sábado, 13 de maio de 2017

Ainda Sobre o Comportamento Humano e o Karma...

Mais Considerações Sobre... ... ?

Comportamento humano...  

Fiquei pensando no nosso último artigo onde abordamos sobre o karma e vários aspectos decorrentes do mesmo.

E o resumo daquele artigo imenso é simples, ou quase:- comportamento humano...

Simples assim... na verdade a vida do ser humano nesse orbe ou fora dele, resume-se nessa  questão:- comportamento humano, que varia de acordo com o pensamento humano.

Eu poderia ter dito isso lá no outro artigo, mas aí, não teria graça...

O sentimento humano se manifesta em pensamentos que geram uma ou mais ações. O conjunto de consequências e resultados gera o karma...


Imagine um vasto lago... Quando começa a chover nesse lago, o impacto das gotas de chuva na superfície gera uma série de círculos... quando a chuva se intensifica, esses círculos se misturam no emaranhado de gotas que caem, novos círculos que se formam e tudo é absorvido pela água do lago.

As gotas de chuva são as pessoas, os círculos são suas ações, o lago é o mundo de esquecimento no qual mergulhamos quando volvemos à forma material.

Existe no mundo espiritista, uma explicação sistemática para esse esquecimento, que seria uma dádiva para que todos pudéssemos recomeçar nossa jornada sem o constrangimento da consciência conturbada.

Claro que existem pormenores em tal explicação, como o fato de termos uma “leve intuição” das tarefas assumidas no plano espiritual, como o fato de sermos acompanhados por mentores, que na maioria das vezes, nem sabemos que existem... e outros detalhes que talvez, nos lembremos de abordar no decorrer do assunto.

A explicação na íntegra é detalhada, mas, mesmo assim, sempre tive a sensação de que faltava alguma coisa... e se pensarmos bem, seremos obrigados a reconhecer que ficamos um tanto limitados se presos a uma teoria que se cristalizou no tempo do nosso orbe e permaneceu inerte, sem apresentar novas perspectivas que acompanhassem as dúvidas humanas.

Existem premissas que são imutáveis... Essa talvez faça parte de alguma daquelas, não esvazia seu conteúdo através do tempo, contudo, passou a carecer de outras perspectivas que lhe completem, ou novas informações.

Sim... vamos concordar que o esquecimento seja uma benção na engrenagem da evolução... contudo, ainda é uma faca de dois gumes, abandonada em uma sociedade nada espiritualizada como a do nosso orbe.

Quer um exemplo bem prático e simples?

Imagine que você tem uma rotina diária pra cumprir, ou em seu trabalho, ou em sua casa. Ao longo dos anos essa rotina te sufoca porque não existe nenhum manual de sobrevivência que te guie para superar o tédio de determinados momentos ou situações, o desconforto dos confrontos através da vida, o vazio do abandono, e por aí vai...

Um dia, você simplesmente esquece de realizar uma das tarefas, mas percebe que o mundo não acabou por causa disso... pensa em um jeito de contornar o dano, e superar o resultado... mas o mundo não acabou... e isso te dá um certo alívio... Esse alívio vai fazer  com que você se acomode no esquecimento, e volta e meia você será tentado a esquecer alguma coisa... afinal, o mundo não acabou por causa disso...

Veja bem, este é só um exemplo que estou apresentando para que seja possível analisar a questão do esquecimento do ponto de vista espiritual...

Para muita gente, o esquecimento funciona, porque proporciona realmente a oportunidade de cumprir suas tarefas diante da vida, com calma.

Por outro lado, existe a população que se aproveita desse esquecimento para deixar o cumprimento das tarefas pra depois.

Com certeza é uma questão de vontade e determinação, mas, na minha maneira de pensar, quando da elaboração dos planos de retorno à vida física, esses detalhes deveriam ser levados em conta de maneira mais abrangente, e eventualmente, ficamos com aquela sensação de que está faltando alguma coisa...

Essa sensação geralmente é provocada pela falta de orientação espiritual, porque ter uma religião, não basta...

Não é nenhuma novidade que as religiões nunca cumpriram o seu verdadeiro papel na sociedade. Elas simplesmente usaram de meios violentos e controladores para se impor.

Num orbe governado pela dualidade e despersonalizado pela relatividade imperante em vários aspectos da vida, o esquecimento tornou-se uma ferramenta de evolução pouco confiável, muito embora a validade da argumentação usada em sua defesa.

Esquecimento também tem seu custo.

Em uma visão mais abrangente do assunto, basta que se analise o “esquecimento” dos povos relativamente a certos assuntos, ou fatos que envolveram várias nações.

Com o passar do tempo, as gerações que se sucedem não podem lembrar um determinado fato que não viveram.

Se como espíritos, volvem ao orbe, mergulhados nesse esquecimento profundo, as probabilidades de repetirem o mesmo erro são infinitamente maiores do que a probabilidade de serem tomados por alguma intuição que os impeça de tropeçar novamente no mesmo equívoco...

A vida não é loteria...

No nosso plano de existência faz-se necessária uma programação que, mesmo contando com larga margem de imprevistos, torne possível a organização da nossa vida imediata neste plano material da existência.

Em pessoas com a sensibilidade mais desenvolvida, a intuição flui como um córrego, tão naturalmente que nem nos damos conta, e de uma certa forma, conseguimos, através da intuição, gerir melhor os acontecimentos que despontam no nosso dia a dia.

Por outro lado, a grande e esmagadora maioria das  pessoas, envolvidas que estão nas labutas diárias, em que a quase totalidade das questões trata dos aspectos da materialidade da vida, não exercitam a intuição, ou não acreditam na existência ou força da mesma, dificultando dessa maneira, suas próprias escolhas, sempre baseadas no imediatismo da vida.

Contudo, é preciso ressaltar que o uso da intuição requer também, do espírito, um certo grau de desprendimento relativamente ao mundo material, sensatez, conhecimento da realidade do mundo espiritual, e a manifestação presente na vida diária, de algumas virtudes, mesmo que em caráter embrionário.

Analisada desse ponto de vista, podemos avaliar que a intuição, pode sim, ser mal direcionada quando o indivíduo está desprovido das características acima citadas; torna-se presa fácil para os manipuladores das trevas.

Uma pessoa egoísta, mesquinha, arrogante, orgulhosa, etc, no todo ou em parte, pode sim, ser uma pessoa intuitiva, contudo, os resultados das ações que advenham dessa intuição, não podem, de forma alguma, ser considerados como positivos, sem uma análise profunda e cautelosa, pois tais pessoas, normalmente criam para si, um campo de energias afins com seu caráter duvidoso, o que favorece a interferência de outras energias do mesmo teor; sendo que nesse caso, a intuição  pode ter sido inspirada por algum ser de caráter equivalente, ou seja, também duvidoso.

Se formos entender a intuição como um meio de comunicação mediúnico, fazem bem as escolas espiritistas em querer direcionar o uso dessa ferramenta aos seus adeptos.

Contudo, a despeito de toda literatura existente, a despeito de todo ensinamento recebido do plano espiritual, a despeito de todo esforço empreendido nesse sentido, o ser humano sequer sabe lidar com as contingências do plano material da existência, que se dirá sobre as do plano espiritual...

É evidente que o ser humano “comum” tem dificuldades para conciliar seu cotidiano terrestre com a busca e desenvolvimento de sua essência espiritual...

O caminho mais comum conhecido pelo ser humano para o desenvolvimento de sua espiritualidade, seria o isolamento do resto do mundo, para dedicar-se exclusivamente ao estudo e exercício de suas potencialidades e faculdades espirituais.

Essa  opção, em algum momento, pode ter funcionado... no entanto, neste momento em que vivemos, é passível de dúvidas sobre a sua eficácia...

Levando em consideração toda a engrenagem política de poder e riqueza em que naufraga  a sociedade humana, existe um elevado grau de dificuldades e embargos no plano físico a serem superados, para que o indivíduo tenha o privilégio de viver em isolamento, dedicando-se única e exclusivamente a tal empreendimento.

Privilégio sim, pois, em uma sociedade em que o trabalho sempre foi, no passado, e continua sendo, no presente, explorado pela aparelhagem de poder e riqueza, o indivíduo emprega mais tempo do que seria realmente necessário para o seu sustento e de sua família.

Entretanto, somos forçados a reconhecer, que, em toda essa conformação de fatos, adversidades, minúcias e necessidades da vida terrena, em tudo, sempre há o aspecto final das escolhas humanas... ou da falta delas...

Se formos analisar a situação atual, a partir dos primórdios embrionários dos grupos formados pelos seres mais primitivos que habitaram esse orbe, seremos forçados a reconhecer que sempre existiu uma liderança, externando-se de forma rudimentar.

Tal liderança pode  ter sido imposta pela força bruta, pela faísca de uma inteligência ligeiramente mais desenvolvida, ou pelo somatório dessas características acrescidas de alguma outra peculiaridade que nos foge no momento especificar.

Vários fatores podem ter concorrido para que se formasse uma liderança naquelas circunstâncias, que nos são desconhecidos atualmente,  mas é fato inegável que se formou.

A partir desse princípio, a manutenção dessa liderança dependeu mais do fator escolha, mesmo que em um nível de desenvolvimento quase nulo, do que de qualquer outro.

A escolha da permissão ou omissão, é explicada pelo medo de agir, pelo medo de sofrer consequências consideradas dolorosas, danosas, depreciativas e seja lá mais o que for; pelo medo pura e simplesmente; pela falta de conhecimento, ou pela comodidade... e ainda, pela soma de todos esses fatores e mais alguns...

Enfim... o homem governa e se deixa governar e toda essa orquestração depende única e exclusivamente da vontade do homem, das suas crenças, da sua atitude, das suas escolhas.

Se o indivíduo escolhe não exercer a sua vontade [livre arbítrio] é um direito que lhe cabe, contudo, isso não o isenta das responsabilidades advindas da sua omissão.

Como já foi dito anteriormente, “ não tem pra onde correr”...

Existir por si só, implica em responsabilidade, independente da vontade de cada um... essa é uma Lei Universal que não cabe a nenhum de nós modificar...

Isto posto, tentemos agora analisar o pequeno grupo de indivíduos que guardam alguma lembrança de suas vidas pretéritas nesse orbe, ou em algum outro; e tenhamos em mente, que referindo-nos a “grupo”, não necessariamente estamos afirmando que esses indivíduos estão agrupados, ou próximos, mas que fazem parte de uma categoria: a dos que mantém alguma lembrança, mesmo que em estado embrionário.

Existem sim, algumas pessoas que guardam vívidas, ou fragmentadas, as lembranças de outras passagens por esse orbe. Isso não implica a ausência de transtornos e obstáculos pelos quais o indivíduo irá passar, mas, dependendo do grupo familiar onde é abrigado, essas dificuldades serão superadas com maior amparo... ou não... [ >.< ]

Eventualmente é necessário mais do que apenas conhecimento dos fatos da vida espiritual. É imprescindível a afinidade entre os integrantes desse grupo familiar, um certo equilíbrio e desenvolvimento espiritual, o desapego genuíno às imposições da sociedade materialista.

Ainda assim, as dificuldades de nível personalíssimo do indivíduo precisam ser superadas.

Toda essa engrenagem resume-se a uma realidade: karma.

Através de todos os argumentos que levantamos até agora, todos os aspectos estudados, todas as possibilidades arroladas, podemos sem dificuldade concluir que:

Tudo no Universo está interligado, das folhas que nascem às folhas que caem, de uma única célula do nosso organismo físico, à nossa essência espiritual... absolutamente tudo no Universo está interligado...


Por hoje, deixamos nosso leitor com a indicação de alguns textos publicados aqui no blog, que complementarão seu estudo e sua reflexão.

Boa Leitura, Boa reflexão e Bom Aprendizado...







Deus é sim, o Criador... é dono das coisas... sim... mas... e pra tudo na vida tem um “mas”, nessa questão não seria diferente... Ele te deu a sua vida... e abriu mão dessa propriedade...  te deu a sua vida para que você aprendesse a ser responsável por você mesmo, e assumisse a responsabilidade por suas escolhas...

Se te deu um  cérebro é pra você aprender a pensar... Se te deu sentimentos, é pra você aprender a sentir... se te deu um caminho, é pra você aprender a seguir... Se te deu dificuldades é pra você aprender a superar...

Se te deu uma Vida é pra você aprender a Viver...





Nenhum comentário :

Postar um comentário

Nosso espaço é moderado com o objetivo de evitar debates impertinentes e outros assuntos em desacordo com o nosso objetivo. Agradecemos sua compreensão.