Mais Considerações Sobre... ... ?
Comportamento humano...
Fiquei pensando no nosso último artigo onde abordamos
sobre o karma e vários aspectos decorrentes do mesmo.
E o resumo daquele artigo imenso é simples, ou quase:-
comportamento humano...
Simples assim... na verdade a vida do ser humano nesse
orbe ou fora dele, resume-se nessa
questão:- comportamento humano, que varia de acordo com o pensamento
humano.
Eu poderia ter dito isso lá no outro artigo, mas aí,
não teria graça...
O sentimento humano se manifesta em pensamentos que
geram uma ou mais ações. O conjunto de consequências e resultados gera o
karma...
Imagine um vasto lago... Quando começa a chover nesse
lago, o impacto das gotas de chuva na superfície gera uma série de círculos...
quando a chuva se intensifica, esses círculos se misturam no emaranhado de
gotas que caem, novos círculos que se formam e tudo é absorvido pela água do
lago.
As gotas de chuva são as pessoas, os círculos são suas
ações, o lago é o mundo de esquecimento no qual mergulhamos quando volvemos à
forma material.
Existe no mundo espiritista, uma explicação sistemática
para esse esquecimento, que seria uma dádiva para que todos pudéssemos
recomeçar nossa jornada sem o constrangimento da consciência conturbada.
Claro que existem pormenores em tal explicação, como o
fato de termos uma “leve intuição” das tarefas assumidas no plano espiritual,
como o fato de sermos acompanhados por mentores, que na maioria das vezes, nem
sabemos que existem... e outros detalhes que talvez, nos lembremos de abordar
no decorrer do assunto.
A explicação na íntegra é detalhada, mas, mesmo assim,
sempre tive a sensação de que faltava alguma coisa... e se pensarmos bem,
seremos obrigados a reconhecer que ficamos um tanto limitados se presos a uma
teoria que se cristalizou no tempo do nosso orbe e permaneceu inerte, sem
apresentar novas perspectivas que acompanhassem as dúvidas humanas.
Existem premissas que são imutáveis... Essa talvez faça
parte de alguma daquelas, não esvazia seu conteúdo através do tempo, contudo,
passou a carecer de outras perspectivas que lhe completem, ou novas informações.
Sim... vamos concordar que o esquecimento seja uma
benção na engrenagem da evolução... contudo, ainda é uma faca de dois gumes,
abandonada em uma sociedade nada espiritualizada como a do nosso orbe.
Quer um exemplo bem prático e simples?
Imagine que você tem uma rotina diária pra cumprir, ou
em seu trabalho, ou em sua casa. Ao longo dos anos essa rotina te sufoca porque
não existe nenhum manual de sobrevivência que te guie para superar o tédio de
determinados momentos ou situações, o desconforto dos confrontos através da
vida, o vazio do abandono, e por aí vai...
Um dia, você simplesmente esquece de realizar uma das
tarefas, mas percebe que o mundo não acabou por causa disso... pensa em um
jeito de contornar o dano, e superar o resultado... mas o mundo não acabou... e
isso te dá um certo alívio... Esse alívio vai fazer com que você se acomode no esquecimento, e
volta e meia você será tentado a esquecer alguma coisa... afinal, o mundo não
acabou por causa disso...
Veja bem, este é só um exemplo que estou apresentando
para que seja possível analisar a questão do esquecimento do ponto de vista
espiritual...
Para muita gente, o esquecimento funciona, porque
proporciona realmente a oportunidade de cumprir suas tarefas diante da vida,
com calma.
Por outro lado, existe a população que se aproveita
desse esquecimento para deixar o cumprimento das tarefas pra depois.
Com certeza é uma questão de vontade e determinação,
mas, na minha maneira de pensar, quando da elaboração dos planos de retorno à
vida física, esses detalhes deveriam ser levados em conta de maneira mais
abrangente, e eventualmente, ficamos com aquela sensação de que está faltando
alguma coisa...
Essa sensação geralmente é provocada pela falta de
orientação espiritual, porque ter uma religião, não basta...
Não é nenhuma novidade que as religiões nunca cumpriram
o seu verdadeiro papel na sociedade. Elas simplesmente usaram de meios
violentos e controladores para se impor.
Num orbe governado pela dualidade e despersonalizado
pela relatividade imperante em vários aspectos da vida, o esquecimento
tornou-se uma ferramenta de evolução pouco confiável, muito embora a validade
da argumentação usada em sua defesa.
Esquecimento também tem seu custo.
Em uma visão mais abrangente do assunto, basta que se
analise o “esquecimento” dos povos relativamente a certos assuntos, ou fatos
que envolveram várias nações.
Com o passar do tempo, as gerações que se sucedem não
podem lembrar um determinado fato que não viveram.
Se como espíritos, volvem ao orbe, mergulhados nesse
esquecimento profundo, as probabilidades de repetirem o mesmo erro são
infinitamente maiores do que a probabilidade de serem tomados por alguma
intuição que os impeça de tropeçar novamente no mesmo equívoco...
A
vida não é loteria...
No nosso plano de existência faz-se necessária uma
programação que, mesmo contando com larga margem de imprevistos, torne possível
a organização da nossa vida imediata neste plano material da existência.
Em pessoas com a sensibilidade mais desenvolvida, a
intuição flui como um córrego, tão naturalmente que nem nos damos conta, e de
uma certa forma, conseguimos, através da intuição, gerir melhor os
acontecimentos que despontam no nosso dia a dia.
Por outro lado, a grande e esmagadora maioria das pessoas, envolvidas que estão nas labutas
diárias, em que a quase totalidade das questões trata dos aspectos da
materialidade da vida, não exercitam a intuição, ou não acreditam na existência
ou força da mesma, dificultando dessa maneira, suas próprias escolhas, sempre
baseadas no imediatismo da vida.
Contudo, é preciso ressaltar que o uso da intuição
requer também, do espírito, um certo grau de desprendimento relativamente ao
mundo material, sensatez, conhecimento da realidade do mundo espiritual, e a
manifestação presente na vida diária, de algumas virtudes, mesmo que em caráter
embrionário.
Analisada desse ponto de vista, podemos avaliar que a
intuição, pode sim, ser mal direcionada quando o indivíduo está desprovido das
características acima citadas; torna-se presa fácil para os manipuladores das
trevas.
Uma pessoa egoísta, mesquinha, arrogante, orgulhosa, etc,
no todo ou em parte, pode sim, ser uma pessoa intuitiva, contudo, os resultados
das ações que advenham dessa intuição, não podem, de forma alguma, ser
considerados como positivos, sem uma análise profunda e cautelosa, pois tais
pessoas, normalmente criam para si, um campo de energias afins com seu caráter
duvidoso, o que favorece a interferência de outras energias do mesmo teor;
sendo que nesse caso, a intuição pode
ter sido inspirada por algum ser de caráter equivalente, ou seja, também
duvidoso.
Se formos entender a intuição como um meio de
comunicação mediúnico, fazem bem as escolas espiritistas em querer direcionar o
uso dessa ferramenta aos seus adeptos.
Contudo, a despeito de toda literatura existente, a
despeito de todo ensinamento recebido do plano espiritual, a despeito de todo
esforço empreendido nesse sentido, o ser humano sequer sabe lidar com as
contingências do plano material da existência, que se dirá sobre as do plano
espiritual...
É evidente que o ser humano “comum” tem dificuldades
para conciliar seu cotidiano terrestre com a busca e desenvolvimento de sua
essência espiritual...
O caminho mais comum conhecido pelo ser humano para o
desenvolvimento de sua espiritualidade, seria o isolamento do resto do mundo,
para dedicar-se exclusivamente ao estudo e exercício de suas potencialidades e
faculdades espirituais.
Essa opção, em
algum momento, pode ter funcionado... no entanto, neste momento em que vivemos,
é passível de dúvidas sobre a sua eficácia...
Levando em consideração toda a engrenagem política de poder
e riqueza em que naufraga a sociedade
humana, existe um elevado grau de dificuldades e embargos no plano físico a
serem superados, para que o indivíduo tenha o privilégio de viver em
isolamento, dedicando-se única e exclusivamente a tal empreendimento.
Privilégio sim, pois, em uma sociedade em que o
trabalho sempre foi, no passado, e continua sendo, no presente, explorado pela
aparelhagem de poder e riqueza, o indivíduo emprega mais tempo do que seria
realmente necessário para o seu sustento e de sua família.
Entretanto, somos forçados a reconhecer, que, em toda
essa conformação de fatos, adversidades, minúcias e necessidades da vida
terrena, em tudo, sempre há o aspecto final das escolhas humanas... ou da falta
delas...
Se formos analisar a situação atual, a partir dos
primórdios embrionários dos grupos formados pelos seres mais primitivos que
habitaram esse orbe, seremos forçados a reconhecer que sempre existiu uma
liderança, externando-se de forma rudimentar.
Tal liderança pode
ter sido imposta pela força bruta, pela faísca de uma inteligência
ligeiramente mais desenvolvida, ou pelo somatório dessas características acrescidas
de alguma outra peculiaridade que nos foge no momento especificar.
Vários fatores podem ter concorrido para que se
formasse uma liderança naquelas circunstâncias, que nos são desconhecidos
atualmente, mas é fato inegável que se
formou.
A partir desse princípio, a manutenção dessa liderança dependeu
mais do fator escolha, mesmo que em um nível de desenvolvimento quase nulo, do
que de qualquer outro.
A escolha da permissão ou omissão, é explicada pelo
medo de agir, pelo medo de sofrer consequências consideradas dolorosas,
danosas, depreciativas e seja lá mais o que for; pelo medo pura e simplesmente;
pela falta de conhecimento, ou pela comodidade... e ainda, pela soma de todos
esses fatores e mais alguns...
Enfim... o homem governa e se deixa governar e toda
essa orquestração depende única e exclusivamente da vontade do homem, das suas
crenças, da sua atitude, das suas escolhas.
Se o indivíduo escolhe não exercer a sua vontade [livre
arbítrio] é um direito que lhe cabe, contudo, isso não o isenta das
responsabilidades advindas da sua omissão.
Como já foi dito anteriormente, “ não tem pra onde
correr”...
Existir
por si só, implica em responsabilidade, independente da vontade de cada um...
essa é uma Lei Universal que não cabe a nenhum de nós modificar...
Isto posto, tentemos agora analisar o pequeno grupo de
indivíduos que guardam alguma lembrança de suas vidas pretéritas nesse orbe, ou
em algum outro; e tenhamos em mente, que referindo-nos a “grupo”, não necessariamente
estamos afirmando que esses indivíduos estão agrupados, ou próximos, mas que
fazem parte de uma categoria: a dos que mantém alguma lembrança, mesmo que em
estado embrionário.
Existem sim, algumas pessoas que guardam vívidas, ou
fragmentadas, as lembranças de outras passagens por esse orbe. Isso não implica
a ausência de transtornos e obstáculos pelos quais o indivíduo irá passar, mas,
dependendo do grupo familiar onde é abrigado, essas dificuldades serão
superadas com maior amparo... ou não... [ >.< ]
Eventualmente é necessário mais do que apenas
conhecimento dos fatos da vida espiritual. É imprescindível a afinidade entre
os integrantes desse grupo familiar, um certo equilíbrio e desenvolvimento
espiritual, o desapego genuíno às imposições da sociedade materialista.
Ainda assim, as dificuldades de nível personalíssimo do
indivíduo precisam ser superadas.
Toda essa engrenagem resume-se a uma realidade: karma.

Tudo
no Universo está interligado, das folhas que nascem às folhas que caem, de uma
única célula do nosso organismo físico, à nossa essência espiritual...
absolutamente tudo no Universo está interligado...
Por hoje, deixamos nosso leitor com a indicação de
alguns textos publicados aqui no blog, que complementarão seu estudo e sua
reflexão.
Boa
Leitura, Boa reflexão e Bom Aprendizado...
Deus
é sim, o Criador... é dono das coisas... sim... mas... e pra tudo na vida tem
um “mas”, nessa questão não seria diferente... Ele te deu a sua vida... e abriu
mão dessa propriedade... te deu a sua
vida para que você aprendesse a ser responsável por você mesmo, e assumisse a
responsabilidade por suas escolhas...
Se
te deu um cérebro é pra você aprender a
pensar... Se te deu sentimentos, é pra você aprender a sentir... se te deu um
caminho, é pra você aprender a seguir... Se te deu dificuldades é pra você
aprender a superar...
Se
te deu uma Vida é pra você aprender a Viver...
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