domingo, 28 de janeiro de 2018

Um pouco mais sobre o Universo e Nós...



Imagine que existe, bem acima da superfície do planeta,  uma redoma pairando na atmosfera.

Mesmo estando acima das nuvens, quem está na redoma, pode observar a vida no orbe... pode observar as estrelas também... A redoma movimenta-se em torno do planeta, mas não segue além dele... meio que está “presa” à energia do orbe.

Essa redoma, não é uma redoma qualquer... ela foi plasmada com a energia de alguém, portanto, alguém está presente na redoma, contudo, não está preso à ela.

A redoma, na verdade, funciona como um refúgio... ou coisa parecida...
Não é uma prisão... também não é um portal para outro mundo... isso já seria ficção demais... >.<


Eventualmente, estou na redoma... eventualmente, estou fora dela... isso significa que fora da redoma sinto-me à mercê de toda e qualquer energia que emane dos humanos... quando essa situação me sufoca, busco o “refúgio da redoma”...

Imaginar é mais simples que praticar... mas a prática da imaginação eleva o nível da prática de evasão...

Contudo, não se engane, pois não se trata aqui de escapismo, muito embora possa parecer exatamente isso... trata-se de proteção...

Os monges isolam-se nos mosteiros para praticarem a elevação espiritual, o esclarecimento, a compreensão, e muitos outros aspectos que os tornam pessoas mais esclarecidas que nós... pelo menos, em tese...

Mas o objetivo aqui não é dissertar sobre o “modus vivendi” dos monges... apenas nos serve para esclarecer melhor um ponto crucial na nossa vida: - como os fatores externos podem influenciar de forma positiva ou negativa o nosso cotidiano.

Não pense que os monges apenas se isolam por vocação... não é tão simples. 

Muita disciplina é exigida para que eles realmente encontrem a serenidade...

Disciplina física, mental e espiritual...

A minha compreensão é de que, o mental tem dois aspectos:- o material e o espiritual... e esses dois, no nosso plano de existência, são lados opostos da mesma moeda.

Estar limitado e “restrito” a um plano material, significa apenas que precisamos superar aquilo que nos limita, respeitando a vida e tudo o mais que concerne à ela.

Muitas vezes nos distraímos daquilo que realmente importa ao nosso desenvolvimento espiritual... e infinitas vezes nos afastamos daquilo que deveria pautar a nossa existência: - o nosso desenvolvimento espiritual...

É exatamente pra isso que todos nós, pessoas comuns, sem exceção, encontramo-nos nesse orbe... de uma certa forma, estamos presos a esse planeta, mas não infinitamente, até porque, todos sabemos que toda matéria passa por processos de transformação...

Nosso planeta já passou por inúmeras transformações, algumas brutais, e continua passando, a despeito de sobrevivermos ou não à essas transformações.

Provavelmente eu não sou a única que observa a vida humana de uma redoma... e provavelmente não sou a única que sente essa forte necessidade de isolamento para não ser tragada pela tempestade de energias negativas que emanam da grande e esmagadora maioria da população do planeta.

Mas veja bem... essa energia é uma mistura de agonia e tirania... muita gente sofre, chora, se desespera... outro tanto tortura, mata, persegue, exacerba o orgulho e o egoísmo...

Poucos se preocupam e agem... são os altruístas que compreendem e amam...

E outros tantos, como eu, observam sem saber exatamente o que fazer... ou como fazer...

Seguir os passos dos altruístas parece simples, mas exige muito mais disciplina e desprendimento do que se possa imaginar...

A  única característica que temos em comum, nesse nível da nossa existência, é que nenhum de nós é perfeito... mas podemos ser infinitamente melhores do que somos hoje... é óbvio que não tratamos aqui de sermos melhores uns que os outros, pois nosso problema é pessoal... cada um consigo...

Nosso maior “inimigo” está dentro de nós, e não fora... e ainda não aprendemos a lidar com ele em sua totalidade...

É preciso abraçar essa parte de nós, amá-la e educá-la... e não satisfazer seus caprichos tolos, seu querer infundado...

Abraçar, amar e educar está mais para a identificação e compreensão das nossas falhas... somos humanos, e é sensato que não nos afastemos dessa realidade...

Nesse processo carecemos de desenvolver a humildade, pois sem ela, o orgulho cegará nossos olhos, impedindo-nos de vermos aquilo que é necessário que seja visto, analisado, entendido e transmutado...

Inteligência só não basta... inteligência é inerente ao ser humano e é uma faculdade, habilidade, ou dádiva, não sei exatamente, que está pronta para ser usada em qualquer ocasião...

Imagino que ao ser “criado por Deus”, a inteligência faça parte do ser, assim como o oxigênio faz parte da composição da água e do ar, nesse orbe...
A inteligência exacerba o orgulho... e o orgulho exacerba o egoísmo...

Parece um beco sem saída, mas não é... não existe pecado ou crime em prezar a inteligência... o deslize está justamente na atitude orgulhosa, mesmo que disfarçada de humildade...

As pessoas sensitivas “percebem” isso, mesmo que à distância... tudo aquilo que sentimos e pensamos emana de nós, como um fluído... imagine essa energia como uma névoa impregnando toda a atmosfera do planeta...

Muitos animais e insetos, são capazes da captar sons, movimentos, cheiros, presenças, à quilômetros de distância...

Os sensitivos têm a mesma capacidade relativamente à energia que emana dos outros seres humanos, em maior ou menor escala.

A sensitividade tem mais a ver com espiritualidade do que com os cinco sentidos físicos, controlados pelo cérebro e sistema nervoso.

É preciso ter em mente que sensibilidade e sensitividade não são a mesma coisa, mas estão intrinsecamente  ligadas... ambas funcionam melhor quando estão juntas.
Sensibilidade

· 1. qualidade do que é sensível.

· 2. emoção, sentimento, esp. a faculdade de sentir compaixão, simpatia pela humanidade; piedade, empatia, ternura.

·        Capacidade de perceber sensações físicas; tendência natural para reagir aos estímulos físicos: sensibilidade à dor.

·        Disposição para sentir ou para se emocionar diante de algo ou alguém.

·        Facilidade para se ofender; que tende a se magoar facilmente.

·        [Medicina] Propriedade de reagir a certo medicamento, substância, composto: suscetibilidade aos antibióticos.

Aptidão para assimilar modificações e de a elas responder.

Facilidade para se machucar por algum motivo, ou agente, externo: suscetibilidade ao sereno.

Aptidão para apreender e demonstrar sentimentos.

Capacidade de reagir a um contato, a uma alteração ambiental.

Precisão excessiva dos instrumentos ou máquinas de medida.
·         

  •    [Física] Qualidade de um instrumento que acusa as mínimas variações de quantidade ou intensidade: a sensibilidade de uma balança; a sensibilidade fotográfica de um filme.

Etimologia (origem da palavra sensibilidade): do latim sensibilitas. atis.
Sensibilidade é sinônimo de: impressionabilidade, susceptibilidade



A sensitividade é uma qualidade de quem é sensitivo.

Para os espíritas é uma faculdade mediúnica.

Para alguns pesquisadores é uma faculdade extra sensorial.


Para religiosos ortodoxos é algo demoníaco.

Para a maioria das pessoas comuns, é algo “miraculoso” e-ou  sobrenatural.

Na internet encontramos um conceito bem próximo à nossa percepção.
 “Ser um sensitivo ou empata, significa ter a capacidade de perceber e ser afetado pelas energias alheias, além de possuir uma capacidade inata de sentir e perceber intuitivamente outras pessoas. A vida de um sensitivo é inconscientemente influenciada pelos desejos, pensamentos e estados de espírito dos outros, é muito mais do que ser altamente sensível e não está limitado apenas às emoções. Pessoas mais sensíveis podem perceber sensibilidades físicas e impulsos, bem como saber as motivações e intenções de outras pessoas.”


Para quem se interessar sobre a conceituação espírita recomendamos a leitura de Alan Kardec e André Luís.

É uma percepção que demanda estudo e concentração, e nosso objetivo não se circunscreve à literatura espírita.

Nosso entendimento sobre sensitividade é que faz parte da natureza humana em seu nível mais espiritual.

A maioria das pessoas entende como natureza humana apenas o que está relacionado ao ser que se encontra como “vivo e pensante” na forma de ser humano, na matéria.

O que nós vemos é apenas uma das formas limitadas do ser humano...

O verdadeiro humano  é espiritual... e em contrapartida, diz-se que o ser espiritual deixou seu “lado humano” para trás...

Pode parecer confuso, mas toda essa conjuntura tem uma forma elíptica de acontecer, desde que o parâmetro seja a evolução...

O ser, que em determinado momento da sua trajetória passa a ser humano, pois a humanidade é um estágio da evolução, depois de superados alguns obstáculos, passa a ser espiritual...

A “humanidade” evolui... transmuta sem perder suas características conquistadas através de esforço e aprendizado...

Mesmo através dos processos hipnóticos que produzem a licantropia, o ser não perde  sua humanidade, que apenas dormita em estado latente, como um esporo, dentro daquele ser que se permitiu viver em tal situação.

A culpa inconsciente é um dos principais fatores que conduzem o Ser à situações bizarras no plano espiritual.

Um outro é a ignorância. Nessa  lista também entra o orgulho.

Essa lista, para a nossa felicidade, não é infinita... se fosse o equilíbrio seria inatingível para todos nós... seria mera utopia...

Mas o equilíbrio nos é possível desde que haja esforço da nossa parte em conquistá-lo...

Segundo os mentores espirituais, é o equilíbrio, o segundo ponto da Lei Universal... o primeiro seria o Amor, que foge à nossa compreensão...

O terceiro ponto da Lei Universal é a Atração, e o quarto e não menos importante, o Retorno.

Esses são os pontos básicos do que se pode chamar de Lei Universal:

         1 – Amor

         2 – Equilíbrio

         3 – Atração

         4 – Retorno

Os sensitivos são capazes de perceber todos os efeitos da desarmonia desses princípios, em menor ou maior escala...

Sensitivos percebem toda a realidade que está além da matéria... mas isso não significa que estejam em condições de explicar tudo que percebem...

A maneira como percebem o mundo que os cerca é diferenciada... e eventualmente suas ações e reações fogem ao lugar comum, justamente por causa desse diferencial.

Não que haja justificativa para ações impensadas, imprudentes ou negligentes, consequentes de tal sensibilidade... não é isso... a sensitividade não exonera ninguém da responsabilidade por seus atos...

Sempre vale lembrar que a responsabilidade dos nossos atos cabe única e exclusivamente a nós mesmos, independente de termos sido influenciados por 
outros...

A decisão final sempre é nossa... portanto, devemos sempre ter em mente o que realmente queremos para a nossa vida... e devemos ter muito cuidado com o que queremos... porque todo o nosso querer vem acompanhado de consequência e responsabilidade...

Praticar a “Lei da Atração” não é somente mentalizar prosperidade e riqueza... nossos desejos devem ser pautados pela sensatez, pelo equilíbrio, por sinceridade com o nosso propósito...

O Universo sabe exatamente o que escondemos ou mascaramos em nosso coração...

Se orientarmos nossos sentimentos e desejos, pelos quesitos acima mencionados, certamente teremos um guia seguro a orientar nossos passos, 
sem depender da opinião de terceiros...

A responsabilidade pelo que somos, pelo que fazemos de nossa vida é o caminho natural para a evolução espiritual.

Prossigamos em nossa jornada...

Juntos...


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