O meu hábito de ler, sempre me conduz à ideias de terceiros
que despertam os meus “insights”, mesmo
que, aparentemente, não tenha nada a ver com o que eu passo a escrever...
Em uma determinada página, onde costumo respirar um pouco de
esclarecimento – figurativamente falando, é claro... - deparei-me com a seguinte frase:-
“Éramos todos humanos
até que,
Raça desconectou,
Religião separou,
Política dividiu e
Riqueza classificou.”
Não tinha autoria no post... portanto só posso concluir que
a frase acima é de autoria do próprio dono da página... e se não for, a culpa
dos créditos não estar aqui, não é minha, pois eu não me sinto na obrigação de
conhecer integralmente o pensamento dos grandes filósofos, pensadores, sábios, ou seja já mais qual denominação se
dê a essas pessoas que tentaram ensinar à humanidade o caminho das
pedras...
Ahhh... mas aparentemente as pedras não eram preciosas... e
aos olhos da humanidade, não tinham nenhum valor... por isso não se
interessaram em seguir aquele caminho pra descobrir o que havia no final...
Em uma semana de notícias polêmicas como a maioridade penal,
a carta psicografada de Cássia Eller, e o assassinato de um médium em um Centro
bem conhecido dessa cidade conturbada e obscura que se chama Rio de
Janeiro, pensar em assuntos do plano espiritual pode parecer
falta do que fazer aos olhos dos mais céticos, heresia aos olhos dos mais
fanáticos, ou pura perda de tempo aos olhos dos pseudo filósofos e pseudo doutores...
Existe muita gente que se acha... ou porque pertence a uma
classe social privilegiada, ou porque conquistou um diploma, ou porque ganhou
muito dinheiro seja lá de que forma foi...
Na minha opinião – e sem essa coisa de falsa modéstia,
porque eu não me sinto em condições de afirmar que sou humilde – toda a
problemática da vida humana tem tudo a ver com o espiritual... o resto é
consequência... mas ninguém... absolutamente ninguém é obrigado a concordar
comigo na totalidade das minhas ideias ou parte delas... muito menos está
obrigado a simpatizar comigo ou com o que eu digo...
O Universo não vai parar por causa do que eu penso... muito
menos por causa do que os outros pensam...
O Universo apenas se movimenta... o que determina o que nós
encontramos no Universo são as nossas palavras, os nossos pensamentos , as
nossas ações...
Mas isso muitos de nós já sabemos... por outro lado,
independente da veracidade do fato de ter sido Cassia Eller ou não, a condição
e o “lugar” onde ela se encontrava são um fato...
De alguma sorte, eu me senti meio que “alfinetada” por essa
situação... a explicação é simples... eu tenho um rascunho de uma história que
se passa em um “lugar” desse... e sim...
é uma história orientada... mas não estou psicografando nada... eu recebo a
orientação e escrevo de acordo com a minha capacidade de elaborar ideias...
simples assim... e se eu escrevo é
porque tenho autorização para fazê-lo da mesma forma que tenho liberdade de
questionar... e por isso tudo e mais alguma coisa, ainda não terminei o rascunho
e nem fiz planos de publicar...
Entretanto... a Vida se movimenta... o Universo se
movimenta... para o bom entendedor, meia palavra basta... ^_^
Tudo que envolve espiritualidade acaba se transformando em
polêmica, a meu ver, pela simples razão de que o próprio ser humano teme essa
fluidez da vida espiritual... teme não poder se esconder do que realmente é...
teme o desconhecido e esse medo se alimenta da comodidade e da ignorância
sustentadas pelo próprio ser humano...
O homem se apega ao material como se fosse a sua essência,
quando na realidade não é...
Esses dias deparei-me com dois autores que dissertavam em
seus tratados sobre pontos de vista.
Ah!... nada de nomes, por favor... porque
até isso gera polêmica, desconforto, revolta, muito blábláblá e o centro do meu
universo não são as ideias alheias... elas me servem de suporte, de pesquisa,
de material de consulta e toda sorte de utilidade que possam ter...
Por outro lado, não é aqui a questão de dar crédito ou
não... existe a parte de não querer que nomes influenciem o meu artigo, existe
a parte de que eu realmente nem sei quem é um ou quem é outro... existe ainda a
parte de que eu sequer estou pensando em transcrever qualquer “parte” do que
ambos tenham escrito... e existe a parte em que a ciência de cada um influencia
diretamente apenas a parte do universo
que lhes toca, influencia as pessoas que concordam ou discordam com eles... e
sinceramente... nesse mundo eu acho que tudo é possível, tudo pode estar certo
ou errado, dependendo dos resultados...
Sim... os resultados... Ao meu ver são os resultados que
definem se algo foi aceito pelo Universo ou não... simples assim...
De forma “resumida” as ideias apresentadas por esses autores
são as seguintes:-
Autor 1
Tudo que aprendemos
como errado faz parte naturalmente da índole humana.
Autor 2
O homem é o que é. O
que faz parte da sua natureza, dificilmente poderá ser mudado, a menos que ele
deixe de ser homem.
De alguma forma pareceu-me que a essência das duas ideias é
a mesma, muito embora o discurso de cada um tenha desenvolvido formas
diferentes, perspectivas e caminhos diversos.
Sou obrigada a voltar-me para a premissa de que somos o que
queremos ser... apesar das influências e
construções externas, apesar das informações que absorvemos ao longo da nossa
jornada, nenhum fator contrário é capaz de extinguir ou extirpar o nosso poder
de escolha...
Ao meu ver, o “poder
de” supera o “direito de”, pois o direito de escolha todos nós temos, contudo,
o poder de escolha só pode ser exercido por quem quer... isso me parece
óbvio...
Eu posso até NÃO ter compreendido efetivamente a teoria desses profissionais da ciência humana, mas de alguma forma, sou levada a pensar que na primeira afirmação, acolhe-se todo tipo de
comportamento destoante como natural e aceitável... isso implicaria na aceitação do que nos
parece errado, independente da análise dos resultados.
A outra linha de pensamento afirma que a natureza humana não
pode ser mudada, a menos que o homem deixe de ser homem... E nessa hipótese ele seria o quê? Anjo ou
demônio? Os dois ou nenhum dos dois?
Ao meu ver, são teorias que se não explicadas detalhadamente
de forma clara e incisiva só irão gerar desconforto e polêmica.
Partindo da ideia de que o homem é portador de instintos
animalescos, a primeira ideia nos dá a noção de que essa seria a natureza
humana, e errado seria apontar como erro a existência de tais instintos no
homem.
Seguindo a linha de raciocínio da segunda afirmativa, essa
natureza, dos instintos, não pode ser modificada a menos que o homem deixe de
ser homem.
Juntando as duas, temos uma premissa bem desanimadora: -
O homem é um ser primitivo, portador de instintos
animalescos naturais, cuja essência não poderá ser modificada a menos que ele
deixe de existir como homem e passe a
existir como outra forma de vida...
Existe nessa premissa um tom de fatalidade totalmente
discutível...
A primeira afirmação acoberta um sentido de ser permitido ao
homem desenvolver-se desde a tenra idade cultivando seus instintos como se
fossem normais e ele tivesse o direito
de viver da forma que melhor lhe conviesse, independente do resultado que esses
instintos trouxessem para a sua própria vida e dos demais que convivem com
ele...
Vamos entender esse ponto da questão que estou tentando
expor... não é que os instintos não façam parte da natureza humana, mas os
instintos são apenas um ponto depois do ponto de partida... e acredito ser
totalmente nociva a ideia de que é “errado” corrigir o erro...
A maneira como se corrige um comportamento ou uma ação, ou
mesmo a maneira como se esclarece uma ideia, é que pode ser totalmente
errada... mas o ato de corrigir não é errado...
Isso deveria ter sido melhor explicado...
Eu particularmente não acredito que seja certo deixar uma
criança acreditar que é normal ela alimentar raiva... a raiva existe no âmago
da criança, sim... nem adianta vir com essa história que criança não sente
raiva porque é inocente... pois a criança tem raiva sim, e não se pode comparar
a intensidade dessa raiva com a de um adulto, pois são fases diferentes da vida
que guardam suas peculiaridades.
Afirmar também que a natureza humana não pode ser
modificada, é leviandade... particularmente eu vejo essa afirmativa como um
apêndice de uma teoria materialista e imediatista.
O homem e a vida têm ritmos completamente diferentes no que
tange aos resultados. O homem é imediatista, mas a vida não, e só apresenta
seus resultados a longo prazo, o que desagrada ao homem que é escravo de uma
percepção tempo-espaço muito limitada.
Daí voltamos a questão da suposta carta psicografada. Não
que eu não acredite na possibilidade da recuperação das pessoas no plano
espiritual, mas, devemos ter em mente que esse processo de recuperação pode
levar séculos... não é em um piscar de olhos que essa recuperação será
efetivada...
Até mesmo a mais leve melhora poderá somente ocorrer em décadas...
Pessoas espiritualizadas, que buscam uma melhor qualidade de
vida tanto no nível material quanto no espiritual, no sentido mais puro da
qualidade de vida, ainda assim, costumam sofrer alguma dificuldade de adaptação
no plano espiritual, em virtude das grandes diferenças de energia dos dois
planos.
A troca de mensagem entre os dois planos da existência, não
me causa estranheza, pois tenho o pleno conhecimento e certeza de que esse fato
é possível e verídico... a estranheza vem justamente pelo fato de pessoas que
nunca se prepararam para uma vida espiritual já estarem aptas a enviar
mensagens desse porte... e outros a receberem amigos como se fossem missionários...
Leviandade da minha parte afirmar que essas pessoas nunca se
prepararam para a vida espiritual?
Creio que não... é só observar o modus
vivendi de tais pessoas e analisar o resultado de suas ações.
“Fazer caridade” não
eleva ninguém ao status de “evoluído”, e não é disso que estamos tratando...
Ser humanitário contribui sim, para o desenvolvimento do
espírito e é fundamental, porém, a evolução não se limita a isso... é necessário
uma vida interior regrada, longe de vícios
e todos os comportamentos que podem prejudicar e retardar o avanço espiritual
do ser humano...
Existe sim auxílio no plano espiritual para todos,
indiscriminadamente... e esse auxílio independe das nossas opiniões pessoais...
mas não é disso que estamos tratando...
Em um livro espírita, o autor espiritual André Luiz, narra as dificuldades que teve no plano
espiritual, só pelo fato de ser fumante inveterado... Segundo o próprio autor,
ele passou aproximadamente três décadas, se não me falha a memória, no tal
espaço denominado limbo, umbral, purgatório, ou seja lá o nome que queiram
dar... a designação nominal, realmente, não afeta em nada a realidade daquele “lugar”...
André Luiz foi um médico aqui na Terra. Um homem honesto,
trabalhador, dedicado à profissão com transparência e dignidade. Ajudou muitos
de seus pacientes menos favorecidos. Mas não era um homem religioso e tinha o
vício do cigarro...
Vamos entender o aspecto da religiosidade aqui como uma
busca por um padrão de vida espiritual mais elevado... religiões ortodoxas não
levam esclarecimento espiritual livre de dogmatismos e padrões
comportamentais elitistas e
discriminatórios.
Esses dois quesitos negativos, segundo ele, foram o
suficiente para mantê-lo naquele espaço por um tempo que lhe pareceu a
eternidade...
Essa é a comparação que me cabia fazer... o leitor que
analise bem ambas as situações e tire suas conclusões... não é o meu objetivo
formar opiniões... muito ao contrário, eu me empenho apenas em fornecer
informações para que o leitor desenvolva sua capacidade de pensar...
A capacidade de pensar faz parte da nossa natureza... esse é o ponto
positivo naquela afirmação anterior... ^_^
Vou concluir esse artigo com a seguinte forma de pensamento:
-
Devemos aprender a ser responsáveis por nossas escolhas... Devemos
exercitar nossa capacidade de pensar, investigar e concluir, tendo em vista os
fatos que se apresentam aos nossos olhos e percepção, e também os resultados
das escolhas e ações humanas...
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