quarta-feira, 1 de julho de 2015

Perspectivas sobre a vida de lá e de cá...

O meu hábito de ler, sempre me conduz à ideias de terceiros que despertam os meus “insights”,  mesmo que, aparentemente, não tenha nada a ver com o que eu passo a escrever...

Em uma determinada página, onde costumo respirar um pouco de esclarecimento – figurativamente falando, é claro... -  deparei-me com a seguinte frase:-

“Éramos todos humanos até que,
Raça desconectou, Religião separou,
Política dividiu e Riqueza classificou.”

Não tinha autoria no post... portanto só posso concluir que a frase acima é de autoria do próprio dono da página... e se não for, a culpa dos créditos não estar aqui, não é minha, pois eu não me sinto na obrigação de conhecer integralmente o pensamento dos grandes filósofos, pensadores,  sábios, ou seja já mais qual denominação se dê a essas pessoas que tentaram ensinar à humanidade o caminho das pedras... 

Ahhh... mas aparentemente as pedras não eram preciosas... e aos olhos da humanidade, não tinham nenhum valor... por isso não se interessaram em seguir aquele caminho pra descobrir o que havia no final...

Em uma semana de notícias polêmicas como a maioridade penal, a carta psicografada de Cássia Eller, e o assassinato de um médium em um Centro bem conhecido dessa cidade conturbada e obscura que se chama Rio de Janeiro,  pensar  em assuntos do plano espiritual pode parecer falta do que fazer aos olhos dos mais céticos, heresia aos olhos dos mais fanáticos, ou pura perda de tempo aos olhos dos pseudo filósofos  e pseudo doutores...


Existe muita gente que se acha... ou porque pertence a uma classe social privilegiada, ou porque conquistou um diploma, ou porque ganhou muito dinheiro seja lá de que forma foi...

Na minha opinião – e sem essa coisa de falsa modéstia, porque eu não me sinto em condições de afirmar que sou humilde – toda a problemática da vida humana tem tudo a ver com o espiritual... o resto é consequência... mas ninguém... absolutamente ninguém é obrigado a concordar comigo na totalidade das minhas ideias ou parte delas... muito menos está obrigado a simpatizar comigo ou com o que eu digo...

O Universo não vai parar por causa do que eu penso... muito menos por causa do que os outros pensam... 

O Universo apenas se movimenta... o que determina o que nós encontramos no Universo são as nossas palavras, os nossos pensamentos , as nossas ações...

Mas isso muitos de nós já sabemos... por outro lado, independente da veracidade do fato de ter sido Cassia Eller ou não, a condição e o “lugar” onde ela se encontrava são um fato...

De alguma sorte, eu me senti meio que “alfinetada” por essa situação... a explicação é simples... eu tenho um rascunho de uma história que se passa em um “lugar” desse...  e sim... é uma história orientada... mas não estou psicografando nada... eu recebo a orientação e escrevo de acordo com a minha capacidade de elaborar ideias... simples assim...  e se eu escrevo é porque tenho autorização para fazê-lo da mesma forma que tenho liberdade de questionar... e por isso tudo e mais alguma coisa, ainda não terminei o rascunho e nem fiz planos de publicar...

Entretanto... a Vida se movimenta... o Universo se movimenta... para o bom entendedor, meia palavra basta... ^_^

Tudo que envolve espiritualidade acaba se transformando em polêmica, a meu ver, pela simples razão de que o próprio ser humano teme essa fluidez da vida espiritual... teme não poder se esconder do que realmente é... teme o desconhecido e esse medo se alimenta da comodidade e da ignorância sustentadas pelo próprio ser humano...

O homem se apega ao material como se fosse a sua essência, quando na realidade não é...
Esses dias deparei-me com dois autores que dissertavam em seus tratados sobre pontos de vista. 

Ah!... nada de nomes, por favor... porque até isso gera polêmica, desconforto, revolta, muito blábláblá e o centro do meu universo não são as ideias alheias... elas me servem de suporte, de pesquisa, de material de consulta e toda sorte de utilidade que possam ter...

Por outro lado, não é aqui a questão de dar crédito ou não... existe a parte de não querer que nomes influenciem o meu artigo, existe a parte de que eu realmente nem sei quem é um ou quem é outro... existe ainda a parte de que eu sequer estou pensando em transcrever qualquer “parte” do que ambos tenham escrito... e existe a parte em que a ciência de cada um influencia diretamente  apenas a parte do universo que lhes toca, influencia as pessoas que concordam ou discordam com eles... e sinceramente... nesse mundo eu acho que tudo é possível, tudo pode estar certo ou errado, dependendo dos resultados...

Sim... os resultados... Ao meu ver são os resultados que definem se algo foi aceito pelo Universo ou não... simples assim...

De forma “resumida” as ideias apresentadas por esses autores são as seguintes:-

Autor 1
Tudo que aprendemos como errado faz parte naturalmente da índole humana.


Autor 2
O homem é o que é. O que faz parte da sua natureza, dificilmente poderá ser mudado, a menos que ele deixe de ser homem.


De alguma forma pareceu-me que a essência das duas ideias é a mesma, muito embora o discurso de cada um tenha desenvolvido formas diferentes, perspectivas e caminhos diversos.

Sou obrigada a voltar-me para a premissa de que somos o que queremos ser...  apesar das influências e construções externas, apesar das informações que absorvemos ao longo da nossa jornada, nenhum fator contrário é capaz de extinguir ou extirpar o nosso poder de escolha...

Ao  meu ver, o “poder de” supera o “direito de”, pois o direito de escolha todos nós temos, contudo, o poder de escolha só pode ser exercido por quem quer... isso me parece óbvio...

Eu posso até NÃO ter compreendido efetivamente a teoria  desses profissionais da ciência humana,  mas de alguma forma, sou levada a pensar que  na primeira afirmação, acolhe-se todo tipo de comportamento destoante como natural e aceitável...  isso implicaria na aceitação do que nos parece errado, independente da análise dos resultados.

A outra linha de pensamento afirma que a natureza humana não pode ser mudada, a menos que o homem deixe de ser homem...  E nessa hipótese ele seria o quê? Anjo ou demônio? Os dois ou nenhum dos dois?

Ao meu ver, são teorias que se não explicadas detalhadamente de forma clara e incisiva só irão gerar desconforto e polêmica.

Partindo da ideia de que o homem é portador de instintos animalescos, a primeira ideia nos dá a noção de que essa seria a natureza humana, e errado seria apontar como erro a existência de tais instintos no homem.

Seguindo a linha de raciocínio da segunda afirmativa, essa natureza, dos instintos, não pode ser modificada a menos que o homem deixe de ser homem.

Juntando as duas, temos uma premissa bem desanimadora: -

O homem é um ser primitivo, portador de instintos animalescos naturais, cuja essência não poderá ser modificada a menos que ele deixe de existir como homem  e passe a existir como outra forma de vida...

Existe nessa premissa um tom de fatalidade totalmente discutível...

A primeira afirmação acoberta um sentido de ser permitido ao homem desenvolver-se desde a tenra idade cultivando seus instintos como se fossem  normais e ele tivesse o direito de viver da forma que melhor lhe conviesse, independente do resultado que esses instintos trouxessem para a sua própria vida e dos demais que convivem com ele...

Vamos entender esse ponto da questão que estou tentando expor... não é que os instintos não façam parte da natureza humana, mas os instintos são apenas um ponto depois do ponto de partida... e acredito ser totalmente nociva a ideia de que é “errado” corrigir o erro... 

A maneira como se corrige um comportamento ou uma ação, ou mesmo a maneira como se esclarece uma ideia, é que pode ser totalmente errada... mas o ato de corrigir não é errado...

Isso deveria ter sido melhor explicado...

Eu particularmente não acredito que seja certo deixar uma criança acreditar que é normal ela alimentar raiva... a raiva existe no âmago da criança, sim... nem adianta vir com essa história que criança não sente raiva porque é inocente... pois a criança tem raiva sim, e não se pode comparar a intensidade dessa raiva com a de um adulto, pois são fases diferentes da vida que guardam suas peculiaridades.

Afirmar também que a natureza humana não pode ser modificada, é leviandade... particularmente eu vejo essa afirmativa como um apêndice de uma teoria materialista e imediatista.

O homem e a vida têm ritmos completamente diferentes no que tange aos resultados. O homem é imediatista, mas a vida não, e só apresenta seus resultados a longo prazo, o que desagrada ao homem que é escravo de uma percepção tempo-espaço muito limitada.

Daí voltamos a questão da suposta carta psicografada. Não que eu não acredite na possibilidade da recuperação das pessoas no plano espiritual, mas, devemos ter em mente que esse processo de recuperação pode levar séculos... não é em um piscar de olhos que essa recuperação será efetivada... 
Até mesmo a mais leve melhora poderá somente ocorrer em décadas...

Pessoas espiritualizadas, que buscam uma melhor qualidade de vida tanto no nível material quanto no espiritual, no sentido mais puro da qualidade de vida, ainda assim, costumam sofrer alguma dificuldade de adaptação no plano espiritual, em virtude das grandes diferenças de energia dos dois planos.

A troca de mensagem entre os dois planos da existência, não me causa estranheza, pois tenho o pleno conhecimento e certeza de que esse fato é possível e verídico... a estranheza vem justamente pelo fato de pessoas que nunca se prepararam para uma vida espiritual já estarem aptas a enviar mensagens desse porte... e outros a receberem amigos como se fossem missionários...

Leviandade da minha parte afirmar que essas pessoas nunca se prepararam para a vida espiritual? 

Creio que não... é só observar o modus vivendi de tais pessoas e analisar o resultado de suas ações.

“Fazer caridade”  não eleva ninguém ao status de “evoluído”, e não é disso que estamos tratando...
Ser humanitário contribui sim, para o desenvolvimento do espírito e é fundamental, porém, a evolução não se limita a isso... é necessário uma vida interior regrada,  longe de vícios e todos os comportamentos que podem prejudicar e retardar o avanço espiritual do ser humano...

Existe sim auxílio no plano espiritual para todos, indiscriminadamente... e esse auxílio independe das nossas opiniões pessoais... mas não é disso que estamos tratando...

Em um livro espírita, o autor espiritual André Luiz,  narra as dificuldades que teve no plano espiritual, só pelo fato de ser fumante inveterado... Segundo o próprio autor, ele passou aproximadamente três décadas, se não me falha a memória, no tal espaço denominado limbo, umbral, purgatório, ou seja lá o nome que queiram dar... a designação nominal, realmente, não afeta em nada a realidade daquele “lugar”...

André Luiz foi um médico aqui na Terra. Um homem honesto, trabalhador, dedicado à profissão com transparência e dignidade. Ajudou muitos de seus pacientes menos favorecidos. Mas não era um homem religioso e tinha o vício do cigarro...

Vamos entender o aspecto da religiosidade aqui como uma busca por um padrão de vida espiritual mais elevado... religiões ortodoxas não levam esclarecimento espiritual livre de dogmatismos e padrões comportamentais  elitistas e discriminatórios.

Esses dois quesitos negativos, segundo ele, foram o suficiente para mantê-lo naquele espaço por um tempo que lhe pareceu a eternidade...

Essa é a comparação que me cabia fazer... o leitor que analise bem ambas as situações e tire suas conclusões... não é o meu objetivo formar opiniões... muito ao contrário, eu me empenho apenas em fornecer informações para que o leitor desenvolva sua capacidade de pensar...

A capacidade de pensar  faz parte da nossa natureza... esse é o ponto positivo naquela afirmação anterior... ^_^

Vou concluir esse artigo com a seguinte forma de pensamento: -

Devemos aprender a ser responsáveis por nossas escolhas... Devemos exercitar nossa capacidade de pensar, investigar e concluir, tendo em vista os fatos que se apresentam aos nossos olhos e percepção, e também os resultados das escolhas e ações humanas...




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