domingo, 22 de abril de 2018

Endomietrite


Endomietrite e Endometriose não são a mesma coisa. Da segunda já tratamos em artigo anterior, e agora vamos conhecer m pouco da primeira que pode confundir pela semelhança dos sintomas.

“ A endometrite é um processo inflamatório do endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero. “

Fontes de Pesquisa:

As causas são várias, contudo, as de origem microbiana, gonorreia, sífilis, clamídia (de transmissão sexual) são as mais prevalentes.

Outras causas:

- distúrbios como inflamação das trompas de Falópio (salpingite), ovário (ooforite) e peritônio pélvico (peritonite pélvica);

- cesarianas e procedimentos médicos que envolvam o acesso ao útero através do colo uterino (histeroscopia, colocação de um dispositivo intrauterino (DIU), dilatação e curetagem (raspagem do útero);

- mecânicas (abortos, partos ou procedimentos ginecológicos);

- tóxicas (doenças do metabolismo: gota, diabetes, obesidade);

- circulatórias (tempo excessivo na posição ereta, esforços físicos e sexuais intensos, práticas contraceptivas, doenças circulatórias e respiratórias).

Sintomas: 
·         Febre acima dos 38 ºC;
·         Irritação uterina;
·         Hemorragias vaginais anormais;
·         Dismenorreia (dor durante a menstruação);
·         Corrimento vaginal com cheiro fétido, com ou sem sangramento;
·         Inchaço ou distensão abdominal;
·         Dispareunia (dor nas relações sexuais).

Existem ainda, alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento dessa doença, que devem ser considerados:


·         Idade. A incidência de doença inflamatória pélvica é muito elevada em mulheres jovens e diminui com a idade.
  
·         Incidência. A incidência da doença é entre oito e dez vezes maiores entre as mulheres que não são de raça branca.
 
·         Nível socioeconômico. A maior incidência de doença inflamatória pélvica em mulheres com poucos recursos socioeconômicos se deve, em parte, à falta de informação e de acesso aos cuidados médicos.
   
·         Contracepção. O aborto induzido, o uso de um DIU, a falta de utilização de contraceptivos durante a regra, como os preservativos, e as duchas vaginais se associam a um maior risco de doença inflamatória pélvica.
  
·         Estilo de vida. Os comportamentos de risco, como o abuso de drogas e álcool, início precoce das relações sexuais, o número de parceiros sexuais e o consumo de tabaco são associados a um maior risco de doença inflamatória pélvica.
   
·         Tipos de práticas sexuais. As relações sexuais durante a menstruação e as relações sexuais frequente oferecem mais possibilidades para a entrada de micro-organismos patógenos no interior do útero.
   
·         Doenças. Entre 60% e 75% dos casos de doença inflamatória pélvica são associados com doenças sexualmente transmissíveis. Um episódio prévio de doença inflamatória pélvica aumenta as possibilidades de apresentar infecções subsequentes.

Tratamento Caseiro

  •       Aplique, compressas quentes com óleo de rícino, na parte inferior do abdômen durante cerca de 20 minutos. É recomendável repetir este remédio todos os dias durante sete dias.
  •       Despeje 1 colher de sopa de equinácea em uma xícara de água e deixe ferver por 5 minutos. Tome uma vez por dia durante um mês. Descontinue por outro mês e volte a tomar por mais 30 dias e depois pare. Este remédio reforça o sistema imunológico e combate as infecções.
   
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  •           Ferva uma xícara de água por 5 minutos, após esse tempo, retire do fogo e despeje 1 colher de sopa de selo dourado. Tome uma xícara por dia. Este remédio também ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

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  •     Despeje 1 colher de sopa de calêndula em uma xícara de água que está fervendo. Cubra e deixe esfriar. Tome uma xícara diária. Esta planta tem ação anti-inflamatória.
  •         Consuma alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, kiwi, etc., de preferência em sucos naturais feitos na hora. Estes, como os remédios anteriores, fortalecem a função imunológica e ajudam o organismo a combater melhor as infecções.

Aconselha-se que a paciente fique em repouso e reduzam atividades físicas, para ajudar na recuperação do corpo.

É também necessário evitar atividades sexuais.

Existem ainda, outras alternativas que podem ser buscadas, como a Acupuntura, Do In e Cromoterapia.
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A doença inflamatória pélvica é a consequência mais frequente e mais grave da infecção por doenças sexualmente transmissíveis em mulheres.

As mulheres sexualmente ativas entre 15 e 25 anos são aquelas que têm um maior risco de apresentar doença inflamatória pélvica. A doença também pode ocorrer, embora com menor frequência em pessoas com relações sexuais monogâmicas.

As consequências mais graves da doença inflamatória pélvica são um aumento do risco de infertilidade e gravidez ectópica.

Para compreender a doença inflamatória pélvica, é útil conhecer as bases da inflamação. A inflamação é a resposta do organismo aos micro-organismos que causam doenças (patógenos). A parte do corpo afetada apresenta inchaço devido ao acúmulo de líquido no tecido ou vermelhidão devido à acumulação excessiva de sangue.

Pode aparecer uma secreção (pus) formada por glóbulos brancos e tecido morto. 

Após a inflamação, se forma um tecido cicatricial graças à proliferação das células produtoras de fibras (fibrose).

A doença inflamatória pélvica pode ser usada como sinônimo dos seguintes termos:
    Salpingite (inflamação que afeta as trompas de Falópio).

    Endometrite (inflamação da mucosa interna do corpo do útero).

    Abscesso tubo-ovariano (abscessos nas trompas de Falópio e ovários).

    Peritonite pélvica (inflamação do interior da cavidade abdominal em torno dos órgãos reprodutores femininos).

As duas principais doenças sexualmente transmissíveis são as causadas por gonococo e Chlamydia irachomatis. O principal sinal de infecção gonocócica (gonorreia) é um corrimento vaginal de muco e pus.

Por vezes, as bactérias procedentes do cólon que se encontram normalmente na cavidade vaginal viajam para cima e infectam os órgãos genitais femininos superiores. Na maioria dos casos, as infecções por clamídia provocam sintomas leves.

Normalmente, o colo do útero produz um muco que age como uma barreira para evitar a propagação de micro-organismos que causam a doença e impedir que penetrem no útero e subam para as trompas e os ovários. Esta barreira pode ser ultrapassada de duas formas. Um micro-organismo sexualmente transmissível, geralmente um único germe, invade as células da mucosa, as altera e penetra através da mesma.

Outras formas pelas quais os micro-organismos penetram incluem os traumatismos e as alterações do colo do útero. O aborto espontâneo ou induzido, e o uso de DIU são situações que alteram ou enfraquecem as células normais da mucosa, tornando-as mais suscetíveis à infecção geralmente por vários micro-organismos. Durante a menstruação, colo do útero se alarga e pode permitir que os micro-organismos entrem na cavidade uterina.

Evidências recentes sugerem que a vaginose bacteriana, uma infecção bacteriana da vagina, pode ser associada com a doença inflamatória pélvica. A vaginose bacteriana é causada por um desequilíbrio entre os micro-organismos normais da vagina, devido, por exemplo, a irrigação excessiva. Quando o equilíbrio se altera, favorece o crescimento de bactérias anaeróbicas que crescem na ausência de oxigênio livre.

Muitas vezes existe um fluxo significativo. Quando além das bactérias anaeróbicas existe um transtorno, como a menstruação, o aborto, a relação sexual ou o parto, esses micro-organismos podem entrar nos órgãos genitais superiores.

A história mais comum de doença inflamatória pélvica é a dor pélvica. No entanto, muitas mulheres com a doença têm sintomas tão leves que passam despercebidos.

Na salpingite aguda, uma forma frequente de doença inflamatória pélvica, a inflamação das trompas de Falópio causa dor na exploração física.

Costuma existir febre. Os abscessos podem ocorrer nas trompas, nos ovários e a cavidade pélvica ao redor. A secreção pode passar para a cavidade peritoneal e causar peritonite, ou os abscessos podem se romper causando uma emergência cirúrgica que coloca em risco a vida da paciente.

A salpingite crônica pode ocorrer depois de uma crise aguda. Após a inflamação, se produzem cicatrizes e aderências, que causam dor crônica e menstruações irregulares. Devido ao bloqueio das trompas por tecido cicatricial, as mulheres com salpingite crônica têm um elevado risco de apresentar gravidez ectópica. O óvulo fertilizado é incapaz de viajar pelas trompas de Falópio até o útero e se implanta na própria trompa, ovário ou cavidade peritoneal. Este transtorno também é uma emergência cirúrgica capaz de colocar em perigo a vida da paciente.

O uso de dispositivos intrauterinos (DIU) foi associado de forma significativa com o aparecimento de doença inflamatória pélvica. É possível introduzir bactérias dentro da cavidade uterina durante a inserção do DIU, ou estas podem viajar através do cabo do dispositivo pelo colo do útero até o útero. O tecido uterino ao redor mostra áreas de inflamação, o que aumenta sua susceptibilidade aos micro-organismos.
Se houver suspeita de doença inflamatória pélvica, o médico deve fazer uma história clínica completa e realizar uma exploração pélvica interna.

Outras doenças que podem causar dor pélvica, como apendicite e endometriose, devem ser descartadas. Se a exploração pélvica revela a presença de dor nessa região ou dor no colo do útero, existe uma alta probabilidade de que se trata de uma doença inflamatória pélvica.

O diagnóstico específico de doença inflamatória pélvica é difícil de fazer, porque os órgãos reprodutores superiores são difíceis de alcançar para obter amostras. O médico pode obter amostras diretamente do colo do útero para identificar os micro-organismos responsáveis pela infecção. Dois exames de sangue ajudam a estabelecer a existência do processo inflamatório. Uma proteína C-reativa (PCR) positiva e uma elevação da velocidade de sedimentação de eritrócitos (VSE) indicam a presença de inflamação.

O médico pode obter líquido da cavidade que envolve os ovários; este líquido é examinado diretamente para buscar a presença de bactérias ou se cultiva. O diagnóstico da doença inflamatória pélvica também pode ser feito mediante uma laparoscopia; este teste é uma técnica cara e um procedimento invasivo que envolve alguns riscos para a paciente.

É importante observar que a terapia alternativa da doença inflamatória pélvica deve ser complementar ao tratamento com antibióticos e ajudam a pessoa a combater a doença e aliviar os sintomas dolorosos associados com a doença inflamatória pélvica.


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