segunda-feira, 14 de março de 2016

Um pouco sobre Mantras... e muito mais de outros assuntos...



O que é ou o q representa, ou o q significa Mantra.

Edit – A ideia original desse artigo, era orbitar em torno do tema – Mantra - ... Creio eu que o plano espiritual deu um rumo mais diversificado ao mesmo. O resultado é o que o meu caríssimo leitor encontrará nas próximas linhas.

 - O mantra pode ser qualquer som, sílaba, palavra, frase ou texto, que detenha um poder específico. Mas é fundamental que pertença a alguma língua morta, na qual os significados e as pronúncias não sofram a erosão dos regionalismos por causa da evolução da língua. Existem mantras para facilitar a concentração e meditação, mantras para energizar, para adormecer ou despertar, para desenvolver chakras ou vibrar canais energéticos a fim de desobstruí-los.”

A vibração sonora faz nascer em nossa mente uma atmosfera de serenidade e como dizia Buda:

“O homem é aquilo que pensa.”

Creio que foi daí que surgiu a premissa moderna sobre alimentação -  “Você é aquilo que come.” ... Será? >.<

- “O poder do mantra está em apaziguar os pensamentos e elevar a consciência à vibrações energéticas mais sutis, nos trazendo relaxamento e serenidade. Entoar um mantra é sempre um caminho que conduz a paz.”


O ritmo do nosso cotidiano, muitas vezes nos impede de dedicarmos um tempo mínimo ao nosso mundo interior, nossa essência e evolução espiritual.

Os dias passam em um ritmo alucinante, e é como se estivéssemos em um estado de letargia, ou no piloto automático, apenas decidindo questões imediatas do trabalho, da organização doméstica, dos estudos, da família...


E eis que, em algum momento somos assaltados por algum sentimento de angústia, de dúvida, incerteza, insegurança... ou ansiedade, ou mesmo alguma tristeza inexplicável... Somos surpreendidos por algum obstáculo ou dificuldade repentina... talvez uma decisão inesperada...

Existem muito mais momentos em que precisamos de um pouco de paz, sem que nos demos conta dessa realidade...

Atualmente existem muitas pessoas empenhadas em transmitir conhecimentos para otimizar a funcionalidade da vida, de acordo com os padrões modernos do entendimento e das novas ciências humanas...

O mundo passa por inúmeras transformações... os humanos mais “antenados” com o progresso, buscam meios de viver uma vida no plano físico mais confortável, mas que agrida menos o planeta...

Comunidades de novos pensadores vão se delineando no trajeto dessa busca por um modus vivendi  menos torturante e cheio de ansiedades...

Muitas pessoas estão em busca da paz... estão revirando os ensinamentos antigos, revendo conceitos, fazendo pesquisas, dedicando-se a mapeamentos do comportamento e da mente humana... reinventando ideias...

O antigo passou a ser atual, guardadas as devidas proporções...

O ser humano, de alguma forma, busca resgatar um espiritual que ele mesmo não compreende...

Já há algumas décadas, o homem moderno voltou-se para o estudo do Xamanismo, do Taro, da Astrologia, do Budismo Tibetano e suas vertentes, de outras tantas filosofias antigas e por um longo tempo, abandonadas à margem da trajetória humana...

Mas o homem, principalmente o ocidental, em seu frágil conhecimento, e sua tênue percepção sobre espiritualidade, e na falta de conhecimentos específicos que lhe permitissem uma real interpretação dos ensinamentos antigos, e no afã de encontrar resultados que lhe preenchessem as expectativas, dedicou-se à tarefa de “interpretar” de acordo com suas próprias convicções e entendimento.

O que temos hoje em dia é o resultado das conveniências humanas... ou seja... muito mais do mesmo de sempre...

Vida que segue...

Toda essa conversa introdutória seria para chegar ao possível objeto desse artigo – a finalidade dos Mantras, sua aplicabilidade no nosso dia a dia e o significado dos mesmos... contudo... depois de abrir páginas e páginas sobre o assunto, concluí que cada autor que eu li nessa pesquisa, atribui um significado quase que personalíssimo aos mantras mais usados pelo Budismo Tibetano e o 
Budismo praticado na Índia, e suas possíveis vertentes.

O ideal seria consultar um Monge para que tivéssemos uma orientação segura, mas sabemos que a realidade na qual vivemos nos impõe uma certa limitação. E assim sendo, deixaremos a questão interpretativa em segundo plano, considerando que qualquer interpretação que dispusermos aqui, estará em conformidade apenas com o sentido com o qual mais sentimos afinidade, e portanto, será algo muito pessoal.

Sempre recomendamos aos nossos leitores que trabalhem um pouco na própria pesquisa, refletindo sobre tudo o que leem e absorvendo aquilo que mais lhes parece útil e verdadeiro... pois a nossa verdade é pessoal e limitada, assim como a nossa percepção...

Como de costume, no final do artigo seguem links de páginas cujo conteúdo considerei pertinentes ao nosso artigo de hoje.

Os Mantras fazem  parte da cultura e religiosidade dos povos asiáticos e orientais.

Há quem diga que os Mantras que foram preservados em seu idioma original e mantidos intactos através dos tempos, são os únicos que realmente detém o “poder”  de atuar e produzir efeitos, sobre a nossa mente espiritual.

Contudo, sabemos que a repetição contínua de uma determinada ideia, também produz efeitos no nosso animus, e dessa forma, estamos seguros em afirmar que, é possível criar seu “mantra” pessoal, e com ele atingir seus objetivos.

Os pensadores modernos criam novos nomes, dão novas interpretações, acrescentam peculiaridades à praticas antigas de devoção e disciplina mental.

Não é nosso objetivo criticar o trabalho desses ou daqueles, e também não é nosso objetivo “criar” técnicas inovadoras para isso, aquilo, ou seja lá o que for...

Nosso objetivo maior é pesquisar junto aos nossos leitores, trazer conhecimento e informação para a nossa vida... e de alguma forma, usar esse nosso conhecimento para fazer do nosso mundo interior um lugar melhor de se viver... para nós e para aqueles que estão ao nosso redor...

Quando entoamos um mantra, o nosso objetivo é acalmar a mente e o coração, mantendo a mente “limpa” dos atropelos cotidianos, e dirigindo nosso pensamento a uma única ideia, que é a essência do mantra escolhido por nós para o exercício da meditação ou do relaxamento.

Quem já teve a oportunidade de ler sobre os efeitos das notas musicais no nosso corpo, nas plantas, nos animais, na natureza como um todo, já tem a exata noção de que os sons fazem com que cada átomo ou célula vibre com uma determinada intensidade que está de acordo com o som produzido.

Quando pronunciamos palavras estamos gerando uma força energética que produz efeitos em nossa natureza espiritual, e no ambiente ao nosso redor.

A premissa de  -  “ No princípio era o verbo “, não é necessariamente uma premissa das teologias ocidentais, pois o berço dessa premissa encontra-se na cultura e religiosidade hebraica...  Talvez essa seja a maior prova, não da verdade absoluta de uma determinada religião, mas da universalidade dos princípios que regem a própria Vida.

Apesar das crenças enraizadas de que o Universo era estático e o nosso orbe era o centro de tudo, a ciência, malgrado sua carência de espiritualidade, provou que o Universo está em constante movimento e nosso querido e maltratado planeta, não é o centro de tudo, muito menos o princípio da Vida.

Para nós, o Verbo é a palavra que materializa, ou, no mínimo, torna viável a compreensão da ideia.

A ideia surge no âmago da mente espiritual... mas para a maioria dos cientistas, a ideia é apenas fruto de uma função cerebral...

A ciência humana evoluiu, não resta a menor dúvida... mas ainda é regida pelas limitações e conveniências daqueles que tem o poder de manipulação de informações.

Há algumas décadas atrás, falava-se muito em Regressão de Memória, com o objetivo de sanar problemas psicológicos e emocionais das pessoas. A tônica da atualidade é que, se você não pode mudar o passado, ele não importa, então concentre-se em consertar o presente, para que seu futuro não seja doloroso...

Ainda assim, a humanidade preserva sua atitude imediatista e, até certo ponto fatalista...

Certo é que não podemos mudar o passado, mas devemos controlar os danos, porque o futuro só existe nas nossas perspectivas... e só se realiza de acordo com as atitudes que somos capazes de direcionar...

O futuro ainda não aconteceu, mas o passado sim... e se no presente não atentarmos para as lições do passado, estaremos sempre tropeçando nos mesmos erros...

É quase matemática... então não adianta querer ignorar o passado, entoar cânticos, mantras, ou seja lá o que for pra exirpar o seu passado como se fosse uma parte gangrenada do seu corpo, porque ele vai continuar existindo, e a menos que você faça as pazes com seu passado, e repare seus erros, por mais que você possa atingir sucesso material e profissional, progresso intelectual , conforto e comodidade pra sua vida, se o seu passado não estiver resolvido no âmago da sua essência, um dia esse passado volta a assombrar como um fantasma...

Existem sim... muitos desses que eu chamo de “treinadores de mente” alegando maneiras e fórumlas pra te livrar da culpa, da insegurança, da auto desvalorização... é válido, não resta a menor dúvida... MAS, é um paliativo, não uma solução...

Digo e afirmo que é um paliativo porque é uma medida aplicada apenas para a sua vida de “aqui e agora”...  e como todos os tratados de psicologia, seja antiga ou moderna, ignora totalmente o fato de que somos seres espirituais, e a nossa jornada não se limita ao “aqui e agora”...

Eventualmente, não posso deixar de pensar que o homem sente apenas um medo infantil de não conseguir se “enxergar” ou perceber como um ser espiritual, sem a matéria... ou... o medo é justamente ter que ver que na essência o verniz não funciona... só na casca grossa...

Contudo, volto a afirmar... não sou a dona da verdade... pesquise, observe, reflita, medite... encontre-se, resolva-se... e seja feliz... ^_^ ...  creio que esse é o melhor caminho possível... o auto conhecimento... pois até mesmo Jesus, o Cristo, abordou essa questão na premissa do – “Conhece-te a ti mesmo”.

E como eu já disse anteriormente, nesse cotidiano surtado das grandes cidades, o excesso de tarefas e obrigações vai sufocando a nossa espiritualidade, embrutecendo os nossos sentidos, corroendo a  nossa essência...

Alimentação saudável, exercícios respiratórios, hidroginástica, banho frio, chás, massagens, meditação... tudo isso implica qualidade de vida... a maior parte disso está fora do nosso modesto orçamento... mas tem gente que ainda tem a cara de pau de dizer que a escassez de recurso é uma escolha pessoal de cada um... ¬¬

Quem em sã consciência escolheria a pobreza? O.o ...

Concordo que a nossa mente, muitas vezes nos boicota, de forma que nem mesmo nós conseguimos perceber... e os motivos para esse auto boicote são diversos e muitos...

Contudo... custa-me a crer que fazemos uma escolha tão tola apenas por auto punição, por insegurança, por medo... ou seja lá pelo que for... mas não é exatamente impossível... só me parece um tanto insano... doentio...

E no fluxo de todos esses pensamentos, ainda acredito que para tudo existe sim, uma resposta, uma solução... eventualmente ainda não percebemos qual se adequa mais à nossa necessidade de resolução.

Nesse ponto da nossa conversa, vamos voltar ao que era o objetivo principal aqui, inserirmos o Mantra no nosso contexto... o que aliás, estou meio que “praticando” enquanto vos escrevo... >.< ... não... não... não estou entoando mantras... estou ouvindo uma coletânea que eu mesma elaborei para acompanhar essa tarefa de escrever, de “arrumar” a energia da casa... e porque não, a minha própria... ^_^ ... e outras tantas atividades, quando julgo que o Mantra cai bem...

Podemos usar os mantras para equilibrar os chacras, para energizar nosso ambiente, para preparar nosso ambiente para um relaxamento, e principalmente, para as nossas meditações.

É preciso conhecer um pouco do fundamento do mantra que se está usando, se a opção for por um mantra tradicional.

Aluguns autores, e não são poucos, insistem que o idioma do Mantra deve ser o original, com o qual ele foi criado, mantendo-se intacto através dos tempos, para que não se perca a sua essência, sua filosofia e sentido original.

Nesse ponto da pureza do Mantra, eu concordo... o que eu realmente penso que complica é o fato de que não há como imergirmos na essência do Mantra, uma vez que carecemos de conhecimentos específicos pra isso... somos leigos e não iniciados...

O próprio Dalai Lama abordou a questão de que existem muitas pessoas, e não só ocidentais, vestindo-se de monge e “ensinado”  “conhecimentos” de que não são portadores... Eu meio que já desconfiava disso de longa data... mas, enfim... não existe mérito sem esforço... e conhecimento só se adquire estudando, pesquisando,  e sabedoria só se conquista praticando...

Infelizmente, o homem moderno só deseja soluções práticas e que lhe poupem qualquer esforço...

Um amigo meu chegou até a me sugerir ser “coach” de alguma coisa, já que eu tenho experiência de sobra... e eu tive que rir da ideia... não... não... sequer fiquei tentada a pensar no assunto... e não se trada de insegurança, ou o fato de que nunca fui mochileira, ou não me tornei uma nômade digital... ou qualquer outro motivo impeditivo... >.< ... só não vejo isso como realização pessoal... e vamos combinar... atualmente o que não falta por aí é “coach” disso, daquilo e de tudo mais que seja possível imaginar...

E não se trata de querer ter retorno de algum possível investimento que eu tenha feito, porque este, foi uma escolha  pessoal minha... não me cabe pensar que tenho o direito de querer um retorno por essa via... e quanto aos demais que pensam dessa forma, não é problema meu... é a escolha de cada um...

Na minha opinião, a sociedade ainda está muito limitada em suas possibilidades... pois uma sociedade que sente a necessidade de limitar seu conhecimento a um pedaço de papel chamado diploma ou certificado de conclusão, precisa rever seus conceitos... partindo desse princípio os homens mais inteligentes e mais pensadores que passaram por esse orbe, são nada...

Alguns tiveram dinheiro... outros tiveram dinheiro, diplomas e posição social... outros sequer passaram perto dessas coisas... mas o conhecimento que eles deixaram para a humanidade, transcende a tudo isso e muito mais... simples assim...

Voltando a nossa incansável busca pela nossa essência, é inevitável dedicarmos alguns minutos do nosso dia para a prática da meditação... para entoarmos um mantra... para lermos algum texto edificante... para orarmos... para qualquer prática que nos traga um pouco de serenidade no turbilhão caótico do cotidiano...

Porque, quando buscamos a verdadeira paz, nossa essência sintoniza com a paz Universal... e a resposta chega até nós... e nós chegamos até a resposta...

E a paz só pode ser encontrada na essência de cada um... atos de violência externa ou interna, agressões, desrespeito, qualquer atitude ou pensamento de animosidade ou provocação, não promove a paz...

A paz começa em nós... A paz reside em nós...

O Mantra em si, não vai resolver nosso problema, ou responder nossa questão, mas pode ser um instrumento poderoso para nos ajudar na consecução do nosso objetivo.

Se está difícil se concentrar, relaxar, esquecer o burburinho lá fora, entoe um mantra que ressoe na sua essência... se não sabe entoar, escute um...

O mantra  -  OM MANI PADME HUM  - é um mantra tradicional do Budismo Tibetano. As interpretações são várias... leia o artigo do Dalai Lama, antes de qualquer outro, mas não forme uma opinião a respeito... apenas  escute ou entoe o mantra e sinta a vibração.

Se sentir a necessidade, escute ou entoe quantas vezes for preciso até que se sinta em sintonia com o Cosmos, com sua Essência, ou com a Divindade...

Acima de tudo, tenha em mente o que eu sempre digo sobre rituais... São apenas ferramentas, instrumentos que nos ajudam a realizar um objetivo.

O ritual é apenas mais um meio que devemos utilizar com o objetivo de encontrar o caminho interior da liberdade... Se nos prendemos excessivamente a eles, perdemos o caminho de vista e tornamos o ritual o nosso objetivo...

Entretanto, cada ser, cada grupo social, cada nação, tem seu próprio ritmo... suas crenças, suas perspectivas... e todas respondem ou correspondem a um estágio da Vida...

É preciso compreender e respeitar cada estágio da Vida...

Enfim... depois de ler e escrever tanto, concluí que, talvez,  e eu disse, talvez, o melhor pra você se acertar com algum mantra, é fazer exatamente a mesma coisa q eu fiz... pesquisar, ler, refletir um pouco sobre o assunto, escutar mantras na voz de outras pessoas... Eu descobri uns muito bons no Youtube... impossível que você não encontre algum...  só tenha cuidado com os FALSOS mantras... é... infelizmente tem isso também... >.<

Faça a sua parte por você mesmo... não delegue seu dever de casa a terceiros, porque o mérito da conquista não será seu...

Não espere que façam por você o que é sua obrigação, ou sua parte...

O seu conhecimento te pertence... assim como o meu conhecimento só a mim pertence... podemos dar as mãos e nos ajudarmos verdadeiramente...

Ou podemos apenas fingir que estamos ajudando a humanidade com alguma contribuição...

Mesmo que eu te conte as minhas histórias, que fale das minhas descobertas, que te repasse algum conhecimento, você não vai viver a minha vida, ou vice versa...

Porque a gente só sabe o que já viveu... o resto é história...

Tenha um dia iluminado... boa leitura... boa pesquisa... boa meditação...





Somos Todos Um




 
 




  


 



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