Endomietrite e Endometriose não são a
mesma coisa. Da segunda já tratamos em artigo anterior, e agora vamos conhecer
m pouco da primeira que pode confundir pela semelhança dos sintomas.
“ A endometrite é um processo inflamatório do endométrio,
mucosa que reveste a parede interna do útero. “
Fontes de Pesquisa:
As causas são várias, contudo, as de
origem microbiana, gonorreia, sífilis, clamídia (de transmissão sexual) são as
mais prevalentes.
Outras causas:
- distúrbios como inflamação das
trompas de Falópio (salpingite), ovário (ooforite) e peritônio pélvico
(peritonite pélvica);
- cesarianas e procedimentos médicos
que envolvam o acesso ao útero através do colo uterino (histeroscopia,
colocação de um dispositivo intrauterino (DIU), dilatação e curetagem (raspagem
do útero);
- mecânicas (abortos, partos ou
procedimentos ginecológicos);
- tóxicas (doenças do metabolismo:
gota, diabetes, obesidade);
- circulatórias (tempo excessivo na
posição ereta, esforços físicos e sexuais intensos, práticas contraceptivas,
doenças circulatórias e respiratórias).
Sintomas:
·
Febre
acima dos 38 ºC;
·
Irritação
uterina;
·
Hemorragias
vaginais anormais;
·
Dismenorreia
(dor durante a menstruação);
·
Corrimento
vaginal com cheiro fétido, com ou sem sangramento;
·
Inchaço
ou distensão abdominal;
·
Dispareunia
(dor nas relações sexuais).
Existem ainda, alguns fatores que
contribuem para o desenvolvimento dessa doença, que devem ser considerados:
·
Idade. A incidência
de doença inflamatória pélvica é muito elevada em mulheres jovens e diminui com
a idade.
·
Incidência. A incidência
da doença é entre oito e dez vezes maiores entre as mulheres que não são de
raça branca.
·
Nível
socioeconômico.
A maior incidência de doença inflamatória pélvica em mulheres com poucos
recursos socioeconômicos se deve, em parte, à falta de informação e de acesso
aos cuidados médicos.
·
Contracepção. O aborto
induzido, o uso de um DIU, a falta de utilização de contraceptivos durante a
regra, como os preservativos, e as duchas vaginais se associam a um maior risco
de doença inflamatória pélvica.
·
Estilo de vida. Os
comportamentos de risco, como o abuso de drogas e álcool, início precoce das
relações sexuais, o número de parceiros sexuais e o consumo de tabaco são
associados a um maior risco de doença inflamatória pélvica.
·
Tipos de
práticas sexuais.
As relações sexuais durante a menstruação e as relações sexuais frequente
oferecem mais possibilidades para a entrada de micro-organismos patógenos no
interior do útero.
·
Doenças. Entre 60% e
75% dos casos de doença inflamatória pélvica são associados com doenças
sexualmente transmissíveis. Um episódio prévio de doença inflamatória pélvica
aumenta as possibilidades de apresentar infecções subsequentes.
Tratamento Caseiro
- Aplique, compressas quentes com óleo de rícino, na parte inferior do abdômen durante cerca de 20 minutos. É recomendável repetir este remédio todos os dias durante sete dias.
- Despeje 1 colher de sopa de equinácea em uma xícara de água e deixe ferver por 5 minutos. Tome uma vez por dia durante um mês. Descontinue por outro mês e volte a tomar por mais 30 dias e depois pare. Este remédio reforça o sistema imunológico e combate as infecções.
·
- Ferva uma xícara de água por 5 minutos, após esse tempo, retire do fogo e despeje 1 colher de sopa de selo dourado. Tome uma xícara por dia. Este remédio também ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
·
- Despeje 1 colher de sopa de calêndula em uma xícara de água que está fervendo. Cubra e deixe esfriar. Tome uma xícara diária. Esta planta tem ação anti-inflamatória.
- Consuma alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, kiwi, etc., de preferência em sucos naturais feitos na hora. Estes, como os remédios anteriores, fortalecem a função imunológica e ajudam o organismo a combater melhor as infecções.
Aconselha-se que a paciente fique em repouso e reduzam
atividades físicas, para ajudar na recuperação do corpo.
É também necessário evitar atividades sexuais.
Existem ainda, outras alternativas que podem ser
buscadas, como a Acupuntura, Do In e Cromoterapia.
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A doença inflamatória pélvica é a consequência mais
frequente e mais grave da infecção por doenças sexualmente transmissíveis em
mulheres.
As mulheres sexualmente ativas entre 15 e 25 anos são
aquelas que têm um maior risco de apresentar doença inflamatória pélvica. A
doença também pode ocorrer, embora com menor frequência em pessoas com relações
sexuais monogâmicas.
As consequências mais graves da doença inflamatória
pélvica são um aumento do risco de infertilidade e gravidez ectópica.
Para compreender a doença inflamatória pélvica, é útil
conhecer as bases da inflamação. A inflamação é a resposta do organismo aos
micro-organismos que causam doenças (patógenos). A parte do corpo afetada
apresenta inchaço devido ao acúmulo de líquido no tecido ou vermelhidão devido
à acumulação excessiva de sangue.
Pode aparecer uma secreção (pus) formada por glóbulos
brancos e tecido morto.
Após a inflamação, se forma um tecido cicatricial
graças à proliferação das células produtoras de fibras (fibrose).
A doença inflamatória pélvica pode ser usada como
sinônimo dos seguintes termos:
Salpingite
(inflamação que afeta as trompas de Falópio).
Endometrite
(inflamação da mucosa interna do corpo do útero).
Abscesso
tubo-ovariano (abscessos nas trompas de Falópio e ovários).
Peritonite
pélvica (inflamação do interior da cavidade abdominal em torno dos órgãos
reprodutores femininos).
As duas principais doenças sexualmente transmissíveis são
as causadas por gonococo e Chlamydia irachomatis. O principal sinal de infecção
gonocócica (gonorreia) é um corrimento vaginal de muco e pus.
Por vezes, as bactérias procedentes do cólon que se encontram
normalmente na cavidade vaginal viajam para cima e infectam os órgãos genitais
femininos superiores. Na maioria dos casos, as infecções por clamídia provocam
sintomas leves.
Normalmente, o colo do útero produz um muco que age como
uma barreira para evitar a propagação de micro-organismos que causam a doença e
impedir que penetrem no útero e subam para as trompas e os ovários. Esta
barreira pode ser ultrapassada de duas formas. Um micro-organismo sexualmente
transmissível, geralmente um único germe, invade as células da mucosa, as altera
e penetra através da mesma.
Outras formas pelas quais os micro-organismos penetram
incluem os traumatismos e as alterações do colo do útero. O aborto espontâneo
ou induzido, e o uso de DIU são situações que alteram ou enfraquecem as células
normais da mucosa, tornando-as mais suscetíveis à infecção geralmente por
vários micro-organismos. Durante a menstruação, colo do útero se alarga e pode
permitir que os micro-organismos entrem na cavidade uterina.
Evidências recentes sugerem que a vaginose bacteriana,
uma infecção bacteriana da vagina, pode ser associada com a doença inflamatória
pélvica. A vaginose bacteriana é causada por um desequilíbrio entre os
micro-organismos normais da vagina, devido, por exemplo, a irrigação excessiva.
Quando o equilíbrio se altera, favorece o crescimento de bactérias anaeróbicas
que crescem na ausência de oxigênio livre.
Muitas vezes existe um fluxo significativo. Quando além
das bactérias anaeróbicas existe um transtorno, como a menstruação, o aborto, a
relação sexual ou o parto, esses micro-organismos podem entrar nos órgãos
genitais superiores.
A história mais comum de doença inflamatória pélvica é a
dor pélvica. No entanto, muitas mulheres com a doença têm sintomas tão leves
que passam despercebidos.
Na salpingite aguda, uma forma frequente de doença
inflamatória pélvica, a inflamação das trompas de Falópio causa dor na
exploração física.
Costuma existir febre. Os abscessos podem ocorrer nas
trompas, nos ovários e a cavidade pélvica ao redor. A secreção pode passar para
a cavidade peritoneal e causar peritonite, ou os abscessos podem se romper
causando uma emergência cirúrgica que coloca em risco a vida da paciente.
A salpingite crônica pode ocorrer depois de uma crise
aguda. Após a inflamação, se produzem cicatrizes e aderências, que causam dor
crônica e menstruações irregulares. Devido ao bloqueio das trompas por tecido
cicatricial, as mulheres com salpingite crônica têm um elevado risco de
apresentar gravidez ectópica. O óvulo fertilizado é incapaz de viajar pelas
trompas de Falópio até o útero e se implanta na própria trompa, ovário ou
cavidade peritoneal. Este transtorno também é uma emergência cirúrgica capaz de
colocar em perigo a vida da paciente.
O uso de dispositivos intrauterinos (DIU) foi associado
de forma significativa com o aparecimento de doença inflamatória pélvica. É
possível introduzir bactérias dentro da cavidade uterina durante a inserção do
DIU, ou estas podem viajar através do cabo do dispositivo pelo colo do útero
até o útero. O tecido uterino ao redor mostra áreas de inflamação, o que
aumenta sua susceptibilidade aos micro-organismos.
Se houver suspeita de doença inflamatória pélvica, o
médico deve fazer uma história clínica completa e realizar uma exploração pélvica
interna.
Outras doenças que podem causar dor pélvica, como
apendicite e endometriose, devem ser descartadas. Se a exploração pélvica
revela a presença de dor nessa região ou dor no colo do útero, existe uma alta
probabilidade de que se trata de uma doença inflamatória pélvica.
O diagnóstico específico de doença inflamatória pélvica é
difícil de fazer, porque os órgãos reprodutores superiores são difíceis de
alcançar para obter amostras. O médico pode obter amostras diretamente do colo
do útero para identificar os micro-organismos responsáveis pela infecção. Dois
exames de sangue ajudam a estabelecer a existência do processo inflamatório.
Uma proteína C-reativa (PCR) positiva e uma elevação da velocidade de
sedimentação de eritrócitos (VSE) indicam a presença de inflamação.
O médico pode obter líquido da cavidade que envolve os
ovários; este líquido é examinado diretamente para buscar a presença de
bactérias ou se cultiva. O diagnóstico da doença inflamatória pélvica também
pode ser feito mediante uma laparoscopia; este teste é uma técnica cara e um
procedimento invasivo que envolve alguns riscos para a paciente.
É importante observar que a terapia alternativa da doença
inflamatória pélvica deve ser complementar ao tratamento com antibióticos e
ajudam a pessoa a combater a doença e aliviar os sintomas dolorosos associados
com a doença inflamatória pélvica.
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