Imagine que existe, bem acima da superfície do
planeta, uma redoma pairando na
atmosfera.
Mesmo estando acima das nuvens, quem está na redoma,
pode observar a vida no orbe... pode observar as estrelas também... A redoma
movimenta-se em torno do planeta, mas não segue além dele... meio que está
“presa” à energia do orbe.
Essa redoma, não é uma redoma qualquer... ela foi
plasmada com a energia de alguém, portanto, alguém está presente na redoma,
contudo, não está preso à ela.
A redoma, na verdade, funciona como um refúgio... ou
coisa parecida...
Não é uma prisão... também não é um portal para outro
mundo... isso já seria ficção demais... >.<
Eventualmente, estou na redoma... eventualmente, estou
fora dela... isso significa que fora da redoma sinto-me à mercê de toda e
qualquer energia que emane dos humanos... quando essa situação me sufoca, busco
o “refúgio da redoma”...
Imaginar é mais simples que praticar... mas a prática
da imaginação eleva o nível da prática de evasão...
Contudo, não se engane, pois não se trata aqui de
escapismo, muito embora possa parecer exatamente isso... trata-se de
proteção...
Os monges isolam-se nos mosteiros para praticarem a
elevação espiritual, o esclarecimento, a compreensão, e muitos outros aspectos
que os tornam pessoas mais esclarecidas que nós... pelo menos, em tese...
Mas o objetivo aqui não é dissertar sobre o “modus
vivendi” dos monges... apenas nos serve para esclarecer melhor um ponto crucial
na nossa vida: - como os fatores externos podem influenciar de forma positiva
ou negativa o nosso cotidiano.
Não pense que os monges apenas se isolam por vocação...
não é tão simples.
Muita disciplina é exigida para que eles realmente encontrem
a serenidade...
Disciplina física, mental e espiritual...
A minha compreensão é de que, o mental tem dois
aspectos:- o material e o espiritual... e esses dois, no nosso plano de
existência, são lados opostos da mesma moeda.
Estar limitado e “restrito” a um plano material,
significa apenas que precisamos superar aquilo que nos limita, respeitando a
vida e tudo o mais que concerne à ela.
Muitas vezes nos distraímos daquilo que realmente
importa ao nosso desenvolvimento espiritual... e infinitas vezes nos afastamos
daquilo que deveria pautar a nossa existência: - o nosso desenvolvimento
espiritual...
É exatamente pra isso que todos nós, pessoas comuns, sem
exceção, encontramo-nos nesse orbe... de uma certa forma, estamos presos a esse
planeta, mas não infinitamente, até porque, todos sabemos que toda matéria
passa por processos de transformação...
Nosso planeta já passou por inúmeras transformações,
algumas brutais, e continua passando, a despeito de sobrevivermos ou não à
essas transformações.
Provavelmente eu não sou a única que observa a vida
humana de uma redoma... e provavelmente não sou a única que sente essa forte
necessidade de isolamento para não ser tragada pela tempestade de energias
negativas que emanam da grande e esmagadora maioria da população do planeta.
Mas veja bem... essa energia é uma mistura de agonia e
tirania... muita gente sofre, chora, se desespera... outro tanto tortura, mata,
persegue, exacerba o orgulho e o egoísmo...
Poucos se preocupam e agem... são os altruístas que
compreendem e amam...
E outros tantos, como eu, observam sem saber exatamente
o que fazer... ou como fazer...
Seguir os passos dos altruístas parece simples, mas
exige muito mais disciplina e desprendimento do que se possa imaginar...
A única
característica que temos em comum, nesse nível da nossa existência, é que
nenhum de nós é perfeito... mas podemos ser infinitamente melhores do que somos
hoje... é óbvio que não tratamos aqui de sermos melhores uns que os outros,
pois nosso problema é pessoal... cada um consigo...
Nosso maior “inimigo” está dentro de nós, e não fora...
e ainda não aprendemos a lidar com ele em sua totalidade...
É preciso abraçar essa parte de nós, amá-la e
educá-la... e não satisfazer seus caprichos tolos, seu querer infundado...
Abraçar, amar e educar está mais para a identificação e
compreensão das nossas falhas... somos humanos, e é sensato que não nos
afastemos dessa realidade...
Nesse processo carecemos de desenvolver a humildade,
pois sem ela, o orgulho cegará nossos olhos, impedindo-nos de vermos aquilo que
é necessário que seja visto, analisado, entendido e transmutado...
Inteligência só não basta... inteligência é inerente ao
ser humano e é uma faculdade, habilidade, ou dádiva, não sei exatamente, que
está pronta para ser usada em qualquer ocasião...
Imagino que ao ser “criado por Deus”, a inteligência
faça parte do ser, assim como o oxigênio faz parte da composição da água e do
ar, nesse orbe...
A inteligência exacerba o orgulho... e o orgulho
exacerba o egoísmo...
Parece um beco sem saída, mas não é... não existe
pecado ou crime em prezar a inteligência... o deslize está justamente na
atitude orgulhosa, mesmo que disfarçada de humildade...
As pessoas sensitivas “percebem” isso, mesmo que à
distância... tudo aquilo que sentimos e pensamos emana de nós, como um
fluído... imagine essa energia como uma névoa impregnando toda a atmosfera do
planeta...
Muitos animais e insetos, são capazes da captar sons,
movimentos, cheiros, presenças, à quilômetros de distância...
Os sensitivos têm a mesma capacidade relativamente à
energia que emana dos outros seres humanos, em maior ou menor escala.
A sensitividade tem mais a ver com espiritualidade do
que com os cinco sentidos físicos, controlados pelo cérebro e sistema nervoso.
É preciso ter em mente que sensibilidade e sensitividade
não são a mesma coisa, mas estão intrinsecamente ligadas... ambas funcionam melhor quando
estão juntas.
Sensibilidade
· 1. qualidade do
que é sensível.
· 2. emoção,
sentimento, esp. a faculdade de sentir compaixão, simpatia pela humanidade; piedade,
empatia, ternura.
·
Capacidade de perceber sensações físicas;
tendência natural para reagir aos estímulos físicos: sensibilidade à dor.
·
Disposição para sentir ou para se emocionar
diante de algo ou alguém.
·
Facilidade para se ofender; que tende a se
magoar facilmente.
·
[Medicina]
Propriedade de reagir a certo medicamento, substância, composto:
suscetibilidade aos antibióticos.
Aptidão para assimilar modificações e de a elas
responder.
Facilidade para se machucar por algum motivo, ou
agente, externo: suscetibilidade ao sereno.
Aptidão para apreender e demonstrar sentimentos.
Capacidade de reagir a um contato, a uma alteração
ambiental.
Precisão excessiva dos instrumentos ou máquinas de
medida.
·
- [Física] Qualidade de um instrumento que acusa as mínimas variações de quantidade ou intensidade: a sensibilidade de uma balança; a sensibilidade fotográfica de um filme.
Etimologia
(origem da palavra sensibilidade): do latim sensibilitas. atis.
Sensibilidade é sinônimo de: impressionabilidade,
susceptibilidade
A sensitividade é
uma qualidade de quem é
sensitivo.
Para os espíritas é uma faculdade mediúnica.
Para alguns pesquisadores é uma faculdade extra sensorial.
Para religiosos ortodoxos é algo demoníaco.
Para a maioria das pessoas comuns, é algo “miraculoso”
e-ou sobrenatural.
Na internet encontramos um conceito bem próximo à nossa
percepção.
“Ser
um sensitivo ou empata, significa ter a capacidade de perceber e ser afetado
pelas energias alheias, além de possuir uma capacidade inata de sentir e
perceber intuitivamente outras pessoas. A vida de um sensitivo é
inconscientemente influenciada pelos desejos, pensamentos e estados de espírito
dos outros, é muito mais do que ser altamente sensível e não está limitado
apenas às emoções. Pessoas mais sensíveis podem perceber sensibilidades físicas
e impulsos, bem como saber as motivações e intenções de outras pessoas.”
Para quem se interessar sobre a conceituação espírita
recomendamos a leitura de Alan Kardec e André Luís.
É uma percepção que demanda estudo e concentração, e
nosso objetivo não se circunscreve à literatura espírita.
Nosso entendimento sobre sensitividade é que faz parte
da natureza humana em seu nível mais espiritual.
A maioria das pessoas entende como natureza humana
apenas o que está relacionado ao ser que se encontra como “vivo e pensante” na
forma de ser humano, na matéria.
O que nós vemos é apenas uma das formas limitadas do
ser humano...
O verdadeiro humano
é espiritual... e em contrapartida, diz-se que o ser espiritual deixou
seu “lado humano” para trás...
Pode parecer confuso, mas toda essa conjuntura tem uma
forma elíptica de acontecer, desde que o parâmetro seja a evolução...
O ser, que em determinado momento da sua trajetória
passa a ser humano, pois a humanidade é um estágio da evolução, depois de
superados alguns obstáculos, passa a ser espiritual...
A “humanidade” evolui... transmuta sem perder suas
características conquistadas através de esforço e aprendizado...
Mesmo através dos processos hipnóticos que produzem a
licantropia, o ser não perde sua
humanidade, que apenas dormita em estado latente, como um esporo, dentro
daquele ser que se permitiu viver em tal situação.
A culpa inconsciente é um dos principais fatores que
conduzem o Ser à situações bizarras no plano espiritual.
Um outro é a ignorância. Nessa lista também entra o orgulho.
Essa lista, para a nossa felicidade, não é infinita...
se fosse o equilíbrio seria inatingível para todos nós... seria mera utopia...
Mas o equilíbrio nos é possível desde que haja esforço
da nossa parte em conquistá-lo...
Segundo os mentores espirituais, é o equilíbrio, o
segundo ponto da Lei Universal... o primeiro seria o Amor, que foge à nossa
compreensão...
O terceiro ponto da Lei Universal é a Atração, e o
quarto e não menos importante, o Retorno.
Esses são os pontos básicos do que se pode chamar de
Lei Universal:
1 – Amor
2 –
Equilíbrio
3 –
Atração
4 –
Retorno
Os sensitivos são capazes de perceber todos os efeitos
da desarmonia desses princípios, em menor ou maior escala...
Sensitivos percebem toda a realidade que está além da
matéria... mas isso não significa que estejam em condições de explicar tudo que
percebem...
A maneira como percebem o mundo que os cerca é
diferenciada... e eventualmente suas ações e reações fogem ao lugar comum,
justamente por causa desse diferencial.
Não que haja justificativa para ações impensadas,
imprudentes ou negligentes, consequentes de tal sensibilidade... não é isso...
a sensitividade não exonera ninguém da responsabilidade por seus atos...
Sempre vale lembrar que a responsabilidade dos nossos
atos cabe única e exclusivamente a nós mesmos, independente de termos sido
influenciados por
outros...
A decisão final sempre é nossa... portanto, devemos
sempre ter em mente o que realmente queremos para a nossa vida... e devemos ter
muito cuidado com o que queremos... porque todo o nosso querer vem acompanhado
de consequência e responsabilidade...
Praticar a “Lei da Atração” não é somente mentalizar
prosperidade e riqueza... nossos desejos devem ser pautados pela sensatez, pelo
equilíbrio, por sinceridade com o nosso propósito...
O Universo sabe exatamente o que escondemos ou mascaramos
em nosso coração...
Se orientarmos nossos sentimentos e desejos, pelos
quesitos acima mencionados, certamente teremos um guia seguro a orientar nossos
passos,
sem depender da opinião de terceiros...
A responsabilidade pelo que somos, pelo que fazemos de
nossa vida é o caminho natural para a evolução espiritual.
Prossigamos em nossa jornada...
Juntos...
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Nosso espaço é moderado com o objetivo de evitar debates impertinentes e outros assuntos em desacordo com o nosso objetivo. Agradecemos sua compreensão.