Cuidar da
espiritualidade é algo bem simples e não necessita de conhecimento científico
avançado, nem de certificação acadêmica... não necessita de multidões, cultos,
rituais ou algum tipo de exteriorização...
Cuidar da espiritualidade
é algo bem simples, é pessoal, é atitude, é interior...
Mas a
sociedade, à medida que "evoluiu", perdeu-se em um emaranhado de
complexidades inúteis, elaborou teses e tratados sobre comportamentos, criou
rótulos, selos, certificados e tudo mais que atendesse ou satisfizesse às
próprias conveniências...
Mas a
conveniência é tendenciosa...
O indivíduo
afastou-se de si mesmo pra se encaixar em uma coletividade extravagante,
frívola, indiferente, fútil... egoísta... e extremamente materialista...
São as necessidades
do progresso... Será?
O simples
passou a ser encarado como tolice... a simplicidade foi distorcida na sua
essência, tratada com indignidade... desprezada... e com o tempo, foi
esquecida, porque não atendia à conveniência da sociedade moderna...
Mas o tempo
não considera as conveniências tendenciosas da sociedade, e traz de volta tudo
que ficou para trás de forma mal resolvida...
É sobre
isso... sobre o resgate da essência humana... porque somos humanos...
Humanos não
apenas de corpos, porque matéria tem prazo da validade, mas humanos de
essência, na essência...
É sobre
isso... sobre o resgate de nós mesmos... de cada ser em si, porque sem essa
essência única que é cada ser, a vida no coletivo torna-se asfixiante... solitária... doentia...
Entretanto,
mesmo com a necessidade extrema de encontrar-se na própria essência, o
indivíduo dilui sua necessidade pessoal, na necessidade do todo e cria
embaraços que serão "cobrados" pelo tempo ou pela vida, em algum
momento...
Cuidar da
espiritualidade está virando comércio... ou, na pior das hipóteses, esse
cuidado já foi absorvido pelo mercado financeiro...
No
momento, não é nosso objetivo aprofundar
o mérito dessa questão, pois ainda carece de muita observação e análise, para
não exteriorizarmos ideias levianas e injustas... mas estamos observando todo
esse movimento "espiritualista" moderno, com cautela.
Quando o ser
humano trocou a simplicidade da sua essência pela complexidade de uma vida
exterior de aparências, perdeu-se de si
mesmo, sem no entanto, perder sua essência, que ficou esquecida nas entranhas
de si mesma... solitária...
Mas a vida
vai muito além das nossas limitações... e ninguém vai viajar no tempo pra mudar
a história... porque o que passou,
passou... o que está feito... está feito...
Mas o tempo
nos trás de volta o que precisa ser consertado... em nós, em nossa essência...
As nossas
ações passadas trouxeram consequência pra nossa vida... não pode ser
desfeito... mas muita coisa pode ser refeita, começando pelo nosso entendimento
que pode ser redimensionado, ganhando maior amplitude de alcance.
Nossas
atitudes podem ser pautadas em um conhecimento mais espiritualizado... e isso
não depende de gurus, líderes, sacerdotes, escola ou seja lá mais o que for...
Auto
conhecimento, expansão da consciência, ativação disso ou daquilo, não importa o
nome, porque são muitos, nada mais é do que o resgate da essência espiritual
que somos nós mesmos...
Entretanto,
a sociedade tecnicista, que perdeu esse contato com a própria essência humana, ainda
não encontrou o caminho de volta para si mesma... está tateando no escuro, em
busca de uma “cura milagrosa” para seu sofrimento, sua solidão...
Esse
“milagre” só é possível de acontecer quando o Ser para de brigar com o tempo,
com a vida, consigo mesmo... quando ele consegue ficar em paz consigo mesmo, é
que o verdadeiro milagre acontece...
Mas
para que aconteça, é preciso rever conceitos, ideias, atitudes... abrir mão do
que é desnecessário e que foi acumulado ao longo dos anos... é preciso passar
pelo doloroso processo da metamorfose interior... sair da zona de conforto e
observar a vida de dentro pra fora, sem maquiagem, sem máscaras, sem
disfarces...
Pra
que aconteça esse milagre é preciso o nosso querer, o nosso esforço, dedicação
e sinceridade e seriedade com esse compromisso que estamos assumindo com a
nossa própria essência...
A
vida parece ser mais fácil quando vivemos imersos na matéria, cegos e surdos
espiritualmente, entretanto, essa dor do milênio que se chama tecnicamente
Depressão, tem sua raiz desenvolvida a partir de um plano da existência que a
maioria ignora, não necessariamente por falta de conhecimento, mas simplesmente
por opção própria.
Não
se trata de “outra dimensão”, é muito mais simples e não precisa de nenhum
tratado quântico para existir... é apenas a vida em sua plenitude...
Já
foi dito nesse blog que a vida se manifesta de várias formas... aliás,
infinitas formas... em vários planos e níveis... sempre de acordo com a
necessidade evolutiva de cada Ser, ou conjunto de Seres que se agrupam para
vivenciar sua jornada evolutiva.
Nesse
momento, estamos vivendo imersos na matéria, e sofremos a influência dessa
energia densa, assim como a lagarta sofre as limitações do casulo para
metamorfosear-se na borboleta.
Cultivar
a espiritualidade não é sobre abrir mão do conhecimento, muito pelo contrário,
é sobre usar bem o conhecimento, saber usar o conhecimento... usar o
conhecimento como ferramenta de crescimento espiritual.
Isso
não implica que uma pessoa ignorante na acepção mais limitada do termo, seja
incapaz de evoluir espiritualmente... todo Ser é capaz de cultivar ou cuidar da
própria espiritualidade sem que seja necessário o uso de conhecimentos
tecnológicos, científicos, acadêmicos... esses conhecimentos são úteis, não
resta a menor dúvida... úteis e necessários no plano de existência em que
vivemos, entretanto, para a vida em si, não são indispensáveis... simples
assim...
No
entanto, que fique bem esclarecido, que toda ciência desenvolvida neste orbe,
tem sua raiz no plano espiritual... mas a ciência humana não é soberana...
O
DNA dos corpos existentes nesse orbe, foram elaborados a partir de DNA
espiritual... e toda a vida que se tem aqui, também tem como referência a vida
em planos de existência fora da matéria, e não o contrário... mesmo que
estejamos tratando de planos de vida em níveis mais densos e até mesmo,
negativos...
A
dualidade não é “privilégio” apenas desse orbe... dizer que a dualidade é uma
limitação de seres involuídos e que só existe nos planos “inferiores” da vida,
é infantilidade...
A
dualidade existe em muitos outros níveis da existência, e o exemplo mais
simples que podemos abordar, é a existência da própria luz...
A “luz” espiritual não se confunde com nenhuma
outra luz, contudo, mesmo que a luz espiritual em si não projete sombra, sempre haverá uma sombra fugindo da luz...
Então,
como podemos facilmente perceber, existe a dualidade, mesmo quando não queremos
que ela exista.
Por
hora, interrompemos nossa argumentação, insistindo em que cultivar a
espiritualidade está ao alcance de todos... basta querer...
Não é sobre facilidades... é sobre esforço e dedicação a si mesmo... é auto cuidado...
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