quarta-feira, 14 de junho de 2017

Compartilhando Experiências... [ou coisa parecida... >.<]

Sabe aqueles dias em que você acorda ainda com escuro, com um turbilhão de tudo na sua cabeça?

Então, hoje foi um desses dias... e em meio a tantas coisas para escrever, revisar, editar e postar, algumas foram parar na minha pasta de rascunho e provavelmente fiquem lá por um tempinho...

Mas nem tudo que eu escrevo é sobre espiritualidade, e na essência, não deixa de ser...

“Escrever é uma arte...”

Eu já sabia disso, mas, exatamente ontem, que diga-se de passagem, foi um dia conturbado, eu li essa ideia [ ou reli... ] no artigo de um jovem escritor...

Contudo, eu absorvi um sentido mais amplo na exposição de ideias desse Jovem... [ vamos combinar que, a medida que o “tempo” me acrescenta  outonos, as pessoas, os outros, com menos de 35, ficam cada vez mais jovens... >.<...]

Para nós, espiritualistas, juventude não é uma questão de idade... no entanto, somos realistas... temos consciência das limitações do orbe em que vivemos e seria pura tolice uma senhorinha de quase sessenta anos ficar posando de jovenzinha...

Eu tenho amigos jovens, em idade... bem jovens, com quem posso conversar sobre diversos assuntos diferentes e outros, com idade compatível com a minha com quem já não é mais possível troca ideias sem esbarrar na rabugice... >.<

E por quê acontece isso? Porque a  maioria das pessoas “envelhece”... e o ser humano nunca está satisfeito com a própria situação até “cair a ficha”... isso quando cai... >.<

Quando se é criança, sonha-se em ser adulto; quando se é adulto, sonha-se em ser adolescente; quando se é adolescente [ Deus nos acuda!!!!! >.< ], sonha-se em ter 18 anos para fazer tudo que não podia até então... e quando se chega a tal de terceira idade, a maioria quer ser criança novamente...

É... parece um ciclo mesmo... e entra geração, sai geração, o ciclo não se rompe...

Claro, nós, aqui no nosso cantinho espiritualista, sabemos que esse ciclo está intrinsecamente ligado a aspectos espirituais que se tornaram complexos e frágeis como uma teia de aracnídeo, que foram se formando e metamorfoseando de acordo com as ideias desenvolvidas pela  população planetária...

Muita gente não compreende esses aspectos intrincados da vida, única e exclusivamente por não entender que existe um plano espiritual, bem diferente da ideia tradicional de céu e inferno.

Tanto quanto a juventude ou a velhice, céu e inferno são estados espirituais em que nos encontramos temporária ou “permanentemente”, guardadas as devidas proporções.

Hoje em dia se fala muito em crenças... é crença pra lá, crença pra cá, contudo o que eu vejo é que as pessoas lidam apenas com as crenças que lhes convém de certa forma... as crenças mais perniciosas, que são justamente as que envolvem espiritualidade, apenas são abordadas quando o objetivo é manipular opiniões para satisfazer determinados segmentos da sociedade.

Além de ser movido pelo poder, a média do ser humano é movido pela conveniência também...

Mas aí fica a questão: o [ ou a ] sujeito [a] está bem de verdade ou tem algum incômodo interior perturbando a “paz de espírito “ do indivíduo?

Eu sei que os problemas de cada um, são os problemas de cada um... ninguém vai resolver o problema de ninguém... cada um precisa encontrar seu caminho, sua razão de ser... Mas nada impede que nos ajudemos mutuamente nessa árdua tarefa...

Ajudar é ajudar... simples assim... não é fazer o dever de casa do outro, nem ficar carregando ninguém nas costas...

A ideia de que o ser humano precisa sofrer pra evoluir, sempre me inquietou, sempre instigou meu lado rebelde [ >.< ... eu ainda tenho um!!!! ], me desconcertou...

Entretanto,  é um fato contra o qual eu mesma gostaria de ter argumentos, mas ainda não tenho... porque, sim... todos nós sabemos que:

“Contra fatos não há argumentos”... simples assim...

Ajudar pode ser simplesmente sorrir, dar um Bom Dia carregado de energia positiva, até ajudar a carregar uma sacola de compras... pequenas gentilezas tornam o nosso dia muito mais alegre e saudável... [ >.< ]

Ajudar pode ser simplesmente compartilhar um pouco do seu conhecimento com alguém que não está muito bem... ou com alguém que está com dificuldade de encontrar um caminho...

Como em uma parábola, você não vai pescar o peixe da outra pessoa, mas você pode dar uma isca, emprestar, sei lá... ou pode indicar um bom local onde a pessoa consiga boas iscas... e um bom local de pesca. Você pode mostrar para a pessoa o jeito certo de prender o anzol, ou o jeito quase certo...  [ também tem isso... ], pode instruir quanto a linha e outros acessórios adequados. Pode até mostrar todos os detalhes pertinentes à pescaria...

Mas quem vai ter que pescar seu próprio peixe, é o outro, e não você...

O outro terá que passar por etapas onde irá experienciar todas as informações que você partilhou.

Você vai compartilhar seu conhecimento e sua própria experiência, mas ele terá que se desenvolver na arte da pesca... e isso, ninguém poderá fazer por ele... se não ele vai acabar como aquelas pessoas que compram o peixe na peixaria e dizem que foi pescado...

A gente sabe que mentira tem perna curta... bem... você avisou... agora ele que se decida... >.<

Usando como exemplo a pescaria, tudo que foi dito, acontece em todos os aspectos a nossa vida...

E acredite, a pescaria é um baita exercício de paciência... eu que o diga!!! [ >.< ]
Pensando nisso, creio que eu deveria ter pescado mais durante a minha vida... [ >.<], contudo, naquele tempo, muita coisa não passava de mera diversão, sem mesmo divertir... tudo bem que eu me divertia  em pescarias... é uma das poucas lembranças boas que tenho com o meu pai... mas quando me lembro, me sinto em paz, e é isso que faz a diferença, é  isso que realmente importa.

Guardar lembranças boas, é isso que realmente importa...

Para nós é ponto pacífico de que, manter-se em estado de felicidade contínua na Terra, é um imenso desafio... algumas poucas pessoas conseguem conquistar esse estado de plenitude, mas elas provaram para o ser humano que isso não é impossível...

O segredo não está em seitas e ensinamentos secretos, não está em treinamentos físicos árduos, não está nos convencionalismos, nos  dogmas, nas leis... ou seja lá o que mais o ser humano precisa pra disciplinar ou limitar a própria existência.

O segredo, que não é nenhum segredo, pois está ao alcance de todos, mas que se mantém como um segredo por ser totalmente ignorado – o segredo – está na simplicidade de viver a vida...

Simples, neh?

Sim...   mas... e lá vem o “mas”... Não tem “mas”... é simples assim e ponto...

A dificuldade do ser humano, não está na simplicidade das coisas, está na sua percepção limitada pelas tais de crenças alimentadas desde sabe-se Deus quando...

Se eu disser que é assim desde que o homem desceu das árvores, muita gente vai se contorcer, porque tem gente que até hoje considera Darwin um doido de pai, mãe e pedra... outros tantos consideram-no um herege... mas, para a nossa felicidade, ele nem era uma coisa, nem outra...

E mesmo que na teoria dele existam alguns pontos que ainda incitem dúvidas, a maioria dos aspectos abordados é assertiva.

Eu vejo como um dos maiores problemas do ser humano, a facilidade que ele tem pra sofrer olhando sempre para as coisas negativas primeiro.  E o que era apenas um ponto negativo, passa a ser um oceano de negatividade. E o sujeito naufraga em agonia lenta e extenuante... mas pra não perder a pose e o status, ele sorri aquele sorriso plástico e afirma que está tudo bem...

Afirma para os outros... não se trata de um processo interior.

Funcionaria em níveis superficiais, se fosse uma afirmação interior, guardadas as devidas proporções. E eu te digo o por quê: felicidade é consequência de um processo de auto conhecimento.

Contudo, não basta só o auto conhecimento. É preciso atitude para “arrumar a  casa”, “arregaçar as mangas”, porque se terá pela frente trabalho pesado...

E esse trabalho será mais, ou menos pesado, de acordo com a sua versatilidade e disposição de encarar a maneira como você está, e o caminho que precisa ser percorrido até você encontrar-se com sua essência, que é seu verdadeiro EU.

Nesse estágio, é preciso reconhecer a necessidade de um ingrediente imprescindível para que essa “engrenagem” funcione: simplicidade.

O mundo dá voltas, neh? Mas nesse mundo, sempre acabamos voltando ao ponto de partida...

É uma metáfora... sabemos que espiritualmente não voltamos ao ponto de partida da forma limitada como entendemos essa ideia.

Existe volta espiritualmente? Sim... existe, muito embora a maioria diga que não...

Esses, porém, são aspectos a serem tratados em espaço próprio, devido à complexidade.

Retornando ao nosso ponto de partida, [ >.< ], simplicidade, não implica em abdicarmos de estudo, conforto, trabalho, lazer e outros aspectos que compõem a vida terrena, nem de “coisas”.

A questão é como administramos tudo isso em nossa vida.

Em uma sociedade materialista, como a terrena, fica “complicadinho”... bem o sei... as pessoas cada vez mais, querem coisas e mais coisas... em contrapartida, quanto mais coisas acumulam, mais angustiadas ficam...

Mesmo sabendo que a felicidade está dentro e não fora, as pessoas não assimilam a ideia e não conseguem colocar em prática.

Nesse mundo caótico em que nos encontramos, a vista embaça e fica difícil ver a vida com transparência. E simplicidade fica parecendo algo piegas. E as pessoas prosseguem cada vez mais vazias e angustiadas.

As crianças grandes precisam de atenção e não poupam esforços para conseguir...

Esse panorama chega a ser meio triste...

E o que “salva o planeta”?

Bem... eu diria que são os golfinhos... >.< - momento de descontração... >.< ... além dos  golfinhos, existem pessoas sensatas e felizes... são muito poucas comparadas às massas tristonhas em quantos tons de cinza existirem...

Mas é essa felicidade em forma de semente que sustenta o nosso mundo...

E acredite quando eu falo que, o dia que não houver mais um resquício de felicidade no planeta... já era... já foi...

Pense seriamente e com a devida atenção nisso... a grande e esmagadora maioria das crianças que estão nascendo, já nascem em um mundo imerso em energia hostil... já nascem em um mundo onde a sociedade em si alimenta todo tipo de hostilidade... já nascem em um mundo decadente, surrado pela ganância e pela competitividade insana... um mundo torturado pelo orgulho e pela egolatria...

Que ambiente saudável essas crianças encontrarão para se desenvolverem cultivando em si a felicidade?

Antigamente, lá no tempo da minha avó para trás, as pessoas casavam e tinham filhos para constituir uma família... mesmo que nos padrões arcaicos, medievais, ou seja lá que adjetivo possamos atribuir ao fato.

Para os ricos sempre foi como um comércio, porque eles foram condicionados a viver desse jeito... para os simples, ou pobres, a questão se desenvolvia em outro nível...

Muita gente “religiosamente moderna” critica e condena os povos chamados pagãos, mas esses povos valorizavam a família mais do que as sociedades pós romanas.

Barbárie  por barbárie, os cristãos não provaram ser diferentes daqueles que eles condenavam, quando instituíram a Inquisição e as Cruzadas...

Vamos entender de uma vez por todas que não existe meio idôneo de justificar o injustificável...

Os atos de barbarismo, independente da época em que aconteçam, são atos de barbarismo e ponto... enquanto existirem na face da Terra, apenas provam que o ser humano não evoluiu o bastante... ou não evoluiu nada... ¬¬ ... simples assim...

Existem sim, muitas situações que precisam ser mudadas... contudo, o único mundo que podemos mudar e melhorar com nossa força e determinação, é o nosso mundo interior... o exterior é consequência...

Quando melhoramos nosso padrão vibratório, atraímos para a nossa vida, pessoas e coisas no mesmo padrão. Isso se chama, afinidade...

Obviamente temos consciência de que o  acúmulo de energias negativas no orbe, criadas pelos desmandos do ser humano, é sufocante e propício a provocar tropeços  em cada um de nós...

Mas ninguém nunca me disse, nem eu disse para ninguém, que o caminho para a felicidade nesse orbe, seria de pétalas de flores... são tantas pedras que dá pra construir vários castelos e várias pontes... esqueça dos muros... você já tem os seus muros  interiores para derrubar...

Isso nos conduz de volta a um dos aspectos abordados nessa nossa conversa de hoje: a simplicidade...

Houve um tempo em que eu não teria dificuldade nenhuma em tentar, com as minhas palavras, falar de uma vida simples... aos poucos fui percebendo que falar sobre abstrações com a maioria das pessoas, parece insanidade... >.<

É simples demais... o cérebro humano não acompanha tanta simplicidade... >.< ... isso é fato...  >.<

Eventualmente, precisamos mudar a nossa perspectiva para que se manifeste em nós a evolução.

Raul Seixas preferia ser uma “metamorfose ambulante”... ^_^ ...  e sei que muita gente ficará perplexa por eu citar uma pessoa que, aparentemente era totalmente desorientada...  bem... existe um pouco de verdade nessa ideia...

A arte faz isso com muita gente, mais do que somos capazes de imaginar... 

Contudo o artista é dotado de uma sensibilidade acima do normal, e uma capacidade perceptiva além do comum... isso normalmente deixa a pessoa desorientada...

Conheci e conheço muitas pessoas que não souberam lidar com tamanha  sensibilidade e meio que surtaram...  a pessoa se sente diferente das demais , porque pensa mais, vê mais... é mais atingida pela energia alheia...

Quem passa em menor escala por essa experiência, sabe bem do que estou falando...

Eu por mim, prefiro me abster de julgar... prefiro exercitar a compreensão...

Pessoas assim acabam por virar a própria vida pelo avesso, mas estão tão 
anestesiadas pela energia do mundo, que acabam por não perceber o que realmente acontece...

Em menor escala  isso acontece com todo mundo, mas as pessoas realmente não percebem...

Algumas pessoas, mesmo que não sejam artistas na acepção da palavra, passam por isso... algumas percebem, a maioria não... mas  é fato que ninguém sai ileso...

O tempo que será necessário para a recuperação de cada um, depende da vontade de cada um... da determinação... ou do conhecimento de cada um, e talvez, um pouco, da evolução de cada um...

Encerrando a conversa de hoje, sem exaurir o tema, eu deixo transcrito um pequeno texto que estava postado em uma plataforma que já não existe mais, sobre uma frase interessante cujo tema também foi assunto do nosso bate papo.

“Felicidade é a ausência de necessidades.”

Deixo também indicação de outros textos, incluindo alguns já postados aqui no blog.

Sobre a transcrição abaixo, é um pequeno texto que abre espaço para várias indagações e reflexões...

Nos encontraremos em breve para continuarmos nossa conversa.

Até breve. Muita luz e paz para você que passou por aqui. [E para quem não passou também... >.<]

* * * 

"Felicidade é a ausência de necessidades" ...

            O que me leva a questionar a essência da felicidade, já que... ao ser humano, qualquer que seja, seria então impossível a felicidade, porque sempre haverá a necessidade de qualquer coisa, inclusive a necessidade de sobrevivência...
            Então estamos todos fadados a eterna infelicidade... 
            Não vou entrar nos méritos da situação personalíssima de cada indivíduo... não me diz respeito, mas as  considerações sobre as situações como um todo, realmente me deixam intrigada... ou “você” é só mais um preconceituoso na face da terra, ou existem muito mais entrelinhas na  maneira como cada pessoa se expressa, do que somos  capazes  de perceber...
            E até eu mesma sou preconceituosa, porque o meu maior preconceito é justamente contra os preconceituosos e mesmo assim, paradoxalmente a essa postura, eu não apoio movimentos "istas" e afins...
E apesar de tudo...  ainda cultivo flores para ter a companhia das borboletas e dos colibris... ^_^
            Aparentemente a vida tornou-se um jogo de palavras e interesses, um jogo de poder... e só está apto a entrar nesse jogo quem sabe usar máscaras, quem sabe dissimular, quem sabe manipular...
As pessoas têm necessidades...  as mais fúteis, inúteis, infundadas... então, significa que dificilmente haverá algum sinal de felicidade acenando para a humanidade...
            Por outro lado, o que leva o ser humano a ter tantas necessidades que não consegue satisfazer?
            Não seria a própria desarmonia interior? O.o
            É possível viver uma vida simples e ser feliz... É possível ter poucas coisas e ser feliz... É possível até ser feliz na solidão, a despeito do que pensa a maioria...
            O “X” da questão é que as necessidades humanas nunca são satisfeitas porque as pessoas buscam preencher esse “vazio” com coisas...
            A verdadeira felicidade não vai ser preenchida com a infelicidade alheia, ou com a obtenção de coisas que se desgastam com o tempo, que perdem o valor...

            A verdadeira felicidade só se constrói com sentimentos verdadeiros... 


* * * 

Textos do Matheus de Souza que li, amei e assimilei:




Do nosso blog.












Nenhum comentário :

Postar um comentário

Nosso espaço é moderado com o objetivo de evitar debates impertinentes e outros assuntos em desacordo com o nosso objetivo. Agradecemos sua compreensão.