quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Disciplina Mental – Educação Espiritual

Eis aqui dois importantes componentes da Vida humana: - disciplina e educação... são aspectos que devido ao pouco avanço espiritual da humanidade, geram polêmica e sua abordagem sempre é vista com desagrado... ou quase sempre...

Contudo, o mundo espiritual tem sido constante em alertar a humanidade, desde os primórdios, sobre a necessidade de disciplinar a mente e educar o espírito... ou seja... educar o Eu... o Ego... ou seja lá que nome os “doutos” pretendam dar...

Disciplina e educação não são exatamente a mesma coisa, mas estão intrinsecamente ligadas em seus conceitos e aplicação. Digamos assim, é como se fossem unha e carne...

O nosso objetivo aqui não é restringir o conceito, a ideia, aos conteúdos acadêmicos, muito embora o reconhecimento de que tais conteúdos, são indispensáveis ao entendimento humano. 

Entretanto, limitar esses aspectos à conteúdos e discussões meramente acadêmicos, seria excluir possibilidades de acesso e prática no tangente às pessoas mais simples, ou que não dispõem de tempo para dedicação integral aos estudos e meditações.

A ideia que as pessoas normalmente têm sobre disciplina mental, está ligada às práticas milenares de Yoga, Budismo, Ocultismo... e outros segmentos filosófico-religiosos, que, eventualmente exigem dedicação exclusiva para se atingir um objetivo.

Tais segmentos, inseridos no contexto de escolas, templos, ou seja mais lá o que for,  tornam-se ambientes fechados,  que passam a exigir iniciações, pagamentos, sigilos, juramentos, exclusividade e toda sorte de manipulação, em troca da promessa de conduzir o indivíduo ao caminho da iluminação espiritual, como se esta fosse apenas mais um privilégio destinado há uns poucos “escolhidos”.

Não se pode comercializar ou barganhar o conhecimento espiritual...
As consequências podem ser bem desagradáveis...


Eventualmente, eu mesma tenho questionado alguns detalhes sobre essa questão do conhecimento espiritual, contudo, não me atrevo a quebrar essa única imposição que me foi feita... não me atrevo a ir contra, ou tentar burlar de alguma forma que me traga lucro...

Mas  a maioria das pessoas que tem cruzado o meu caminho e que também são levadas a esse caminho do conhecimento, de alguma forma pretende obter algum lucro, ou, de alguma forma, desenvolvem em si um comportamento manipulador.

Para que se possa alcançar uma melhor e maior compreensão dessa “equação”  disciplina mental ⇄ educação espiritual é necessário ter em mente alguns princípios básicos que dirigem a vida humana, mesmo a revelia desta.
  • Somos espíritos – seres imateriais, nossa essência não provém da matéria, que nada mais é que uma forma densa de energia. Portanto a nossa existência, a nossa vida não está restrita ao mundo material em que vivemos.
  • Mundo espiritual existe e não é um mundo separado do mundo em que vivemos. Nosso mundo faz parte do Mundo Espiritual.
  • Vida é muito mais e está muito além dos conceitos e definições dos doutores do mundo em que vivemos.
  • E Deus existe sim... mas absolutamente nenhuma religião, filosofia, escola teológica, ou seja lá mais o que for, sequer chegou perto de realmente compreender Deus...

Ao longo da história da humanidade, raríssimos foram os espíritos que passaram por esse nosso orbe e que traziam em si a essência da compreensão sobre Deus, ou sobre a Divindade Única, o Criador, o Pai... ou seja lá o nome que pretendem usar...

Os nomes apenas serviram para limitar ainda mais a compreensão humana dos habitantes desse mundo, que  encontrava-se em um estágio já bastante limitado...

O ser humano tem o – mal – hábito de imputar às divindades, ou à divindade, características de seu comportamento, ou, da personalidade humana.

Sentimentos como inveja, ciúme, ira, vingança, ou mesmo virtudes como bondade, tolerância, compaixão... sempre limitam o sentido de PERFEIÇÃO que também é atribuído à divindade.

Se é perfeito, dispensa apresentações, comentários e adendos.

Dizem que tudo na vida é uma questão de fé... e que a fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem. [ Hebreus 11:1 ]

Contudo, a fé tornou-se apenas mais um dogma das teologias ocidentais, e quando se trata de diferenciar fé e crença, as palavras se perdem no meio do caminho.

A fé em si não pode ser comprada nem controlada pelo ser humano... mas, as religiões de uma forma geral consideram que fé é apenas atributo das pessoas que estão a elas vinculadas.

Se alguma pessoa de fora de um determinado círculo religioso, tem suas crenças, essas não serão respeitadas como fé, e normalmente recebem o “rótulo” de idolatria.

Contudo, sabemos que idolatria está no excessivo apego que algumas pessoas praticam relativamente a objetos, pessoas, hábitos ou seja lá mais o que for...

Retornando à questão da disciplina mental ⇄ educação espiritual, que é o nosso assunto da pauta deste artigo.

Reconhecemos que é difícil disciplinar a mente, tendo em vista os afazeres cotidianos das pessoas comuns.

É preciso estudar, trabalhar, sustentar-se, cuidar de família, cuidar de casa, enfrentar trânsito e pessoas com as quais não temos afinidade... muitos são os percalços de uma pessoa que busca sua disciplina mental.

As dificuldades levam o ser humano a buscar alternativas fáceis para vencer todos os obstáculos.

Mas as soluções fáceis podem romper-se ao menor embate, pois, geralmente são frágeis como um copo de cristal.

Entretanto, aquele que pretende disciplinar a mente, não obstante todos os obstáculos visíveis e invisíveis que estejam em seu caminho, deve ter em em mente que conquistar esse objetivo depende única e exclusivamente de sua própria vontade em querer fazer.

O nosso maior obstáculo está em nós... e somente o nosso esforço poderá demovê-lo.

Seus pés lhes pertencem, dê o primeiro passo...
Dê um passo de cada vez...


Cada um pode começar analisando o conteúdo dos pensamentos que invadem a mente durante o dia... o teor das palavras que profere... a gama de sentimentos que desenvolve...

Em algum momento do seu dia, seja no começo ou no fim, separe alguns poucos minutos que seja, para fazer essa análise e estabelecer o que você quer mudar primeiro.

Uma coisa de cada vez...

Você deve ser capaz e, acima de tudo, estar preparado para reconhecer suas falibilidades, seus pontos negativos, suas fragilidades...

O auto conhecimento é o nosso maior aliado...

A seletividade das suas preferências acontecerá naturalmente, à medida que a mente estiver voltada para ampliar e elevar seus interesses. Gradativa e imperceptivelmente essas preferências sairão de um contexto, para alocar-se em outro, contudo, nenhuma mudança será, ou poderá, ser imposta por fatores externos, ou outra pessoa que não seja o próprio indivíduo.

A disciplina, deve ser uma busca do próprio indivíduo. Não estamos vivendo em uma época que a educação familiar ou escolar impunha um conjunto de ideias e comportamentos pré estabelecidos com o objetivo de disciplinar o indivíduo.

No atual momento em que nos encontramos,  é a nossa busca que nos conduzirá ao caminho da disciplina mental.

A mente que busca a disciplina, busca também a qualidade.

Naturalmente, quando começamos a trilhar o caminho da disciplina mental, a tendência é que passemos a buscar e desenvolver um nível maior de compreensão e perceptividade, e a nossa maneira de ver, pensar e sentir o mundo e tudo que está ao nosso redor, vai sutilmente sofrendo modificações.

Algumas pessoas, quando decididas a mudar o rumo de suas vidas, passam a investir uma pequena, mas significativa parcela do seu tempo a estudar, buscar esclarecimentos, refletir, meditar e descobrir novas formas de melhorar sua qualidade de vida.

A disciplina mental é o primeiro passo para a educação espiritual.

Um espírito educado sempre tem a mente disciplinada.

Uma coisa está intrinsecamente ligada à outra. Como se fossem gêmeas, com personalidades próprias e peculiares.

Um espírito educado não dá abrigo em seu coração a sentimentos e ações nocivos.

A mente disciplinada não abriga pensamentos de conteúdo duvidoso.

Sempre existiu na sociedade a concepção de que só o indivíduo de tenra idade é passível de educação. Essa forma de pensar pode até ser válida, considerando apenas a educação de um prisma limitado.

A educação que recebemos dos nossos pais, ou dos nossos professores, não determina o nosso caráter, muito menos o ambiente que nos cerca, mas, definitivamente, vai influenciar na sua formação. Recebemos influência, sim... mas não de forma definitiva.

É sempre bom lembrar que somos os autores da nossa história, e quem acredita na migração dos seres através do tempo, espaço e “mundos”, não pode usar a ignorância como desculpa para a própria inércia no campo da evolução.

E como já foi dito em outro artigo:-



Tenha um dia iluminado e uma noite de sonhos reconfortantes...



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