quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Reflexões...

A vida que não vivemos.


Enquanto descansava, ou pelo menos, enquanto tentava descansar, os pensamentos questionadores invadiram minha mente, sem pedir-me licença... é mais ou menos o que os estudiosos chamam de “insitgh” ... eu ainda prefiro a simplicidade do nosso vocabulário designando apenas por intuição...

No contexto geral, eu diria que “insitgh” vai até um pouco além... e sinceramente, ainda não me aprofundei  no estudo do termo em si... porém... é algo que me vem intuitivamente...  ^_^ ...


Nem sempre eu soube lidar com a intuição, ou com os “insitghs”...  e desde muito cedo, ainda criança mesmo, sempre fiquei muito confusa  ao deparar-me com ideias sobre assuntos que eu, aparentemente, desconhecia...

Imagino que muitas pessoas passem por esse tipo de situação... a maioria segue a vida, tentando simplesmente não pensar no assunto, ignorando as consequências, ou simplesmente, convencendo-se de que era apenas uma circunstância relacionada a infância, ou aos transtornos e dificuldades da adolescência, e relegando o assunto a um suposto esquecimento que  na verdade, nunca acontece...

E assim, as gerações que vão-se sucedendo, apenas mergulham  no mar do desconhecimento sobre a sensitividade,  e  a sociedade moderna, totalmente alheia a esse tipo de realidade, vive desprezando por completo os sentidos espirituais, valorizando apenas os sentidos materiais ou físicos...

E cada vez mais, a vida fica comprometida...

Sim... vamos ter em mente que a vida da forma conhecemos é apenas a milionésima parte da vida como um todo...

Independente de crenças, religiões, cultura, geografia, história, economia... independente do desenvolvimento social ou tecnológico... independente do querer e do crer... a vida está além dos sentidos limitados de cada um de nós...

A vida não é exatamente o que queremos que ela seja... A vida simplesmente É...


Os nossos caprichos e ações não mudam essa realidade, e apenas interferem na esfera limitada das nossas percepções entorpecidas pelos nossos “achismos”...

Pode parecer cruel... mas é a realidade pura e simples...

A vida que o ser humano vive nesse mundo, ou nesse orbe conhecido por planeta Terra, não é uma fatalidade... é uma consequência...

Consequência das escolhas de um grupo... cujo padrão de energia emanado pelo pensamento, atraiu outros indivíduos que se uniram a esse grupo por afinidade...

Apesar da aparente complexidade do assunto, não é uma equação quântica a ser resolvida... não envolve cálculos matemáticos avançados, nem teorias filosóficas abstratas...

É um simples processo de afinidades... simples assim...

E talvez esse seja  o fato mais incômodo dessa questão... pois para reconhecer que existe a afinidade, teremos que reconhecer que somos falhos em muitos aspectos do nosso caráter, e isso é desconfortável... é incômodo...

Independente da nossa negação, as consequências estão ao nosso redor... e isso é um fato... e contra fatos, não há argumentos...

Em vez de revoltar-se, criar demônios sanguinários em quem jogar a culpa, em vez de indignar-se infantilmente... o ser humano deveria rever suas escolhas, rever suas prioridades... repensar suas atitudes... e buscar um caminho além das suas próprias limitações...

Mas para isso impõe-se uma nova maneira de pensar... impõe-se uma investigação segura sobre a própria personalidade, sobre os próprios costumes, sobre as próprias afinidades...

É preciso acima de tudo, saber individualizar-se de forma positiva, construtiva, sublime... e isso é quase incompreensível para a maioria que busca a satisfação e realização nos domínios dos sentidos físicos... do mundo envolto nas materialidades frívolas e consumíveis...

O sustento do ser humano é importante, não resta a menor dúvida... mas o que questionamos é:

O que exatamente nos dias de hoje, é realmente sustento... e o que passou a ser consumismo dispensável?

Quando nos dispomos a analisar o que o ser humano tem feito da vida como um todo, e não apenas da sua própria vida, não estamos de forma alguma intencionando jogar pedra nos telhados alheios... muito menos faz parte do nosso trabalho conduzir os passos da humanidade nas trilhas da evolução...

O nosso trabalho é voltado apenas para, na melhor das hipóteses, ajudar aqueles que buscam um sentido para a própria vida, a despertarem a consciência entorpecida pelas distrações do cotidiano.

E nem sempre o que traduzimos aqui em palavras corresponde exatamente à nossa opinião... eventualmente nos deparamos com alguma ideia que nos desperta uma certa surpresa... e isso nos tem mostrado que todos os dias temos algo novo a aprender... de uma certa forma, sinto-me gratificada... embora algumas vezes contrariada...

Muitas são as vezes em que estacamos no meio do caminho em dúvida sobre alguma questão... e nos sentimos meio que desamparados... meio que  perdidos no “burburinho silencioso” da multidão...

Já tivemos a oportunidade de mostrar anteriormente que muitos são os ensinamentos dispensados ao ser humano pelas esferas espirituais superiores... em todos os tempos, entre todos os povos... independente de suas crenças  ou status sociais... mas os homens, de posse desses ensinamentos deturparam-lhe o sentido, macularam-lhe a pureza, apropriam-se indevidamente de posições de liderança que não lhes foi conferida, desviaram a mente de seus seguidores pelas trilhas da ignorância, e finalmente, comercializaram o que graciosamente lhes foi entregue...

E o que temos presenciado através dos tempos culmina nos dias atuais com a total falta de direcionamento por parte do ser humano, onde os verdadeiros valores são subvertidos ao nível de nada... onde a ordem natural do desenvolvimento é atrofiada em função dos interesses mesquinhos e inferiores... onde a pseudo organização social está voltada apenas para o imediatismo das satisfações pessoais...

Temos presenciado também a divulgação de ideias parecidas com as nossas, ou melhor, com as que nos são inspiradas, e, por causa da liberdade que é dada a cada um para apresentar as questões da maneira mais adequada a sua própria percepção, o que está acontecendo mundo afora, podemos comparar a um verdadeiro circo.

Não existe nenhuma novidade nas orientações que nos são apresentadas... apesar da ciência na Terra ser um tanto limitada, não obstante os avanços tecnológicos, a ciência em si existe antes mesmo que entendêssemos nossa individualidade como seres espirituais.

Esse é um fato que independe da nossa perspectiva, da nossa vontade... ou dos nossos caprichos...

Como já foi dito antes:-

A Vida É...

Independe também do que pensamos ou deixamos de pensar... e a nossa maneira de pensar contribui apenas para que a nossa própria existência alcance pontos mais significativos na escala evolutiva, ou nos mantenha no mesmo ponto por uma “eternidade”.

O que nós somos é consequência do que nos pensamos e sentimos... a energia que emana dos nossos pensamentos e sentimentos é o imã que atrai as energias externas que nos circundam... Então, também é fato que somos nós os responsáveis pelo que atraímos para nossa vida, de acordo com o teor do conteúdo que abrigamos em nosso íntimo.

Pode torcer o nariz e duvidar... a crença ou descrença nessa premissa, não muda o fato de que é exatamente isso que acontece.

A autora Louise Hay aborda extensivamente esse assunto em seu livro, “Você Pode Curar Sua Vida” [1984]. Essa também é a premissa da Lei da Atração, ou do Segredo, ou do Ho'oponopono... a Bíblia também faz várias citações, que seriam mais como advertências,  a esse respeito.  Em todas as crenças do mundo, religiões, filosofias e tudo mais que se possa imaginar, encontraremos sempre, em alguma parte, esse princípio.

Se alguém quer atrair positividade para sua vida, que abandone a gama de pensamentos
nocivos que abriga nos recônditos da mente.

O nosso dia de hoje é exatamente o resultado das escolhas que viemos fazendo ao longo do tempo.
E como não podemos “adivinhar” o futuro, o que  nos resta é tentar construir um futuro estruturado no nosso conhecimento e nas escolhas que estamos fazendo HOJE.

O nosso melhor futuro é realmente o que podemos fazer hoje.

Do passado só devemos guardar o aprendizado. O que não tiver serventia, é melhor “jogar no mar do esquecimento”.

De uma forma geral, as pessoas estão reclamando da vida... contra a vida... tudo é embaraço e dificuldade... e continuam sempre colocando a responsabilidade por tudo de errado que acontece na conta de Judas, dos demônios, de qualquer um que lhe seja desafeto...

Entretanto, essas mesmas pessoas não querem dar-se o trabalho de modificar seus hábitos mais simples, que dirá, os mais complexos... e cobram da vida o que não estão dispostas a doar para a própria vida...

Há pouco tempo, ocorreu aqui na “Terra Brasilis” uma onda de protestos em massa da população que estava revoltada com as políticas nacionais... muito justo.

Esses movimentos acabaram por tornarem-se uma onda de violência generalizada e infundada.

Mas, sempre tem aquelas pessoas com o dom de destilar veneno e fel em suas palavras e, desenterraram o velho chavão revolucionário:- “ Não  se faz uma revolução com flores nas mãos.”

Mas não estávamos diante de uma revolução.  Estávamos diante de vandalismo mascarado de revolução.

Atirar, quebrar e matar, qualquer um faz isso... a única coisa que os incompetentes podem fazer é exatamente isso, disseminar a violência...

Inteligente é quem é capaz de criar mudanças sem derramar uma gota de sangue...

Então as pessoas trilham o fácil caminho da destruição... porque é mais fácil derrubar uma torre do que elevar uma...

E o que aconteceu após toda aquela onda de violência? Exatamente o que a onda de violência se propunha a evitar...

Parece piada, mas não é...

Então somos forçados a admitir que se os resultados não foram satisfatórios e não atenderam as reivindicações, é porque o modus operandi foi ineficiente...

Cessou o movimento... cessaram as disputas... cessou a violência... e com tudo isso, cessou também a voz dos “revolucionários” das redes sociais...

E a vida continuou em seu ritmo, retribuindo ao ser humano o que ele dispensa a ela... exatamente isso...

Se queremos que a vida nos seja plena e gratificante, devemos buscar uma forma de vida pessoal que não agrida a vida como um todo...  simples assim...

É algo pessoal, individual...

A medida que trabalhamos nosso modus vivendi  e que, gradativamente vamos assimilando melhoras na nossa maneira de ser, também a vida nos responderá com melhorias para nós mesmos e para aqueles que nos cercam... porque, uma coisa é certa...  quando realmente mudamos a nossa maneira de ser, para melhor, tudo aquilo e aqueles que não encontram mais afinidade com o nosso novo eu, tendem a se afastar...

Isso não deve ser motivo de tristeza não... apenas deixe livre...

E seja feliz...

Que seu dia seja iluminado e sua noite traga sonhos reconfortantes...






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