na minha lógica, Deus se utiliza de todos os meios para se comunicar conosco, já que ele mesmo criou essa infinidade de possibilidades... >.<

E os mensageiros? Bem... eles estão a serviço do bem, sob a supervisão divina... ^_^

É importante destacar que, mesmo sendo natural demonstrarmos gratidão com palavras, a gratidão dispensa as mesmas, pois é um sentimento tão poderoso que se faz sentir através da energia que nos cerca e envolve...

Uma pessoa sinceramente grata, tem um “brilho” natural, não apenas nos seus olhos, mas em todo o seu ser, física e espiritualmente. Essa energia contagia todas as pessoas que se aproximam dela... é um verdadeiro estado de graça...

Naturalmente, esse sentimento irá vibrar com tal força que se tornará um imã atraindo as energias afins... e o universo responderá nesse padrão vibratório...

Quanto ao aspecto “irracional” do universo , creio que precisaremos de um espaço somente para essa abordagem...  muito embora essa reflexão esteja completamente relacionada ao estudo da gratidão, como de outros aspectos da nossa vida.

Mas veja bem, não estou aqui a difundir uma ideia equivocada sobre o agradecimento verbal que dirigimos à alguém, porque esse gesto é válido... apenas considero que devemos reavaliar a palavra que usamos... >.<

Muito obrigado = muito agradecido, ou, muito grato... você pode achar estranho e até antiquado, porque, afinal, essas formas eram usuais no tempo dos meus avós... >.< ... contudo, levando em consideração o teor das palavras que usamos, o real sentido que elas têm, devemos considerar a força energética que está impregnando a palavra...

Sendo assim, as palavras – agradecido e grato – exprimem de forma mais satisfatória o verdadeiro sentimento que desejamos exteriorizar, do que a palavra – obrigado – cujo sentido já analisamos no começo do nosso estudo...

Nada impede que você expresse seus sentimentos em pāli, japonês, indi, mandarim... ou no idioma que melhor lhe aprouver... >.< mas lembre-se que, se o teor do termo que você usa, não está coerente com o seu sentimento, você pode estar criando uma energia convulcionada ao seu redor...

Ué... mas não é justamente o sentimento que é o mais importante?
Sim... isso não quer dizer que estamos completamente aptos e equilibrados com os nossos sentimentos, e muito menos que não somos influenciados pelas energias espalhadas ao nosso redor...

O que exatamente isso significa?

Que nós, ainda no estágio de desenvolvimento em que nos encontramos, não alimentamos nosso estado constante de gratidão... ou, de gratidão constante...

Lembramos de ser gratos quando recebemos algo que nos agrada, que nos deixa alegres, quando realizamos um objetivo... mas nos esquecemos prontamente desse estado de graça quando somos contrariados...

E veja bem, não é que devemos ser indiferentes aos nossos problemas... simplesmente perdemos o ânimo de agradecer, ou continuar agradecendo tudo que já conquistamos, porque tropeçamos em alguma pedra no caminho...

Hoje eu refleti sobre uma questão importante, que encontrei em um dos artigos que li, que infelizmente, perdi o link... mas a questão era a seguinte:

“ – Como você espera fazer fluir a prosperidade em sua vida, se não é capaz, ou não consegue agradecer a tudo que recebeu até hoje? “

Ou seja... quando nos “esquecemos” de agradecer as coisas boas que recebemos, [porque é o que conseguimos fazer...], estamos praticando o inverso da gratidão... simples assim...

E essa atitude mental inversa à gratidão, bloqueia ou inibe o fluxo da energia positiva ao nosso redor, atraindo as energias semelhantes...
[... aí jogam o resultado na conta do universo... -_- ... mas essa é outra história... ]

Muita gente acha cansativo viver em “estado de graça”... mas a meditação pode ajudar a pessoa a manter o foco nas coisas realmente importantes... ocupar a mente com pensamentos positivos, muito embora, tenha muita gente por aí alegando que isso não adianta nada...  -_- ...

Ocupar a mente com pensamentos positivos, é muito melhor que deixar sua mente ociosa, ou “vazia” , principalmente se você não é afeito à meditação transcendental...

No estágio de desenvolvimento espiritual em que se encontra a humanidade, é necessária muita disciplina sim...

Um momento de distração e a nossa mente é invadida por pensamentos perniciosos que nos desviam de um estado mental de leveza...

Pode parecer cansativo no início, mas apenas parece cansativo... o tempo que cada pessoa vai precisar pra tornar esse estado de espírito o seu estado de espírito, depende do quanto ela realmente deseja se transformar, de uma pessoa que vive com a mente abarrotada de pensamentos inúteis e verdadeiramente cansativos, em uma pessoa de pensamentos e sentimentos positivos.

 Creio que também que existe outro fator que exerce muita influencia nesse estado de espírito:  fato da pessoa querer ou não se esforçar por um auto melhoramento... porque isso depende única e exclusivamente do querer de cada um.

Posso efetivamente me sentir grata pela felicidade de outrem, pela vitória de outrem, mesmo que seja um desconhecido... mesmo que o resultado obtido não seja meu, o sentimento genuíno é meu... e por causa dessa genuinidade cada célula do meu corpo entrará num padrão vibratório mais elevado, pois o sentimento legítimo eleva o nível da nossa vibração espiritual...

Quando nos tornamos capazes de entender essa dinâmica, percebemos porque e quanto é importante vigiarmos nossos pensamentos e nos educarmos espiritualmente, para que do nosso coração só emane bons sentimentos...

Não é que de uma hora para outra nos tornaremos “seres mágicos” imunes a problemas ou desconfortos... apenas nosso campo de percepção dos fatos se amplia nos possibilitando  uma compreensão maior sobre os fatos e situações que ocorrem em nossa vida.
 
A vida é um fluxo incessante de energias... e entre tantas e infinitas energias, encontra-se essa energia que emana do nosso coração que denominamos gratidão...

Quando percebemos que pequenas coisas, ou pequenas posses, ou pequenos gestos, têm a força mais que necessária para nos preencher de felicidade plena, naturalmente nos enchemos desse sentimento de gratidão...

Se contarmos ao longo do nosso dia as tantas pequenas coisas que preenchem o nosso dia, e nos sentirmos gratificados por receber tanto, estaremos no caminho da gratidão plena...

A gratidão pode funcionar como um escudo contra as contrariedades diárias... o escudo recebe o golpe, mas não se quebra...

Se nos mantivermos vigilantes e em estado de gratidão, não seremos arremessados ao poço escuro da insatisfação...

Agradecer diariamente é um exercício que nos conduz ao estado de plenitude...

Que seja agradecer pelo básico que temos... sim... agradecer pelo básico, porque, na mesma medida em que não nos sentimos obrigados a nada em relação à vida, a recíproca é verdadeira...

Viver não é uma obrigação... é um aprendizado...

 Gratidão não é uma obrigação... é um reconhecimento...

A vida nos dá aquilo que criamos para nós, seja no tempo presente, seja no tempo passado... porque o futuro ainda não aconteceu, e a cada dia bastam as preocupações [ou apenas, ocupações] que lhe são próprias...

O passado faz parte do nosso aprendizado porque já aconteceu... se não tivermos aprendido nada com ele, estaremos repetindo sempre os mesmo equívocos...

Mas esse sentimento de gratidão genuína pode ser um bálsamo para as nossas feridas...

A gratidão não cega nossa visão espiritual, mas nos dá uma outra perspectiva...

Quem se sente verdadeiramente grato, também se sete mais leve, mais feliz, mais confortável... mais aconchegado pela vida...

Encerro essa parte do nosso estudo de hoje, deixando dois textos que achei muito interessantes sobre a gratidão... pode parecer muito mais do mesmo, mas pode ser só aparência de muito mais do mesmo... pense nisso...

Pratiquemos mais a gratidão... Boa reflexão...







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