Karma* é a consequência das nossas ações.
Independente da interpretação de karma, sendo bom ou ruim, tudo é karma, pois, de acordo com as nossas escolhas e decisões, as consequências podem ser boas ou ruins... e este é um conceito muito subjetivo, pois existem pessoas, tanto no plano físico, como no plano astral, dedicadas à função de subverter valores.
Então como saber se as nossas decisões, atitudes e escolhas são boas ou ruins?
Embora muitos pensadores modernos digam e insistam no contrário, existe sim, um senso comum sobre essa questão, e envolve o resultado que denominamos “prejuízo”, “dano”, ou, ruína, perda, estrago... e por aí vai...
É preciso avaliar com cautela essa questão, pois, também existe a premissa de que” o dano a uns poucos, é aceitável em favor de um bem maior”...
E assim, a sociedade humana se permite praticar ações ofensivas, tentando justificar o que talvez, seja injustificável...
E nessas condições, surge a situação do que denominamos “Karma”.
Karma não é castigo... e essa questão do castigo também é questionável...
Karma, como foi dito no início, é apenas o conjunto de consequências das nossas ações, baseadas em nossas escolhas e decisões.
Durante muito tempo esses conceitos provenientes das culturas asiáticas e orientais, foram mascarados e distorcidos pela ignorância dos ocidentais a respeito de espiritualidade, e a respeito da crença de povos considerados hereges por uma cultura religiosa de controle intelectual, que se apoiava na força bruta, no autoritarismo, na ignorância, e , pior de tudo, no medo fruto da ignorância...
Contudo, toda sociedade constituída sobre ações de controle injustificável, são fadadas ao fracasso antes mesmo de se tornarem uma potência única... Essas sociedades surgem, se desenvolvem, violam as leis naturais do desenvolvimento espiritual humano, sobrepondo-se a tudo e a todos, criando normas arbitrárias para “ajustar” o convívio social, cuja única finalidade real é mascarar o autoritarismo e arbitrariedade, somados à incapacidade de um gerenciamento autêntico e justo, e caem vertiginosamente tropeçando nos próprios engodos...
A questão não se resume a abraçar religiões, ou praticar rituais... ou defender filosofias, ou ideologias... a questão está muito além dessa percepção, muito mais profunda... e é nessa profundidade que encontramos a origem do Karma.
Existem muitos pensadores modernos que conseguem exprimir com mais exatidão o que seja o Karma... e esse parece fazer parte da Ordem Universal da Vida...
São conceitos e ideias simples, mas por versarem basicamente sobre o contexto da espiritualidade, tornam-se complexos para uma sociedade que se preocupa com assuntos espirituais, apenas externamente, cumprindo obrigações religiosas para satisfazer as instituições criadas para tal fim, o de controlar a vida humana...
É óbvio que não podemos simplesmente “desvincular” a nossa situação atual, de seres espirituais vivendo em um plano material, por razões talvez inimagináveis; contudo, é forçoso reconhecer que a sociedade humana prende-se mais e mais a cada dia, ao plano material... e a espiritualidade fica relegada à margem dos seus interesses pessoais, ou sociais...
Que plano astral existe, já é possível comprovar através de algumas “religiões” modernas e ocidentais, como o Espiritismo, pesquisado e difundido por Allan Kardec. E não... Espiritismo não é uma religião... está mais próximo de uma filosofia que aponta para um modo de vida... mas definitivamente, não é uma religião... ou pelo menos, não era para ser...
O fato é que as religiões sempre falham na sua proposta, que é aproximar o homem de Deus, criando apenas segmentos de sociedade ortodoxas, preconceituosas, ignorantes, egoístas e ególatras...
A própria ideia que o homem moderno tem de Deus, ainda se baseia em todas as crenças antigas, quando se acreditava que o homem primitivo via um Deus diferente em cada manifestação da natureza.
O Deus das religiões ocidentais é o mesmo da religião Judaica... um Deus com características extremamente humanas... um Deus que ainda conserva as nuances dos Deuses antigos e mitológicos... e portanto, um Deus questionável...
Se eu vou aqui fazer um ensaio explicativo sobre as “origens” de Deus, suas características e suas verdades e mentiras... longe de mim tal intento...
O meu assunto aqui é Karma... mas, na minha percepção, é quase impossível tratar do Karma, sem as devidas referências espiritualistas, sem esbarrar na ideia de Deus, sem abordar as teorias e dogmas religiosos, enfim, sem esquadrinhar quase todas as possibilidades que envolvem esse tema tão instigante que é o Karma.
Em princípio, o homem comum atribui todas as dificuldades da sua vida a algum “castigo” vindo de Deus... e as religiões ocidentais desencorajaram qualquer questionamento nesse sentido, apenas impondo e ampliando essa crença, de que Deus “premia” os “bons” e “castiga” os “maus”.
Contudo, se um homem [em sentido genérico], sofre um revés da vida, sem que, pelo menos aparentemente, tenha feito nenhum mal a alguém, seja esse mal significativo ou não, o dogmatismo das religiões obtusas, apenas impõe a sentença de que ele foi castigado por algum mal que praticou e escondeu, e a “Justiça Divina” o alcançou...
Prático, cômodo, mas pouco razoável e menos ainda, inteligente...
Mas não se pode contestar os dogmas religiosos, porque as religiões representam a “vontade de Deus”, e qualquer contestação será julgada e sentenciada como heresia... e o “castigo divino” será implacável e eterno... Todavia, com essa pretensão já denegriram a perfeição divina... ¬¬
O problema é que as religiões de uma forma geral, são imediatistas... divulgam a ideia de que o espírito é criado junto com o corpo... que reencarnação não existe, que tudo que está fora da Bíblia é “pecado”, e que Deus vai continuar “castigando” toda transgressão... pois fomentar o contrário é alimentar o caos e romper com a ordem social...
E Deus vem sofrendo, através dos milênios, todo tipo de injúria e desmazelos humanos em seu nome... ¬¬
E onde essa conversa toda nos leva? De volta ao Karma...
Mas só é possível entender e assimilar o conceito de carma, quando realmente desenvolvemos em nós o sentido da espiritualidade... Nós somos espíritos, ou seres espirituais... ou seres astrais... ou seja lá o raio de nome que queiram dar... não vai alterar a essência do que somos...
E essa premissa nos leva a outra realidade que independe da nossa vontade ou da nossa crença para existir... tudo... mas tudo mesmo, no Universo está interligado por uma forma de energia que desconhecemos...
Eu particularmente ainda não entendo se essa energia é Deus... mas não faz a menor diferença se eu entendo ou não... eu simplesmente posso “sentir” essa realidade... e provavelmente, outras pessoas são capazes de perceber também, algumas muito mais intensamente do que eu...
Contudo, uma coisa é certa, o Universo, ou Deus... ou seja lá o que for, ou quem for, não restringe seus meios de comunicação à Ordens, Instituições, “escolhidos” etc e tal... não mesmo...
A comunicação acontece para aqueles que a buscam com uma sinceridade transparente no coração... simples assim... o Universo sabe... Deus sabe...
Portanto, é certo dizer que o criador do nosso karma somos nós mesmos... não é um castigo divino...
Nós é que escrevemos a nossa história... E se algum “castigo” nos é imposto, é pela nossa própria consciência que não pode esconder os erros e acertos em seu âmago...
Imagine que você está atirando uma bola de tênis em uma parede... com força e violência... sem nenhum controle... essa bola vai voltar com o mesmo ímpeto na sua direção, ou em qualquer outra e se houver mais alguém por perto, certamente será atingido pela sua ação...
Por outro lado, você pode ter controle sobre suas ações e evitar que a bola acerte outra pessoa... você pode transformar sua ação em um exercício físico direcionando a bola para que sempre retorne pra você, a fim de rebatê-la...
É mais ou menos assim que funciona... é só um exemplo que me ocorreu e existem muitas outras situações que podem servir de exemplo...
Tudo que fazemos gera uma consequência ao nosso redor, ou várias consequências... desde as mínimas às máximas ações e isso vai atingir pessoas que estiverem próximas a nós, ou não... com maior ou menor intensidade... Tudo está interligado...
O karma nos acompanha à medida que avançamos no tempo... Não é possível “apagar” a nossa história, as nossas ações... só é possível deixá-las no passado, quando nossa consciência nos permite... quando nos libertamos da primitividade espiritual que nos rege, quando transmutamos em nós todos os resquícios de negatividade... enfim, quando buscamos nossa evolução com sinceridade de coração...
Isso requer sacrifícios da nossa parte, mas não de outros... cada um tem que cuidar da própria vida... simples assim...
É lícito ajudar seus companheiros de jornada... mas não é lícito atrapalhar seus desafetos... é justamente aí que entra o carma “negativo” ou “ruim”...
Também não estamos aqui nos referindo a sacrifícios materiais no sentido de viver na miséria, crucificar pessoas, matar animais ritualisticamente... e qualquer outra coisa que você possa imaginar... afinal, não estamos mais vivendo na Idade das Trevas... ou estamos? >.<
O sacrifício é pessoal [e intransferível... >.<]... não é um sacrifício de bens materiais... Esse sacrifício é o esforço que devemos exercer para abandonar nossos hábitos egoístas, mesquinhos, arbitrários, gananciosos, dissimulados, hipócritas, e todos os demais hábitos negativos e primitivos...
É difícil e incômodo para as pessoas, comuns ou incomuns, aceitarem a premissa de que elas são as únicas responsáveis pela própria vida... Cada um está no controle da própria vida...
Claro que eu percebo que existe um certo “limite” para toda essa “liberdade”... afinal, quer gostemos ou não, estamos aprendendo ou reaprendendo a exercer o controle sobre a nossa própria vida... e seria uma tolice exageradamente infantil, crer que já somos capazes de gerir nossa vida... olhe o mundo ao seu redor e me diga olhando nos meus olhos [se for possível... >.< ], que estou equivocada...
Você se arriscaria a colocar um garfo, ou mesmo uma colher, na mão de uma criança de apenas poucos meses de idade, sem se preocupar com as consequências? Creio que não...
Ahhhhh... mas não somos crianças... Com certeza será esse o argumento de todos... mas o meu contra argumento é que – somos sim... Não importa os “milênios” que já vivemos Universo afora... é só olhar a situação em que todos nós nos encontramos hoje, e a resposta é simples assim... além de crianças, somos muito rebeldes e mal educados... ¬¬ e uma grande porção, é mal intencionada... ¬¬
Não gostou? Não aceitou? Não acreditou? Direito que lhe assiste... simples assim... em momento algum da trajetória desse blog, eu disse que quem quer que fosse estava obrigado a aceitar, acreditar ou gostar dos meus artigos e argumentos contidos neles...
A realidade que nos cerca fala por si só... a realidade na qual nos encontramos não deixa margem à dúvidas...
Somos seres que necessitam de orientação para que a jornada evolutiva não transcorra totalmente convulsionada... precisamos de conselhos, mas acima de tudo, de bons exemplos... precisamos de conhecimento, mas acima de tudo, de educação espiritual... sem isso, apenas complicamos o nosso carma...
É a rebeldia que complica a nossa vida... a insistência em padrões que destoam da harmonia cósmica... Esses padrões negativos tornam o karma negativo, e a nossa jornada nesse, ou em qualquer outro orbe, pode se tornar uma prisão transbordante de torturas morais...
Veja bem, nenhum humano [comum... embora, talvez essa não seja a ideia exata que preciso transmitir...], seja ele quem for, tem autoridade pra decretar o que é certo ou errado... mas o senso comum da harmonia cósmica pode nos conduzir seguramente a esses parâmetros.
Distorcer conceitos, envenenar ideias, ludibriar com falsos conhecimentos, reverter a ordem natural de acordo com as conveniências de uma sociedade depravada e torpe, não vai melhorar o karma de ninguém... deixar-se enganar, menos ainda...
A negatividade corrompe, e as trevas que ainda persistem no plano astral precisam da fraqueza humana, pois se alimentam dela, desde os pequenos vícios, até às mais significativas distorções...
Se você se encontra em alguma situação ou realidade que lhe causa desconforto, estude calmamente a situação, de forma imparcial e impessoal, abstraia-se de opiniões e conhecimentos ditados ou impostos por modismos... busque a meditação e o auto conhecimento, amplie seus conhecimentos e seus sentidos... a intuição virá naturalmente...
Acautele-se conta insinuações que lhe causem dúvida, ou que aparentemente apoiam suas próprias ideias...
O verdadeiro conhecimento só é adquirido com esforço e dedicação; com aprendizado e disciplina. Com auto sacrifício.
É este é o único caminho para transmutarmos o nosso carma... para transformar o nosso caminho e reescrever a nossa história.
Encerro esse artigo de hoje, deixando o link de um vídeo que com certeza, vai trazer mais esclarecimentos sobre o assunto, lembrando sempre que, vídeos e textos de terceiros aqui postados, não representam em sua totalidade a minha opinião... eu mesma nunca expresso aqui, em sua totalidade, a minha opinião, porque sempre defendo a premissa de que, cada um deve construir o próprio conhecimento a partir do estudo e pesquisa de seus predecessores... é o que eu faço... portanto, é o que recomendo.
Não me considero uma formadora de opiniões, outrossim, apenas uma desbravadora do conhecimento.
Tenham uma boa noite... bom descanso... bons sonhos... e um dia iluminado... ^_^
É bom saber que:
• No hinduísmo, "carma" refere-se ao efeito que nossas ações geram em nosso futuro, tanto nesta como em outras vidas, após eventuais reencarnações.
• No budismo, o termo se refere às nossas intenções, que podem ser boas, más ou neutras. Boas intenções geram bons frutos, más intenções geram maus frutos. E é a intenção nossa de continuar a existir que nos levaria, após a nossa morte, a reencarnarmos em outros corpos. Considera-se que, ao gerar carma, os seres ficam presos ao ciclo de reencarnações [sansara] e que a última meta da prática budista é extinguir o carma e, desse modo, libertar-se do ciclo de reencarnações.
• Dentro da teosofia, o termo está ligado ao sentido de saga, do "dever a ser cumprido no 'sou'".
• O termo é usado, dentro de grupos dos movimentos New Age* para expressar um conjunto de ações dos homens e suas consequências no tempo.
• Este termo não é usado na doutrina espírita codificada por Allan Kardec. Esta adota simplesmente o conceito de "causa e efeito" ou, usando a terceira lei de Newton como metáfora, "ação e reação". Neste caso, para toda ação tomada pelo homem, este pode esperar uma reação. Se praticou o mal, então receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado.
Referências: Wikipédia
Outras Perspectivas:
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